Algernon Blackwood

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Algernon Blackwood
Algernon Blackwood
Nascimento 14 de março de 1869
Londres, Kent, Inglaterra
Morte 10 de dezembro de 1951 (82 anos)
Bishopsteighton, Kent, Inglaterra
Nacionalidade britânico
Ocupação escritor, narrador, produtor, radialista
Gênero literário Ficção especulativa, fantasia
Magnum opus The Centaur (1911)

Algernon Henry Blackwood, CBE (Londres, 14 de março de 1869Bishopsteighton, 10 de dezembro de 1951) foi um contista e romancista inglês, considerado um dos mais prolíficos escritores de ficção especulativa. Trabalhou também como jornalista e apresentador de um programa radiofônico de histórias sobrenaturais.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Algernon nasceu em Shooter's Hill, um distrito a sudeste de Londres, em 1869, no seio de uma família bastante religiosa, de fé calvinista. Era filho de Sir Stevenson Arthur Blackwood, diretor dos Correios e de Harriet Sydney Dobbs, Duquesa de Manchester, viúva de George Montagu, 6º Duque de Manchester. A despeito da religião da família, Algernon se interessava por filosofias orientais e pelo budismo, após ler um livro que encontrou perdido na casa dos pais.[2]

Aos 14 anos, Algernon estava determinado a ser médico. Dois anos depois, estava em uma irmandade na Alemanha, onde conheceu estudantes do mundo todo. Algernon estudou no Wellington College, onde completou o estudo secundário.[3] Algernon trabalhou em vários empregos diferentes pela Europa e na América do Norte. No Canadá, trabalhou em uma fazenda. Foi administrador de um hotel por seis meses, repórter em Nova York, bartender, modelo, jornalista para o The New York Times, secretário e professor de violino. Também trabalhou como resenhista para vários jornais e revistas.[4]

Finalmente, ele ingressou na Universidade de Edimburgo, mas acabou não estudando medicina e deixou a universidade pouco depois. Por volta dos 30 anos, ele retornou à Inglaterra e começou a escrever histórias sobrenaturais. O sucesso finalmente veio e ele começou a escrever pelo menos dez coletâneas de contos de horror e depois os narrava no rádio e na televisão.[5]

Escreveu ainda 14 livros, entre eles infantis e várias peças de teatro, a maioria ele mesmo produziu. Era um amante da natureza e dos espaços abertos, algo que se reflete em sua escrita. Nunca se casou, apesar de gostar de companhia.[5]

Morte[editar | editar código-fonte]

Algernon sofreu vários AVCs ao longo da vida, o que o debilitou de maneira permanente. Ele faleceu em 10 de dezembro de 1951, aos 82 anos, devido a uma trombose venosa cerebral (TVC) e arteriosclerose. Seu corpo foi cremado no Crematório Golders Green e suas cinzas foram espalhadas nos Alpes suíços.[2]

Obras selecionadas[editar | editar código-fonte]

Romances:

  • Jimbo: A Fantasy (1909)
  • The Education of Uncle Paul (1909)
  • The Human Chord (1910)
  • The Centaur (1911)
  • A Prisoner in Fairyland (1913)
  • The Extra Day (1915)
  • Julius LeVallon (1916)
  • The Wave (1916)
  • The Promise of Air (1918)
  • The Garden of Survival (1918)
  • The Bright Messenger (1921)
  • Dudley & Gilderoy: A Nonsense (1929)

Romances infantis:

  • Sambo and Snitch (1927)
  • The Fruit Stoners: Being the Adventures of Maria Among the Fruit Stoners (1934)

Coletâneas de contos:

  • The Empty House and Other Ghost Stories (1906)
  • The Listener and Other Stories (1907)
  • John Silence (1908)
  • The Lost Valley and Other Stories (1910)
  • Pan's Garden: a Volume of Nature Stories (1912)
  • Ten Minute Stories (1914)
  • Incredible Adventures (1914)
  • Day and Night Stories (1917)
  • Wolves of God, and Other Fey Stories (1921)
  • Tongues of Fire and Other Sketches (1924)
  • Shocks (1935)
  • The Doll and One Other (1946)

Referências

  1. Ashley, Mike (1987). Algernon Blackwood: A Bio-Bibliography. Nova York: Greenwood Press. p. 369. ISBN 978-0313251580 
  2. a b Kate Mosse, ed. (27 de outubro de 2007). «Horror in the shadows». The Guardian. Consultado em 6 de abril de 2022 
  3. «Algernon Blackwood: Biography & Quotes». Study.com. Consultado em 6 de abril de 2022 
  4. Sullivan, Jack (1986). The Penguin Encyclopedia of Horror and the Supernatural. São Paulo: Cultrix. p. 38. ISBN 978-0670809028 
  5. a b Sullivan, Jack (1986). The Penguin Encyclopedia of Horror and the Supernatural. São Paulo: Cultrix. p. 39. ISBN 978-0670809028 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Algernon Blackwood