Algarve Exportador

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Algarve Exportador
Algarve Exportador
Vestígios da fábrica na cidade de Lagos
Conglomerado
Atividade Diversos, especialmente alimentação
Fundação 1920
Fundador(es) Agostinho Fernandes
Destino Falência
Encerramento Década de 1980
Sede Lagos (?)
Área(s) servida(s) Portugal, resto da Europa, Estados Unidos da América
Locais Matosinhos, Nazaré, Peniche, Lisboa, Setúbal, Castelo Branco, Vila do Conde, Alverca
Proprietário(s) Diniz Nazareth Fernandes
Produtos Diversos, principalmente peixe enlatado

A Algarve Exportador, igualmente conhecida como Algarve Exportadora, foi uma firma portuguesa, que laborou desde 1920 até à década de 1980.

História[editar | editar código-fonte]

Origens[editar | editar código-fonte]

A firma Algarve Exportador foi fundada por Agostinho Fernandes em 1920, com a finalidade de providenciar pescado e outras matérias-primas para as indústrias de conservas de peixe, que nesse período se encontravam em expansão em território nacional. A maior parte do pescado produzido pela empresa provinha das imediações do Cabo de São Vicente, enquanto as outras matérias-primas eram importadas. O primeiro armazém da firma foi sediado em Lagos, no local onde se encontra actualmente o mercado coberto.

Expansão[editar | editar código-fonte]

A empresa entra então num período de expansão que duraria até ao final da década de 1960, chegando a ser a maior em Portugal no seu ramo. A sua marca própria de peixe enlatado, Nice, torna-se uma das mais famosas no país. As actividades da empresa, além do peixe enlatado, também se estenderam ao azeite, óleos vegetais, embalagens, chocolates, bolachas, estanho, contraplacados e siderurgia. Constroem-se fábricas de conservas em Lagos, Matosinhos, Nazaré, Peniche, Lisboa e Setúbal. Em Castelo Branco, foram edificadas as fábricas de chocolates Africana e Favorita; em Vila do Conde foram construídas as refinarias Prazol para azeite e óleos vegetais; em Matosinhos e em Setúbal, foram construídas fábricas de farinha de peixe das marcas Spof e Sadop; também em Setúbal, foi edificada a fábrica Yolanda, para processamento de estanho; e uma fábrica de embalagens em Matosinhos. A empresa também possuía uma comparticipação na fábrica de contraplacados Ciam, em Alverca, na fábrica de manequins de Estrela de Faria, e na fábrica de brinquedos Arte e Bonecos. Fundou igualmente a Siderurgia Nacional, em Setúbal. Para a produção de pescado e exportação dos produtos manufacturados, a empresa também empreendeu a construção de uma frota, chegando a ter 48 embarcações, aonde laboravam 1200 trabalhadores. A empresa exportava para os Estados Unidos da América, Reino Unido, França, Suíça, Bélgica, Suécia, Finlândia, Alemanha, Hungria, Polónia e Checoslováquia.

Declínio e extinção[editar | editar código-fonte]

Nos finais da Década de 1960, a indústria conserveira portuguesa entra em declínio, incluindo a Algarve Exportador. Em 1972, Agostinho Fernandes afasta-se da presidência da firma, entregando ao seu neto, Diniz Nazareth Fernandes, a maior parte dos seus negócios. Apesar dos esforços deste, a firma acaba por desaparecer na década de 1980.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • FERRO, Silvestre Marchão (2002). Vultos na Toponímia de Lagos. Lagos: Câmara Municipal de Lagos. 358 páginas. ISBN 972-8773-00-5 


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