Aida Rechena

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Aida Rechena
Nascimento Monsanto
Cidadania Portugal
Alma mater
Ocupação museóloga, diretora, curadora
Empregador(a) Direção-Geral do Património Cultural, Paço Episcopal de Castelo Branco, incluindo o Jardim Episcopal e o passadiço, Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, Universidade de Évora

Aida Maria Dionísio Rechena (Monsanto) é uma museóloga portuguesa, que fez parte da Direção Geral do Património Cultural, e que foi directora do Museu Francisco Tavares Proença Júnior em Castelo Branco, do Museu da Guarda, do Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado e da Casa-Museu Anastácio Gonçalves.[1][2][3] Entre 2011 e 2018 foi premiada quatro vezes pela Associação Portuguesa de Museologia.[4]

Percurso[editar | editar código-fonte]

Aida é natural de Monsanto, no concelho de Idanha-a-Nova.[5][6] Aida é licenciada em História pela Universidade de Lisboa (1985), Especializada em Arqueologia (1993), Mestre em Museologia (2003) e Doutorada em Museologia (2011) pela Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias pela Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, tendo como linhas de investigação dominante a sociomuseologia, a teoria museológica e a museologia de género. [1][2][5]

Desde os anos 1990, a par do percurso académico, Aida foi técnica superior na Direcção-Geral de Educação, no Museu de Angra do Heroísmo, no antigo Instituto Português do Património Arquitectónico e chefe de Divisão da Cultura, na Câmara Municipal de Odivelas.[2][5] Aida também desempenhou funções na Direcção Regional de Castelo Branco do Instituto Português do Património Arquitectónico e em 2005 Aida foi nomeada como Diretora do Museu Francisco Tavares Proença Júnior, em Castelo Branco onde desempenhou funções cumulativas, a partir de 2012, na Direçao do Museu da Guarda.[2][3][5]

Em setembro de 2015, Aida tornou-se na nova diretora do Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado, em Lisboa, tendo sido selecionada por concurso público e, de acordo com o júri, terá sido a candidata que apresentou "o projeto mais consistente e inovador para os desafios do futuro" deste Museu.[2][3][5]

Neste Museu, Aida aplicou o conceito da museologia social como modelo de trabalho, algo que já havia acontecido nos Museus onde tinha trabalhado. Aida considera que "Em vez de os museus estarem só a transmitir mensagens fixas e a ensinar conhecimentos, queremos que seja promovido o debate, o questionamento e a participação dos visitantes."[6]

Em 2017, Aida abandona a Direção do Museu do Chiado e passa para os serviços centrais da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), entidade que tutela museus, palácios e monumentos nacionais de Portugal.[7]

Além das funções diretivas que Aida desempenhou, desde 2016 que é investigadora na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, no Centro de Estudos Interdisciplinares em Educação e Desenvolvimento e desde 2018 é também investigadora da Universidade de Évora do Centro de História da Arte e Investigação Artística, Portugal.[4] Entre 2017 e 2020 Aida fez parte da mesa da Assembleia Geral da Associação Portuguesa de Museologia.[8]

Em 2021, tornou-se na primeira diretora do Museu Nacional Resistência e Liberdade - Fortaleza de Peniche.[9][10]

Obra[editar | editar código-fonte]

  • 2017 - curadoria da exposição Género na Arte. Corpo Sexualidade Identidade, Resistência, patente de Outubro 2017 a Março de 2018 no Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado, em Lisboa, em colaboração com Teresa Furtado. Esta exposição tinha como objectivo fazer uma reflexão sobre a identidade, a diferença e a pertença social, numa perspetiva de género e ajudar a desfazer estereótipos sobre género. Nesta exposição estiveram patentes obras de como Alice Geirinhas, Ana Pérez-Quiroga, Ana Vidigal, Carla Cruz, Cláudia Varejão, Gabriel Abrantes, Horácio Frutuoso, João Gabriel, Maria Lusitano, Miguel Bonneville e Vasco Araújo.[11][12][13]
  • 2011 - Sociomuseologia e Género: imagens da mulher em exposições de museus portugueses, tese de doutoramento em Museologia, Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias; prémio APOM 2012 na categoria de "Melhor Estudo sobre Museologia".[1]
  • 2003 - Processos museológicos locais: panorama museológico da Beira Interior Sul, dissertação de mestrado em Museologia, Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias.[1]

Reconhecimentos e Prémios[editar | editar código-fonte]

  • 2018 - Prémio APOM Trabalho na Área da Museologia pela exposição Género na Arte apresentada no Museu Nacional de Arte Contemporânea, APOM - Associação Portuguesa de Museologia, Portugal.[4][14]
  • 2017 - Prémio Arco-Íris Cultura ILGA, Portugal [4]
  • 2014 - Prémio APOM Inovação e Criatividade pelo projeto Museu no Feminino - Nós, as mulheres..., desenvolvido no Museu Francisco Tavares Proença Júnior, APOM - Associação Portuguesa de Museologia, Portugal [4]
  • 2012 - Prémio APOM para Estudo sobre Museologia para a tese de doutoramento em museologia Sociomuseologia e Género. Imagens da Mulher em exposições de museus portugueses, APOM - Associação Portuguesa de Museologia, Portugal [4]
  • 2011 - Prémio APOM Inovação e Criatividade - Projeto do Centenário do Museu Francisco Tavares Proença Júnior, APOM - Associação Portuguesa de Museologia, Portugal [4]

Referências

  1. a b c d «Portal DeGóis - Plataforma Nacional de Ciência e Tecnologia». www.degois.pt. Consultado em 28 de setembro de 2020 
  2. a b c d e «Aida Rechena será a nova directora do Museu do Chiado». Jornal PÚBLICO. 21 de dezembro de 2015. Consultado em 28 de setembro de 2020 
  3. a b c «Aida Rechena será a nova diretora do Museu do Chiado - DGPC». RTP. 21 de dezembro de 2015. Consultado em 28 de setembro de 2020 
  4. a b c d e f g «Aida Rechena (851C-25DE-5466) | CIÊNCIAVITAE». www.cienciavitae.pt. Consultado em 28 de setembro de 2020 
  5. a b c d e Miranda, Marisa (24 de março de 2005). «Aida Rechena é a nova directora do Museu de Castelo Branco». Jornal PÚBLICO. Consultado em 28 de setembro de 2020 
  6. a b «AIDA RECHENA QUER APLICAR MODELO DA MUSEOLOGIA SOCIAL NO MUSEU DO CHIADO». Rádio Clube de Monsanto. 1 de fevereiro de 2016. Consultado em 28 de setembro de 2020 
  7. «Nova diretora quer Museu do Chiado "inclusivo"». Diário de Notícias. 27 de novembro de 2017. Consultado em 28 de setembro de 2020 
  8. «Órgãos Sociais». APOM. 7 de janeiro de 2017. Consultado em 28 de setembro de 2020 
  9. «Designação, em comissão de serviço, precedendo procedimento concursal, de Aida Maria Dionísio Rechena no cargo de diretora do Museu Nacional Resistência e Liberdade - Fortaleza de Peniche». diariodarepublica.pt. 27 de agosto de 2021. Consultado em 10 de março de 2024 
  10. PÚBLICO (6 de julho de 2021). «Aida Rechena vai ser a primeira directora do Museu Resistência e Liberdade e Paulo Costa mantém-se nos museus de Etnologia e de Arte Popular». PÚBLICO. Consultado em 10 de março de 2024 
  11. «Estereótipos de género em foco no Museu do Chiado». Observador. 19 de outubro de 2017. Consultado em 28 de setembro de 2020 
  12. «Exposição no Museu do Chiado fala de "desigualdades de género que se mantêm"». Jornal de Notícias. 19 de outubro de 2017. Consultado em 28 de setembro de 2020 
  13. «Género na Arte. Corpo, sexualidade, identidade, resistência». MUSEU NACIONAL DE ARTE CONTEMPORÂNEA DO CHIADO. Consultado em 28 de setembro de 2020 
  14. «Prémios 2018». APOM. 9 de dezembro de 2018. Consultado em 28 de setembro de 2020