Analice Caldas Barros

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Analice Caldas Barros (Alagoa Nova, 30 de Outubro de 1891 - 15 de fevereiro de 1945) foi uma educadora, professora e jornalista paraibana.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nascida na antiga Vila de Alagoa Nova (atual Alagoa Nova), Analice Caldas Barros se mudou para João Pessoa logo quando jovem. Começou no magistério após receber seu o diploma de professora em 1911, aos 20 anos de idade. Primeiramente, atuou como professora na fazenda de Espírito Santo. A partir de 1921 passa a colaborar como jornalista no O Educador, uma impressão de professores primário. Em 1922, colaborou com O Progresso.[1]

Seu trabalho de maior destaque enquanto jornalista foi para a revista Era Nova, a partir de 1923, em sua coluna Álbum de Mlle, onde questionava seus entrevistados sobre temas políticos e sociais na década de 20.[2] É importante destacar o trabalho da Era Nova e de Analice em registrar através da revista, mudanças urbanas e comportamentais, além de dar voz ao discurso feminista que nascia na época.[3] Também em 1923, Analice Caldas passou a ensinar língua portuguesa para o nível médio no então Liceu Industrial - antiga Escola Técnica Federal, agora Instituto Federal da Paraíba (IFPB). Em 1930, passou a escrever para a revista Folha, publicada em Alagoa Nova. Analice colaborou também nos jornais A União, A Imprensa e O Jornal do Comércio.

Seu destaque como militante começa em 1930, após participar da Campanha dos Mil Reis Liberal, manifestações em prol da Aliança Liberal. Em 1933, fundou a Associação Paraibana Pelo Progresso Feminino, em parceria com várias mulheres influentes da época e baseada no modelo da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino (FBPF).[4]

Foi aprovada como sócia efetiva do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano em 1936, cargo que a ajudou, mais tarde, na publicação seu primeiro livro, “Alagoa Nova” (1940), que contava com o objetivo de registro, a história e características da cidade. Entre 1930 e 1940, lecionou como professora de taquigrafia na Academia de Comércio Epitácio Pessoa e chegou a atuar como taquigrafa na Assembleia Legislativa no início da década de 40. Analice Caldas faleceu em 1945, em um acidente de avião.[5]

Foi homenageada pela prefeitura de Alagoa Nova através da criação da Biblioteca Analice Caldas[6] e pela prefeitura de João Pessoa, com a inauguração da Escola Municipal de Ensino Fundamental Analice Caldas.[7]

Referências

  1. Pedro Marinho.[<http://www.blogdopedromarinho.com/?p=single&id=74224, Nomes que fizeram e fazem a história da Paraíba - Analice Caldas Barros] 14 de Abril de 2019.
  2. ALVES, Alice M. da S., SILVA, Shierley T. VESTÍGIOS DE EDUCAÇÃO NOS ESCRITOS DE ANALICE CALDAS DE BARROS (1891 – 1945). 2014.
  3. MEDEIROS, Raquel. Era Nova: a revista dos modernos anos 20 da Parahyba do Norte]. Nas Entrelinhas. 2011.
  4. NUNES, Maria L. da S., MACHADO, Charliton J. dos S., A ASSOCIAÇÃO PARAIBANA PELO PROGRESSO FEMININO (APPF) E SUAS AÇÕES DE INCENTIVO À LEITURA (1933-1937)
  5. Pedro Marinho.[<http://www.blogdopedromarinho.com/?p=single&id=74224,Nomes que fizeram e fazem a história da Paraíba - Analice Caldas Barros] 14 de Abril de 2019.
  6. [1]
  7. [2]