Ara (vinho)

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Ara ou Arag (Dzongkha: ཨ་རག་; Wylie: a-rag) é uma bebida alcoólica típica do Butão. É considerado um tipo de vinho de arroz, milho, milhete ou trigo.[1][2] É utilizado tanto para consumo (na maioria das vezes, ilegal), quanto para cerimônias religiosas e proteção.[3][4]

Composição e Processo[editar | editar código-fonte]

O vinho é basicamente feito de arroz, milho, milhete ou trigo, podendo ser consumido com ingredientes mais leves como ovos escalfados e manteiga, ou mais pesados como o arroz e os ovos mexidos. O Ara é geralmente consumido quente em lugares privados e cerimônias religiosas no leste do Butão ( consumido como oferenda em certas épocas do ano).[4][5] Tradicionalmente, o Ara também é carregado por crianças como medida de proteção contra animais, como cobras, pois acredita-se que possui propriedades químicas com o poder de afugentar criaturas perigosas.[3]

Fabricação[editar | editar código-fonte]

O processo de fabricação da bebida pode se dar tanto por destilação quanto por fermentação.[5] A fabricação, assim como o consumo, é feita em lugares privados e não é regulada. O governo butanês proíbe a venda, geralmente feita de forma clandestina por meio de lojistas, como tentativa de reduzir o alcoolismo, o abuso e os danos à saúde causados pelo álcool. A proibição também é feita por meio de multas e outras graves sanções.[6][7]

Agricultores butaneses permanecem pressionando o governo para que seja feita a legalização do Ara, a forma mais lucrativa de vender milho no país. [8]

No distrito de Lhuntse, o consumo exagerado de Ara é uma tradição local e um motivo de preocupação tanto para os habitantes do distrito quanto para as autoridade governamentais. Para esse local, o governo do Butão tenta adotar uma estratégia para abolir o álcool: instituir uma redução gradual do condumo até a eliminação total do hábito. O consumo e a proibição da bebida são assuntos recorrentes nas discussões políticas do país, principalmente em discussões locais.[9]

Ver Também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Merak and Sakteng - The Land of Brokpas». Wind Horse Tours online. Consultado em 27 de julho de 2011. Arquivado do original em 27 de setembro de 2011 
  2. «Uol Viagem-Gastronoomia do Butão». Consultado em 21 de Novembro de 2016. Arquivado do original em 22 de novembro de 2016 
  3. a b Dema, Tashi (4 de junho de 2007). «Trongsa: Slithering with Snakes». Kuensel online. Consultado em 27 de julho de 2011 
  4. a b Namgyal, Gyembo (19 de janeiro de 2010). «It is Lhasoel Time in the East». Bhutan Observer online. Consultado em 27 de julho de 2011. Arquivado do original em 20 de janeiro de 2011 
  5. a b Mowe, Sam (2 de junho de 2011). «Making Moonshine: How to Make Bhutanese Rice Wine». Tricycle online. Consultado em 27 de julho de 2011 
  6. Namgyal, Gyembo (15 de março de 2011). «Reduce Alcohol Abuse, Lyonchhen Urges Local Leaders». Bhutan Observer online. Consultado em 27 de julho de 2011. Arquivado do original em 3 de abril de 2012 
  7. Namgyal, Gyembo (18 de julho de 2011). «Alcohol Price Hike Doesn't Quite Discourage Drinking». Bhutan Observer online. Consultado em 27 de julho de 2011. Cópia arquivada em 26 de julho de 2011 
  8. Wangdi, Tempa (27 de janeiro de 2011). «Ara Production and Sale Should Be Legalized, Farmers Say». Bhutan Observer online. Consultado em 27 de julho de 2011. Cópia arquivada em 25 de julho de 2011 
  9. Wangchuck, Jigme (5 de setembro de 2011). «Ara Faces Banishment in Lhuentse». Bhutan Observer online. Consultado em 8 de setembro de 2011. Arquivado do original em 7 de setembro de 2011 
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