Aliança Grego-Sérvia de 1867

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Tratado de Vöslau (em grego: Συνθήκη της Φεσλάου, em sérvio: уговор о савезу у Феслау), um tratado de aliança militar entre o Reino da Grécia e o Principado da Sérvia, foi assinado em 26 de agosto de 1867. O tratado foi negociado pelo ministro grego Petros Zanos e pelos ministros sérvios Jovan Ristić, Milan Petronijević e Ilija Garašanin (que se reuniram com Zanos no início).[1] As discussões anteriores haviam sido organizadas em Viena. [2] No preâmbulo, é dito que "a posição dos cristãos no leste é insuportável" e que eles necessitavam se libertarem. [3] Foi proposta pelo ministro das Relações Exteriores grego Charilaos Trikoupis e foi a primeira e única aliança assinada entre a Grécia e outro país durante o século XIX. [4] Igualmente, seria a primeira tentativa de uma aliança entre as nações dos Bálcãs contra o Império Otomano. [4] Os dois Estados concordaram com os territórios que cada um deles ocupariam na sequência de uma guerra exitosa contra os otomanos. [4]

As negociações tinham sido dificultadas por questões sobre a divisão dos territórios: os gregos procuraram estabelecer apenas o mínimo com base na população, igualdade de origem e tradições históricas, ao passo que o príncipe Mihailo Obrenović III buscava o mínimo de território, assumindo a Bósnia e Herzegovina, e a Velha Sérvia do Drim ao Iskar. Os gregos, nesse caso, buscavam a Tessália, Epiro e a Macedônia entre a Tessália e o Mar, a Trácia e as Cordilheira dos Bálcãs. Finalmente, a proposta grega foi aceite: a Bósnia e Herzegovina para a Sérvia, Epiro e Tessália com a Crimeia para a Grécia. [2] A possibilidade de uma aliança balcânica foi prevista e o seu estabelecimento também como um princípio para uma autodeterminação nacional no Próximo Oriente. [2] Uma ata especial incluía os direitos de ambos os lados, que, caso não conseguissem alcançar o mínimo de anexações no Artigo 4 (Bósnia e Herzegovina, Epiro e Tessália), iriam buscar compensação em outras províncias vizinhas do Império Otomano, com base na mútua origem da população.[2] Em 22 de Janeiro [Calend. antigo 10 de Janeiro] de 1868, foram trocadas as ratificações. [5] Em 28 de Fevereiro [Calend. antigo 16 de Fevereiro] de 1868, uma convenção militar em operações de guerra contra o Império Otomano foi assinada. [5]

O tratado não entrou em vigor, haja vista o Príncipe Mihailo III seria assassinado logo depois,[4] em 10 de junho de 1868.[carece de fontes?]

Notas[editar | editar código-fonte]

  1. Istorijski institut u Beogradu (1992). Posebna izdanja. 27. [S.l.]: Izdanje Istorijskog Instituta. p. 133 
  2. a b c d Popović & Skerlić 1928, p. 77.
  3. Богдан Љ Поповић (2010). Дипломатска историја Србије. [S.l.]: Завод за Уџбенике. p. 334. Уговор је тако по- тписан у Бечу (у Феслау) 14/26. августа 1867. године.315 У самој преамбули савезног уговора гово- ри се да је "положење христијана на востоку несносно" и да се они морају ослободити. Уз то, у преамбули се ... 
  4. a b c d S. Laskaris, Diplomatic History of Greece (1814-1914), Athens, 1947, pp. 117-124.
  5. a b Vaso Vojvodić (1994). U duhu Garašaninovih ideja: Srbija i neoslobođeno Srpstvo : 1868-1876. [S.l.]: Prosveta. 1,8 Артиљеријски потпуковник Фрањо Зах (под именом Јован Гла- ваш) стигао е у Атину 4. новембра 1867. Извршио е 10. јапуара 1868. размену ратификација српско-грчког уговора кој и :е био потписан у Феслау, бањи код Беча, 14. августа 1867. Затим су Зах и грчки генерал- штабни мајор Никола Занос 16. фебруара исте године потписали вој ну конвенцију о ратним операци]ама против Турске. Г. ^кший, Прей срп- ско-грчки савез (1867 — 1868), Из нови]е српске истори]е, ... 

Fontes[editar | editar código-fonte]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Vladislav B. Sotirović (2008). «Serbia's Diplomatic Preparations for the Creation of the First Balkan Alliance, 1861-64». Serbian Studies: Journal of the North American Society for Serbian Studies. 22 (1): 65-82. doi:10.1353/ser.2011.0008