Argum Aca

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Argum Aca
Morte 1275
Nacionalidade Ilcanato
Ocupação Oficial
Religião islamismo

Argum Aca[1] (em mongol médio: ᠠᠷᠭᠤᠨ; em mongol: Аргун-ака; romaniz.:Argun Aka; em persa: ارغون آقا; m. 1275) foi um nobre mongol do clã oirate do século XIII. Notabilizou-se como administrador dos territórios do Império Mongol na Pérsia sob Guiuque (r. 1247–1249) e Mangu (r. 1251–1259) e sob os primeiros ilcãs do Ilcanato. Se ligou aos Juveinis com o casamento de sua filha com Xameçadim Maomé ibne Maomé Juveini, outro grande administrador da região.

Vida[editar | editar código-fonte]

Argum Aca, cujo nome significava "meio sangue" (do turcomano arḡun) e "irmão mais velho" (do mongol aqa), era membro da tribo dos oirates. Segundo Ata Maleque Juveini, o seu pai se chamava Taichu e foi comandante dum milhar de soldados, enquanto Raxidadim de Hamadã descreveu-o como um pobre que vendeu o filho por um pedaço de carne numa crise de fome. O emir Cadã dos jalaires, que o obteve,[2] o deu como pajem a seu filho Ilugue, que servia como vigia noturno na guarda imperial do grão-cã Oguedai (r. 1229–1251). [3] Por conhecer a escrita uigur, desde cedo foi empregado no secretariado do grão-cã. Foi encarregado da investigação das acusações contra Corguz, o governador do Coração. Ao que parece, Corguz foi liberado pouco tempo depois e Argum foi nomeado como seu colega (noquer) com a função de coletar impostos (bascaque). O primeiro, entretanto, deu pouca importância à nomeação de Argum, que se retirou para leste. Seja como for, em 1241, com a morte de Oguedai, Argum foi incumbido de prender Corguz e levá-lo à Mongólia, onde foi condenado a morte pela viúva Toreguene (r. 1241–1246). Por sua vez, em 1243-44, foi nomeado como sucessor do falecido, com responsabilidades por todos os territórios do Império Mongol a oeste do rio Oxo até a Anatólia (Rum).[2] Continuou as políticas de Corguz no Coração e designou seu assistente Xarafadim como coletor de impostos. Desde 1245, desenvolveu íntimos laços com a elite coraçane e converter-se-ia ao islamismo.[3]

Quando Guiuque, filho de Oguedai, foi eleito cã em 1246, Argum foi convocado para participar na eleição e entronização (curultai), e na ocasião foi confirmado em sua posição. O retorno de Argum ao oeste, onde visitou o Azerbaijão, parece ter coincidido com a embaixada do frade dominicano Arcelino da Lombardia.[2]



Referências

  1. EBM 1963, p. 620.
  2. a b c Jackson 1986.
  3. a b Atwood 2004, p. 21.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Atwood, Christopher P. (2004). Encyclopedia of Mongolia and the Mongol Empire. Nova Iorque: Facts On File, Inc. 
  • «Polo, Marco». Enciclopédia Brasileira Mérito [EBM] Vol. 15: Parce-Poro. Rio de Janeiro: Mérito S.A. 1963 
  • Jackson, P. (1986). «Arḡūn Āqā». Enciclopédia Irânica Vol. II, Fasc. 4. Nova Iorque: Imprensa da Universidade de Colúmbia