Antíoco (estratego da Sicília)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Antíoco
Ἀντίοχος
Nascimento Séc. 8
Nacionalidade Império Bizantino
Ocupação Governador e oficial
Religião Cristianismo

Antíoco (em latim: Antiochus; em grego medieval: Αντίοχος; romaniz.:Antíochos; fl. ca. 766) foi um alto oficial bizantino e governador da Sicília que participou numa conspiração contra o imperador Constantino V (r. 741–775).

Vida[editar | editar código-fonte]

Soldo de Leão III, o Isauro (r. 717–741) e Constantino V Coprônimo (r. 741–775)

Pouco se sabe sobre sua vida e carreira além de seu envolvimento na conspiração contra o imperador, que ocorreu no verão de 766. Para Teófanes, o Confessor, Antíoco foi logóteta do dromo e à época serviu como governador militar (estratego) do Tema da Sicília. A conspiração envolveu 19 dos mais altos oficiais, inclusive outros estrategos, e foi liderada por Estratégio e Constantino Podopáguro. Após descoberta a conspiração, os conspiradores foram publicamente exibidos e humilhados no Hipódromo de Constantinopla em 25 de agosto de 766, e os irmãos foram decapitados em Cinégio, enquanto outros foram cegados e exilados. Teófanes também diz que uma vez todo ano, agentes foram enviados pelo imperador para açoitar uma centena de vezes os conspiradores exilados.[1][2]

Em sua crônica, Teófanes fala que a conspiração era parte da reação contra as políticas iconoclastas de Constantino V, alegando que alguns conspiradores eram aderentes do ermitão iconófilo Estêvão, o Jovem do Monte Auxêncio, que foi publicamente humilhado e executado no novembro anterior.[3] Aos estudiosos modernos, por outro lado, não está tão claro quanto às motivações do imperador, ou seja, se a morte de Estêvão, a execução dos 19 oficiais e outros atos da perseguição deveu-se à sua posição de endurecimento contra o sentimento iconófilo, ou teve motivações políticas como uma reação às conspirações contra sua vida (na qual Estêvão também pode ter sido implicado).[4]

Referências

  1. Mango 1997, p. 605.
  2. Winkelmann 1999, p. 163.
  3. Mango 1997, p. 604–605.
  4. Brubaker 2011, p. 235–239.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Brubaker, Leslie; Haldon, John (2011). Byzantium in the Iconoclast Era c. 680-850: A History (em inglês). Cambridge, Reino Unido: Cambridge University Press. ISBN 978-0-521-43093-7 
  • Lilie, Ralph-Johannes; Ludwig, Claudia; Zielke, Beate et al. (2013). «Antiochos - #513/corr.». Prosopographie der mittelbyzantinischen Zeit Online. Berlim-Brandenburgische Akademie der Wissenschaften: Nach Vorarbeiten F. Winkelmanns erstellt 
  • Mango, Cyril; Roger Scott (1997). The Chronicle of Theophanes Confessor. Byzantine and Near Eastern History, AD 284–813 (em inglês). Oxford, Reino Unido: Oxford University Press. ISBN 0-19-822568-7