António de Cértima

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António de Cértima foi um escritor português, nascido no lugar de Gesta,[1] freguesia de Oiã, concelho de Oliveira do Bairro, em 27 de Julho de 1894 e falecido no Caramulo, Tondela, a 21 de Janeiro de 1983. Foi baptizado no entanto com o nome de António Augusto Gomes Cruzeiro.[1]

Seguiu a carreira diplomática, tendo sido cônsul em Dacar e Sevilha. Dedicou-se depois à vida comercial.


Bibliografia activa[editar | editar código-fonte]

Estreou-se no mundo das letras com o volume de poemas Marília (1914). Publicou poesias, contos, novelas, romances, narrativas e poemas musicados. Encontra-se colaboração da sua autoria nas revistas Contemporânea[2] (1915-1926), Acção realista[3] (1924-1926) e Música[4] (1924-1925), nomeadamente o artigo "As cerâmicas decorativas" no nº 1, de 15 de Julho de 1924.

Obras publicadas[editar | editar código-fonte]

  • Marília - Quadro dramático, 1914;
  • Bodas de Vinho - Poemas, 1919;
  • Fado das Capas - Serenata do Amor, 1920;
  • Epopeia Maldita, (O drama da Guerra de África), 1924;
  • Volúpia do Mar - novela, 1925;
  • Legenda Dolorosa do Soldado Desconhecido de África, 1925;
  • O Ditador, 1927, Editor Rodrigues & Ca
  • Alma Encantadora do Chiado, 1927;
  • Jardim das Carícias - Poemas, 1928;
  • Discurso à Geração Lusitana, 1935;
  • Caminho de Siegfried - Poemas, 1936;
  • Canção das estradas de Estio - poema musicado, sem/data;
  • Bodas Helénicas - (É uma reedição do livro Bodas de Vinho), 1943;
  • Itinerário Sentimental de los Portugueses em Sevilha, 1944;
  • Vida Voluptuosa, contos e novelas, 1945;
  • Tu e o Teu Corpo - Poemas, 1946;
  • Sortilégio Senegalês, 1949;
  • Baladas de Sevilha em Primavera - Poemas;
  • Trópico de Câncer - Versos, 1949;
  • Colóquio com a Morte - Ensaio sobre a Semana Santa de Sevilha, 1951;
  • Sevilla em Portugal - Separata nº 47 do Arquivo Hispalense, 1951;
  • Sevilla y El Sentido de la Muerte - Separata nº 58 -59 do Arquivo Hispalense, 1953;
  • Aditamento ao 5º Milhar de Epopeia Maldita - (contem criticas à obra), sem/data;
  • Noticias de Anto e Purinha – António Nobre ou a Poesia sob o signo da Morte e do Amor, 1955;
  • Trajectória Sem Fim - Antologia poética, 1960;
  • Primeiro dia do Homem fora do Paraíso - Estudos, 1960;
  • Sevilha Noiva de Portugal - Estudo, 1963;
  • Doce França - Crónicas, 1963;
  • Escandalosamente Pura - Romance, 1966;
  • Nono, Não desejar a Mulher do Próximo - Contos, 1966;
  • Carisma de Fátima e a Teologia Islâmica, 1967;
  • Não Quero Ser Herói - Romance, 1970;
  • Soldado Volta - poética, 1970;
  • Epístola a Job - poética, 1970;
  • Soldado Desconhecido (pequeno panfleto que distribuiu), sem/data

Prémios e condecorações[editar | editar código-fonte]

1918 - Medalha de Bons Serviços Militares - Atribuída por Portugal;

1925 - Homenageado pelos seus dotes literários – Aveiro;

1929 - Cavaleiro da Ordem L'Etoile Noire du Beni - Atribuída pelo Governo Francês;

1931 - Louvado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, em nome do Governo pelos " Seus Patrióticos Serviços durante a revolta da Guiné" - Atribuída por Portugal;

1932 - Cavaleiro da Ordem Militar de Cristo - Atribuída por Portugal;

1948 - Oficial da Academia (Palmas Académicas), "pelos Serviços prestados à causa Francesa"- Atribuída pela França;

1951 - Moção de Louvor - à obra de António de Cértima (Colóquio com a Morte) - Atribuída pelo Município da Cidade de Sevilha;

1951 - Comenda Ordem de Afonso X o Sábio - Atribuída pelo Governo de Espanha;

1951 - Comendador da Casa Real da Roménia, concedida pelo Rei Carol II da Roménia - Particular do Rei;

1968 - Medalha de Membro da Academia Del Mediterrâne - Atribuída por Espanha;

1969 - Comenda Ordem de Isabel a Católica - Atribuída pelo Governo de Espanha - Colaborou na imprensa periódica Nacional e Estrangeira.

Referências

  1. a b «António de Cértima» (PDF) (em portuguesa). Consultado em 15 de junho de 2016. Cópia arquivada (PDF) em 15 de junho de 2016 
  2. Contemporânea (1915-1926) cópia digital, Hemeroteca Digital
  3. Acção realista (1924-1926) cópia digital, Hemeroteca Digital
  4. Jorge Mangorrinha (1 de Outubro de 2013). «Ficha histórica: Música: revista de artes (1924-1925)» (pdf). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 15 de Janeiro de 2015