António de Oliveira

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 Nota: Se procura procura o administrador colonial madeirense homónimo, veja António Alves de Oliveira. Se procura o compositor renascentista, veja António de Oliveira (compositor).
António de Oliveira
Nascimento 20 de maio de 1847
São Pedro de Nordestinho
Morte 13 de fevereiro de 1936
Cidadania Portugal, Reino de Portugal
Ocupação político

António Alves de Oliveira (São Pedro de Nordestinho, 20 de Maio de 184713 de Fevereiro de 1936) foi um influente político do concelho de Nordeste, Açores, de visão futurista e considerado a maior figura política do Nordeste do século XIX, que se notabilizou pelo fomento de obras públicas.[1] É lembrado na toponímia da sua terra natal e por uma estátua localizada na praça fronteira à Câmara Municipal do Nordeste.[2]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Simultaneamente escrivão da Câmara Municipal do Nordeste e juiz ordinário, foi responsável por projectos de construção ambiciosos para a sua época, numa vaga de modernização que marcou o concelho nos finais do século XIX. Conhecido como a subtil raposa, ganhou grande influência eleitoral na ilha de São Miguel, lançando na política Ernesto Hintze Ribeiro.[3] Foi através da influência deste deputado, ministro da Obras Públicas e chefe do Governo, que conseguiu obter avultados investimentos para o Nordeste, deixando uma marca que ainda persiste.[1]

Foi sob a sua liderança que se procedeu construção das estradas do Nordeste, incluindo a estrada da Vila do Nordeste a Santo António Nordestinho, os lanços entre a Nazaré e Pedreira, Caminho do Farol e da Tronqueira e as pontes que atravessam as ribeiras entre Pedreira e Santo António. Também data daquele período a reparação do Porto da Achada, reconstrução do cais e varadouro do Porto do Nordeste (1875), a edificação do primeiro farol dos Açores, o Farol do Nordeste, construído em 1876. A Ponte dos Sete Arcos, no Nordeste, é também desta época. Construiu-se também o edifício da Câmara em 1875, as primeiras escolas primárias, procedeu-se encanamento de água para a vila, ajudou-se nas obras em igrejas e instalou-se o telégrafo.

O Município do Nordeste prestou-lhe homenagem na toponímia e pela erecção, em 2001, de uma estátua em bronze da autoria do escultor Raposo de França localizada na praça fronteira aos paços do concelho.[4]

Notas