Alexandre Bastos
| Alexandre Bastos | |
|---|---|
| Dados pessoais | |
| Nome completo | Alexandre Ereira Bastos |
| Nascimento | 30 de Novembro de 1954 Lisboa |
| Nacionalidade |  Portugal
|
| Alma mater | Escola Superior de Belas Artes de Lisboa |
| Cônjuge | Teresa Beirão |
| Ocupação | Arquitecto |
Alexandre Ereira Bastos, mais conhecido como Alexandre Bastos, (Lisboa, 30 de Novembro de 1954) é um arquitecto português.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Nasceu na cidade de Lisboa, em 30 de Novembro de 1954.[1] Frequentou a Escola Superior de Belas Artes de Lisboa entre 1973 e 1976, tendo-se licenciado em arquitectura.[1]
Segundo uma entrevista que deu ao Jornal Sudoeste em 2020, a sua escolha de carreira foi influenciada pelo seu pai e avô, que foram também arquitectos, tendo estudado as obras de grandes figuras daquela área em Portugal, como Orlando Ribeiro, José Veiga de Oliveira e Fernando Galhano.[2]
Destacou-se pelas suas obras utilizando o material tradicional da taipa.[2] Em 1993 concluiu um atelier de pintura de construção em taipa, obra que foi apresentada na sétima Conferência Internacional sobre o estudo e conservação da Arquitectura de terra, que se realizou nesse ano em Silves.[2] Foi um dos autores da proposta que venceu o primeiro prémio do concurso para o restauro do Castelo de Paderne, organizado pelo Instituto Português do Património Arquitectónico.[2] Os seus trabalhos também receberam uma especial atenção no concelho de Odemira, principalmente na freguesia de São Luís, onde residia nos princípios da década de 2020.[2] Foi responsável pelo projecto de um edifício em taipa na freguesia de São Luís, que recebeu o nome de Atelier Alexandre Bastos.[3] Em conjunto com a sua esposa, Teresa Beirão, desenhou o edifício do Mercado Municipal de São Luís, que foi igualmente construído em Taipa.[4]
Além de arquitecto, também se evidenciou como fotógrafo e como artista gráfico, tendo produzido trabalhos de gravura, calcografia, xilogravura, litografia, linólio e serigrafia[1] Produziu igualmente esculturas em gesso, barro e ferro, e fez trabalhos em cerâmica e painéis de azulejo.[1] Participou em exposições colectivas de gravura, desenho e fotografia na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa em 1976, e nesse ano também esteve presente numa exposição colectiva de desenho e pintura na galeria Codilivro.[1] No ano seguinte marcou presença na exposição colectiva de desenho e pintura O papel como suporte na expressão plástica, organizada pela Sociedade Nacional de Belas Artes, e em 1982 expôs na Galeria Beira-Vouga, em São Pedro do Sul.[1] Em 1983 fez uma exposição sobre as paisagens alentejanas em Portel, e no ano seguinte expôs na Galeria São Francisco, em Lisboa.[1] Em 1986 expôs em Odemira, e em 1988 na Galeria G - Godinho em Lisboa.[1] Em 1991 fez uma exposição de pintura na Galeria Inter-Atrium, no Porto, e em 1993 expôs em Odemira e na Galeria São Bento, em Lisboa.[1] No ano seguinte teve uma exposição de pintura nas Galerias Estar e Vértice, em Lisboa, e em 1995 participou numa exposição colectiva no Convento do Beato.[1] Em 1996 voltou a expor na Galeria Vértice, e no ano seguinte fez uma exposição de desenho e fotografia no Jardim Botânico de Lisboa.[1] Em 1997 esteve presente numa exposição colectiva de pintura na Galeria Vértice, e em 1998 expôs na Galeria Municipal de Montemor-o-Novo.[1] Fez exposições de pintura na Galeria Vértice entre 1998 e 2005, e em 2003 expôs na Galeria Castelo 66, em Lagos.[1] Em 2004 e 2006 fez exposições na Galeria Corrente d‘arte, em Lisboa, e em Setembro de 2006 participou numa exposição colectiva, durantea Bienal de Artes Plásticas de Alenquer.[1] Em 2007 e 2008 expôs em Odemira e na Zambujeira, e em 2010 organizou uma exposição individual na Galeria São Mamede, em Lisboa.[1] Foi igualmente responsável pela produção de vários cartazes sobre eventos culturais em Odemira.[1] Algumas das suas obras foram também publicadas nos periódicos Artes e Casa Decoração.[1] Também foi professor de expressão plástica na Cooperativa Cova da Zorra entre 1993 e 1995.[1]
Esteve casado com a arquitecta Teresa Beirão, falecida em 11 de Fevereiro de 2015, que também se destacou pelos seus trabalhos em taipa no Sul do país.[5]
Referências
- ↑ a b c d e f g h i j k l m n o p q r «Alexandre Bastos». Galeria de Arte São Mamede. Consultado em 19 de Fevereiro de 2022
- ↑ a b c d e GRAÇA, Rui (1 de Outubro de 2020). «Alexandre Bastos». Jornal Sudoeste. Consultado em 19 de Fevereiro de 2022
- ↑ COSTA, Patrícia; GORDALINA, Rosário (2012) [2007]. «Atelier Alexandre Bastos». Sistema de Informação para o Património Arquitectónico. Direcção-Geral do Património Cultural. Consultado em 18 de Fevereiro de 2022
- ↑ MEIRA, 2017:94
- ↑ «Teresa Beirão (1954-2015). Missa do 30.º dia a 11 de Março». Ordem dos Arquitectos. 10 de Março de 2015. Consultado em 19 de Fevereiro de 2022
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- MEIRA, Daniel Coutinho dos Santos (Março de 2017). Arquitetura em taipa no Castro de S. Lourenço: Vila Chã, Esposende (Tese de Mestrado). Vila Nova de Cerveira: Escola Superior Gallaecia. Consultado em 26 de Fevereiro de 2022
