Anna Gmeyner

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Anna Gmeyner
Anna Wilhelmine Gmeyner
Pseudónimo(s)
  • Anna Reiner
  • Anna Morduch
Nascimento 16 de março de 1902
Viena, Áustria-Hungria
Morte 3 de janeiro de 1991 (88 anos)
York, Inglaterra, Reino Unido
Nacionalidade austríaca
Cônjuge
Ocupação escritora
Gênero literário ficção e não ficção
Magnum opus Manja (1939)
Carreira musical
Período musical 1929-1970

Anna Wilhelmine Gmeyner (Viena, 16 de março de 1902York, 3 de janeiro de 1991) foi uma roteirista, dramaturga e escritora austríaca exilada na Alemanha. Seu trabalho mais conhecido é a peça Manja (1939).

Escreveu sob os pseudônimos de Anna Reiner e Anna Morduch. Sua filha, Eva Ibbotson, também se tornaria escritora, escrevendo livros para crianças.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Anna nasceu em 1902, em Viena, em uma família de judeus liberais. Seu pai, Rudolf Gmeyner, era advogado e Anna cresceu em uma casa dedicada às atividades intelectuais, da qual ela fazia parte. Um dos amigos da família era Sigmund Freud.[2] Tendo estudado em Viena, a partir de 1920, ela se mudou para Berlim em 1925. Casou-se com o médico Berthold P. Wiesner, controverso e pioneiro em tratamento de infertilidade humana, que tinha sido acusado de fertilizar mulheres seu próprio esperma em sua clínica em Londres.[3]

A única filha do casal, Eva (nascida Maria Charlotte Michell Wiesner), nasceu pouco antes do caso se descoberto. A família então se mudou para a Escócia, em 1926, onde ele recebeu uma oferta de emprego na Universidade de Edimburgo. Foi neste período em que Anna teve inspiração de escrever uma peça sobre a greve dos mineiros escoceses.[2]

O casal se separou em 1928 e ela retornou para Berlim, onde começou a escrever peças de teatro. Seu primeiro trabalho era uma peça infantil chamada The Great and Little Claus e um trabalho sobre a situação dos mineiros escoceses.[2]

Exílio[editar | editar código-fonte]

Com a chegada ao poder dos nazistas, em 1933, Anna fugiu de Berlim onde seu trabalho tinha sido banido. Mudou-se então para Paris, onde começou a trabalhar com a produção de filmes, tendo trabalhado com Bertolt Brecht e escrevendo roteiros para G. W. Pabst. Foi em Paris que ela conheceu seu segundo marido, o filósofo russo Jascha Morduch.[2]

Conforme a guerra se aproximava de Paris, o casal se mudou para a Inglaterra, onde Anna começou a trabalhar com literatura do exílio, trabalhos pelos quais ela é mais conhecida. Em 1938, ela escreveu Manja, enquanto morava com a família em Londres. O livro fala sobre a vida no exílio. O livro foi publicado pela primeira vez em Amsterdã, em 1939, antes de ser publicado em inglês como Five Destinies, nos Estados Unidos e The Wall, no Reino Unido.[4]

Entre 1940 e 1950, Anna e o marido moraram em Berkshire. Jascha morreu em 1950 e Anna começou a escrever sob o pseudônimo de Anna Morduch, publicando biografias, histórias religiosas, poesias e romances.[2]

Morte[editar | editar código-fonte]

Anna morreu em 3 de janeiro de 1991, em York, aos 88 anos.[2]

Referências

  1. «Obituary: Eva Ibbotson». The Guardian. Consultado em 27 de agosto de 2020 
  2. a b c d e f Lang, Peter (1997). German Exiles: British Perspectives. Londres: [s.n.] p. 34. ISBN 978-0-8204-3743-9 
  3. Berthold Wiesner, ed. (8 de abril de 2012). «Sperm dono may have fathered 1000 babies». Daily Mirror. Consultado em 27 de agosto de 2020 
  4. Charmian Brinson (ed.). «A Woman's Place...?: German Speaking Women in Exile in Britain 1933-45». German Life and Letters. Consultado em 27 de agosto de 2020