Akudo Oguaghamba

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Akudo Oguaghamba
Nacionalidade nigeriana
Educação University of Nigeria e EQUITAS – International Centre for Human Rights Education
Ocupação ativista e educadora

Akudo Oguaghamba é uma educadora, feminista, ativista de direitos humanos e militante LGBTQI+ nigeriana.[1][2][3][4][5][6]

É fundadora e diretora executiva da organização sem fins lucrativos Women's Health and Equal Rights Initiative (WHER),[5][7][1] uma das primeiras organizações de defesa de mulheres lésbicas, bissexuais e trans da Nigéria.[8][9][4]

Foi copresidenta da Pan Africa ILGA (International Lesbian, Gay, Bisexual, Trans and Intersex Association), suplente, entre 2014 e 2016, e interina, entre 2016 e 2018.[10][11][12][8]

Foi homenageada como tendo uma das 50 histórias mais inspiradoras entre agentes da mudança em prol dos direitos humanos,[1] pelo EQUITAS – International Centre for Human Rights Education, de Montreal, Canadá.[1]

Integrou o comitê The Solidarity Alliance for Human Rights (SAHR), que visa o avanço dos direitos e promoção do bem-estar das pessoas LGBTI e outras minorias na Nigéria.[8][10]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Educação[editar | editar código-fonte]

Oguaghamba se graduou em Língua e Cultura Francesas, obteve certificação em Gênero e Desenvolvimento e mestrado em Gerenciamento de projetos, pela University of Nigeria. Em 2015, cursou o International Human Rights Training Program (IHRTP) pelo EQUITAS – International Centre for Human Rights Education.[1][10]

Ativismo[editar | editar código-fonte]

Quando se mudou para Abuja, capital da Nigéria, em 2007, Oguaghamba, lésbica, conheceu algumas mulheres que também se identificavam como minorias, através de um grupo (predominantemente masculino) ativista em prol da educação sexual e luta contra a AIDS. À época, havia poucas oportunidades de contato entre mulheres LGBTQI. A partir da observação dos desafios em comum, Oguaghamba notou que tinham necessidade de se reunir e partilhar experiências. Tiveram a ideia de organizar informalmente um piquenique. Com a divulgação, havia a expectativa de vinte mulheres, mas vieram cem, incluindo muitas que viajaram horas a partir de outras cidades. Assim nasceu a Women's Health and Equal Rights Initiative (WHER), um canal confidencial de compartilhamento de histórias e experiências pessoais.[1][4]

Desde a aprovação da lei Same-Sex Marriage Prohibition Act (SSMPA), que proíbe o casamento entre pessoas do mesmo sexo na Nigéria, em janeiro de 2014, as violações de direitos humanos pioraram no país. Oguaghamba tem defendido e oferecido acolhimento a mulheres e à comunidade LGBTQI+ nigeriana.[3][6]

Women's Health and Equal Rights Initiative (WHER)[editar | editar código-fonte]

WHER é uma organização sem fins lucrativos, surgida em 2007 informalmente, e registrada em 2011, que tem foco no bem-estar e na proteção dos direitos de lésbicas, bissexuais e mulheres de outras minorias sexuais na Nigéria.[8][2][1][4]

Ativa nas redes sociais, busca expandir princípios de liderança feminista, como a autoconsciência e a autoconfiança das integrantes, por meio de um processo que combina aprendizagem e entretenimento.[4][1][9] Sua cultura organizacional se baseia em um "Manifesto de Felicidade", que visa o bem-estar da comunidade.[9]

Oferece serviços jurídicos às associadas, para os quais há uma linha disponível 24 horas por dia.[4] O projeto além de educar sobre direitos, ajuda a identificar violações, incentiva a denúncia e fornece apoio psicossocial no processo.[1]

Realiza workshops sobre saúde feminina, direitos humanos e acolhimento de minorias sexuais.[1]

Tem uma parceria com o consórcio Count Me In! e colaboração de organizações como Mama Cash, Red Umbrella Fund (RUF), Association for Women's Rights in Development (AWID), Creating Resources for Empowerment in Action (CREA), Just Associates (JASS), Urgent Action Fund – Africa e o ministério das relações exteriores dos Países Baixos.[4][1]

Prêmios e honrarias[editar | editar código-fonte]

  • 50 inspiring human rights changemakers (2017).[1]
  • Membro do comitê The Solidarity Alliance for Human Rights (SAHR), Nigeria.[8][10]

Referências

  1. a b c d e f g h i j k l «Empowering Sexual Minority Women in Nigeria». Equitas (em inglês). 16 de maio de 2017. Consultado em 16 de junho de 2021 
  2. a b MacMillan, Leanne; Jacobs, Liz (2020). Out of the Margins: LBT+ exclusion through the lens of the SDGs (PDF). [S.l.]: Stonewall. pp. 22, 28, 56. Consultado em 5 de outubro de 2021. Cópia arquivada (PDF) em 28 de setembro de 2021 
  3. a b «Nigeria's lesbians to challenge Act that prohibits same-sex marriage». The Mail & Guardian (em inglês). 23 de novembro de 2016. Consultado em 30 de setembro de 2021 
  4. a b c d e f g «Vechten voor het recht op liefde». Vice Versa (em neerlandês). 5 de dezembro de 2019. Consultado em 30 de setembro de 2021 
  5. a b «Nigerian site invites reports of human rights abuses». NoStringsNG – Voice of LGBTQ+ Nigeria (em inglês). 4 de abril de 2018. Consultado em 16 de junho de 2021 
  6. a b Emmett, Melody (29 de setembro de 2021). «MAVERICK LIFE: Fighting homophobia: 'We must work to change hearts and minds, because changing the laws is not enough'». Daily Maverick (em inglês). Consultado em 30 de setembro de 2021 
  7. Letters (15 de abril de 2018). «Hurricane-hit islands need debt relief | Letters». the Guardian (em inglês). Consultado em 30 de setembro de 2021 
  8. a b c d e «Akudo Oguaghamba, Author at Hague Talks». Hague Talks (em inglês). Consultado em 30 de setembro de 2021 
  9. a b c O’Malley, Devi Leiper; Johnson, Ruby (2 de setembro de 2018). «A young feminist new order: an exploration of why young feminists organise the way they do». Gender & Development (3): 533–550. ISSN 1355-2074. doi:10.1080/13552074.2018.1526370. Consultado em 30 de setembro de 2021 
  10. a b c d Brislin, Dorothy (2017). PAN AFRICA ILGA ANNUAL REPORT (PDF). Johannesburg: Global Print. pp. 3, 14, 20 
  11. Rodwell, Bobby (2019). ANNUAL REPORT 2018/2019 (PDF). Joanesburgo: Global Print. pp. 4–5, 10 
  12. «Press Release: Pan Africa ILGA Hosts a Regional Conference In Kenya 2014». ILGA (em inglês). 7 de abril de 2014. Consultado em 16 de junho de 2021