Aroldo Santarosa

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Aroldo Santarosa
Informação geral
Nome completo José Aroldo Binda
Local de nascimento São Paulo, SP
Brasil
Nacionalidade Brasileira
Gênero(s)
Ocupação(ões) Guitarrista
Instrumento(s) Guitarra
Período em atividade 1967 - atualmente
Gravadora(s)
Afiliação(ões)

Aroldo Santarosa ou simplesmente Aroldo, nome artístico de José Aroldo Binda (São Paulo, [quando?]), é um guitarrista e compositor brasileiro, conhecido por ter tocado nas bandas Som Beat, nos anos 1960; Os Incríveis e Casa das Máquinas, na década de 1970. Além disso, ele acompanhou e foi parceiro de Zé Geraldo, nos anos 1980 e 1990. Em meados desta última década, mudou-se para Nova Iorque, nos Estados Unidos, com sua família, retornando ocasionalmente para o Brasil para participar de shows e gravações.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Carreira[editar | editar código-fonte]

Iniciou a carreira em 1967, na banda Som Beat, que fazia bailes pela cidade de São Paulo. A banda era formada por Fafá (Vicente Ferrer Juan), na guitarra base, Aroldo na guitarra solo e nos vocais e Carlinhos (José Carlos Pereira), no baixo. Durante a carreira da banda, tiveram 3 diferentes bateristas: Portella (Antônio Lourenço Portella), Dartagnan Navajas e, finalmente, Norival (Norival Ricardo D'Angelo). Com esta última formação, chegam a gravar um compacto naquele ano pela RCA com as canções "My Generation" (do The Who) e "Sou Tímido Assim" (cover para "Listen People", do Herman's Hermits), sem grande sucesso. No final da década, por influência do empresário e radialista Carlos Alberto Lopes, conhecido como "Sossego", gravam uma demo com "Nobody But Me" (do The Human Beinz) e "Come On Up" (do The Uniques) e vão para a Itália, sem nenhum êxito. No final dos anos 1960, chegam a acompanhar Gal Costa. Entretanto, apesar de ser conhecidos pela proeza dos músicos - sendo chamados de "Yardbirds paulistanos", a banda encerra as atividades no fim da década.[1][2]

Em 1970, Aroldo e Carlinhos participam do álbum de estreia da carreira solo de Manito, de Os Incríveis, O Incrível Manito. Assim, com a saída de Risonho da banda mais tarde naquele ano, Aroldo é convidado para integrar o conjunto paulistano. Chega a gravar um álbum de estúdio - 1910 - e alguns compactos, no ano seguinte.[2] Entretanto, a banda já estava em seu final devido a desentendimentos em relação ao caminho que a banda deveria seguir, na esteira do estrondoso sucesso de "Eu Te Amo, Meu Brasil".[3] Assim, em 1972, Manito sai para formar o Som Nosso de Cada Dia - após breve passagem por Os Mutantes - e Netinho e Aroldo formam uma banda que passa a excursionar o país tocando covers de Elvis Presley, Paul Anka e Neil Sedaka com o nome de Os Novos Incríveis. Porém, com a retomada de Os Incríveis pelos outros 3 integrantes originais (Mingo, Nenê e Risonho) em 1973, a banda troca seu nome para Casa das Máquinas. Aroldo participa de 2 álbuns da banda: o primeiro autointitulado, de 1974; e Lar de Maravilhas, de 1975. No período em que esteve no grupo, foi um de seus principais compositores.[4][5][6]

A partir de 1976, sai do grupo e, na década seguinte, passa a tocar e compor com Zé Geraldo e adota o nome artístico de Aroldo Santarosa. Em 1995, muda-se para Nova Iorque com a sua família e passa a retornar ao Brasil apenas para participar de alguns shows e algumas gravações. Em 2020, com nova formação, o Casa das Máquinas lança a canção "A Rua", de Aroldo, como single e anuncia que pretende lançar novo álbum.[7][8]

Discografia[editar | editar código-fonte]

Discografia dada pelo Discogs.[9][10][11]

Com o Som Beat[editar | editar código-fonte]

  • 1967 - "My Generation" / "Sou Tímido Assim" (RCA)

Com Os Incríveis[editar | editar código-fonte]

  • 1971 - 1910 (RCA)
  • 1971 - "Sem Vergonheira" / "Canção dos Emigrantes" / "Viva Santo Antonio" / "Venha Nos Amar" (RCA)
  • 1971 - "O Maior Amor do Mundo" / "Te Quero Ver Dançar" (RCA)
  • 1971 - "Ei, Bicho" / "Sem Vergonheira" (RCA)
  • 1972 - "Árvore" / "Viver" (RCA)

Com o Casa das Máquinas[editar | editar código-fonte]

Com Zé Geraldo[editar | editar código-fonte]

  • 1983 - Caminhos de Minas (Copacabana)
  • 1984 - Sol Girassol (Copacabana)
  • 1986 - No Arco da Porta de Um Dia (Arca)
  • 1988 - Poeira e Canto (Eldorado)
  • 1990 - Viagens e Versos (Eldorado)
  • 1991 - Ninho de Sonhos (Eldorado)
  • 1994 - Aprendendo a Viver (Eldorado)

Referências

  1. Campos 2018, pp. 45-47
  2. a b Fernando Rosa (7 de janeiro de 2016). «Som Beat, os Yardbirds paulistanos». Senhor F. Consultado em 12 de maio de 2020 
  3. Jeison Silva (14 de setembro de 2018). «Netinho: os anos Incríveis do batera de Itariri». Diário de Canoas. Consultado em 11 de maio de 2020 
  4. Souto Maior & Schott 2014, pp. 146-147
  5. Saggiorato 2008, p. 118
  6. Resende 2016, p. 3
  7. «Novo single da banda Casa das Máquinas». Correio do Cidadão. 31 de março de 2020. Consultado em 12 de maio de 2020 
  8. Mauro Ferreira (30 de março de 2020). «Casa das Máquinas apronta o primeiro álbum em 44 anos». G1. Consultado em 12 de maio de 2020 
  9. «Os Incríveis - discography». Discogs. N.d. Consultado em 12 de maio de 2020 
  10. «Casa das Máquinas - discography». Discogs. N.d. Consultado em 12 de maio de 2020 
  11. «Zé Geraldo - discography». Discogs. N.d. Consultado em 12 de maio de 2020 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Campos, Fernando Carneiro de (2018). Hits Brasil: Sucessos "estrangeiros" made in brazil. São Paulo: Clube de autores 
  • Resende, Vítor Henrique de (2016). Performances musicais no rock brasileiro dos anos 1970, por meio de análises de capas de discos. Curitiba: Revista Vórtex, Curitiba, v. 4, n. 1. p. pp. 1-13 
  • Saggiorato, Alexandre (2008). Anos de chumbo: rock e repressão durante o AI-5 Dissertação de mestrado ed. Passo Fundo: Universidade de Passo Fundo 
  • Souto Maior, Leandro; Schott, Ricardo (2014). Heróis da guitarra brasileira: Literatura musical. São Paulo: Irmãos Vitale