Arquidiocese de Ancona-Osimo

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Arquidiocese de Ancona-Osimo
Archidiœcesis Anconitana-Auximana
Arquidiocese de Ancona-Osimo
Catedral de Ancona
Localização
País  Itália
Dioceses sufragâneas Fabriano-Matelica, Jesi, Loreto, Senigallia
Estatísticas
População 225 441
Área 501 km²
Paróquias 72
Sacerdotes 128
Informação
Rito latino
Criação da diocese século III
Elevação a arquidiocese 14 de setembro de 1904
Catedral Catedral Basílica de São Ciríaco
Governo da arquidiocese
Arcebispo Angelo Spina
Arcebispo emérito Edoardo Menichelli
Jurisdição Arquidiocese Metropolitana
Outras informações
Página oficial http://www.diocesi.ancona.it/
dados em catholic-hierarchy.org

A Arquidiocese de Ancona-Osimo (Archidiœcesis Anconitana-Auximana) é uma arquidiocese da Igreja Católica situada em Itália. É fruto da elevação da diocese de Ancona, criada em século III e da junção com a Sé de Osimo, criada no século VII. Seu atual arcebispo é Angelo Spina. Sua é a Catedral Basílica de São Ciríaco.

Possui 72 paróquias servidas por 128 padres, contando com 87,8% da população jurisdicionada batizada.

História[editar | editar código-fonte]

As primeiras notícias sobre a vida cristã de Ancona referem à memória de Santo Estêvão dos quais Santo Agostinho fala em um de seus escritos, e pelo Papa Gregório I, há a notícia de que a primeira catedral de Ancona foi dedicada a este santo.

Uma antiga tradição diz que os restos mortais de São Ciríaco foi transferido de Jerusalém, onde o santo foi martirizado e enterrado durante o século IV na Catedral de Santo Estêvão e de lá transferido para a atual catedral no século X. As escavações na catedral em 1979 por ordem do Bispo Carlo Maccari deu crédito a esta tradição.

Em 1419 o Papa Martinho V decidiu juntar a diocese de Ancona com Numana (também chamada Umana). A união foi sancionada pela bula Ex supernae majestatis de 19 de outubro de 1422 e a diocese tomou o nome da diocese de Ancona e Numana (Anconitana et Numanensis). Excepcionalmente a união das duas dioceses não era principaliter aeque e Numana não reteve qualquer prerrogativa episcopal, de fato sua catedral foi reduzida a paróquia simples. Nos séculos seguintes, os bispos de Ancona também deixaram de fora o título dos bispos do Numana, até 22 de abril de 1770, quando o Papa Bento XIV ordenou-lhes com uma bula a adotar o título.

Em 14 de setembro de 1904, a diocese foi elevada à categoria de arquidiocese honorária imediatamente sujeita à Santa Sé com o decreto da Congregação Consistorial Honoribus et privilegiis. Em 15 de agosto de 1972 foi elevada para arquidiocese metropolitana pelo Papa Paulo VI na bula Qui apostolico; foram designadas como as dioceses sufragâneas Osimo e Jesi.

Em 30 de setembro de 1986, com o decreto Instantibus votis da Congregação para os Bispos, foi estabelecida a união plena das dioceses de Ancona e Osimo e a nova circunscrição eclesiástica assumiu seu nome atual, mantendo a dignidade metropolítica. Em 11 de março de 2000, a província eclesiástica de Ancona-Osimo foi ampliada com a adição das sufragâneas de Loreto, Senigallia e Fabriano-Matelica.

Prelados[editar | editar código-fonte]

Sé de Ancona[editar | editar código-fonte]

  • São Primiano † (século III)
  • São Ciriaco † (? - 363)
  • Marco † (mencionado em 462 ou 465)[1]
  • Anônimo † (mencionado em 496)[2]
  • São Trasone I † (mencionado em 500)[3]
  • São Marcellino I † (século VI)
  • Tommaso † (século VI)
  • Sereno † (antes de 598 - 603)
  • Fiorentino † (603 - ?)[4]
  • Giovanni I † (629 ou 633 - ?)
  • Mauroso † (mencionado em 649)
  • Giovanni II † (mencionado em 679)
  • Senatore † (mencionado em 743)
  • Natale † (século VIII ?)[5]
  • Tigrino † (mencionado em 826)
  • Leopardo † (mencionado em 861)
  • Paolo † (mencionado em 878)
  • Bolongerio ou Benolergio † (mencionado em 887)
  • Erfermario † (mencionado em 967)
  • Trasone II † (mencionado em 996)
  • Stefano † (mencionado em 1030)
  • Grimaldo ou Grimoaldo † (mencionado em 1051)
  • Gerardo I † (mencionado em 1069)
  • Transberto † (mencionado em 1090)
  • Marcellino II † (mencionado em 1101)
  • Anônimo † (mencionado em 1118)
  • Bernardo † (mencionado em 1127)
  • Anônimo † (mencionado em 1146)
  • Lamberto † (mencionado em 1150 ou 1158)
  • Tommaso ? † (mencionado em 1172)
  • Gentile † (mencionado em 1179)
  • Rodolfo, O.S.B. Cam. † (1180 - depois de 1185)
  • Berolado † (antes de 1186 - depois de 1192)
  • Gerardo II, O.S.B. Cam. † (antes de 1204 - depois de 1228)
  • Persevallo † (antes de 1239 - cerca de 1242)
  • Giovanni Boni † (1244 - ?)
  • Pietro di Romanuccio Capocci † (1284 - 1286)
  • Berardo dal Poggio † (1286 - 1296)
  • Nicolò degli Ungari, O.F.M. † (1299 - 1326)
  • Tommaso dal Muro † (1326 - ?)
  • Francesco ? † (mencionado em 1330)[6]
  • Nicolò Frangipane † (1342 - ?)
  • Agostino dal Poggio † (1344 - ?)
  • Ugone, O.S.B. † (1348 - 1348) (bispo eleito)
  • Lanfranco de Saliverti, O.F.M. † (1348 - 1349)
  • Giovanni Tedeschi, O.E.S.A. † (1349 - 1380)
  • Bartolomeo Uliari, O.S.B. † (1381 - 1385)
  • Guglielmo Dallavigna, O.S.B. † (1386 - 1405)
  • Carlo degli Atti, O.S.B. † (1405 - 1405 ou 1406)
  • Lorenzo Ricci † (1406 - 1410)
  • Simone Vigilanti, O.E.S.A. † (1410 - 1419)[7]
    • Pietro Ferretti[8] † (1412 - 1419 ou 1420) (antibispo)
  • Astorgio Agnesi † (1419 - 1422)

Sé de Ancona e Numana[editar | editar código-fonte]

Sé de Osimo[editar | editar código-fonte]

  • São Leopardo †
    • Sede vacante (599)
  • Fortunato † (mencionado em 649)
  • Giovanni † (mencionado em 680)
  • São Vitaliano † (mencionado em 745)
  • Germano † (mencionado em 826)
  • Leone † (mencionado em um ano entre 835 e 847)
  • Andrea † (mencionado em 853)
  • Pietro † (mencionado em 887)
  • Attingo ou Astingo † (mencionado em 967)
  • Cloroardo † (mencionado em 996)
  • Ghislerio † (antes de 1022 - depois de 1037)
  • Azzo ou Atto † (mencionado em 1062)
  • Lotario † (antes de 1066 - depois de 1096)
  • Guarnerio † (primeira metade do século XII)
  • Grimoaldo † (antes de 1151 - depois de 1157)
  • Gentile † (antes de 1177 - depois de 1205)
  • Anônimo † (mencionado em 1208)
  • Anônimo † (mencionado em 1211)
  • Sinibaldo I † (antes de 1218 - cerca de 1239)
  • Rinaldo † (1240)
    • Sé suprimida (1240-1264)
  • São Benvenuto Scotivoli † (1264 - 1282)
  • Berardo Berardi † (1283 - 1288)
  • Monaldo † (1289 - 1292)
  • Beato Giovanni d'Uguccione † (1295 - 1319)
  • Berardo II † (1320)
    • Sé suprimida
  • Sinibaldo II, O.F.M. † (1326 - 1341 ou 1342)
    • Corrado teutonico † (mencionado em 1328) (antibispo)
  • Alberto Boson, O.P. † (1342 - 1347)
  • Luca Mannelli, O.P. † (1347 - 1358)
  • Pietro Massei, O.P. † (1358 - 1381)
  • Pietro III † (1381 - 1400)
    • Jean Rousseau † (1382 - ?) (antibispo)
  • Giovanni Grimaldeschi † (1400 - 1419)
  • Pietro Ercolani, O.F.M. † (1419 - 1422)
  • Nicolò Bianchi, O.S.B. † (1422 - 1434)
  • Andrea da Montecchio † (1434 - 1454)
  • Giovanni de' Prefetti † (1454 - 1460)
  • Gaspare Zacchi † (1460 - 1474)
  • Luca Carducci, O.S.B. Cam. † (1474 - 1484)
  • Paride Ghirardelli † (1484 - 1498)
  • Antonio Sinibaldi † (1498 - 1515)
  • Giambattista Sinibaldi † (1515 - 1547)
  • Cipriano Senili † (1547 - 1551)
  • Bernardino de Cupis † (1551 - 1574)
  • Cornelio Firmano † (1574 - 1588)
  • Teodosio Fiorenzi † (1588 - 1591)
  • Antonio Maria Galli † (1591 - 1620)
  • Agostino Galamini, O.P. † (1620 - 1639)
  • Girolamo Verospi † (1642 - 1652)
  • Lodovico Betti † (1652 - 1655)
  • Antonio Bichi † (1656 - 1691)
  • Opizio Pallavicini † (1691 - 1700)
    • Sede vacante (1700-1709)
  • Michelangelo dei Conti † (1709 - 1712)
  • Orazio Filippo Spada † (1714 - 1724)
  • Agostino Pipia, O.P. † (1724 - 1725)

Sé de Osimo e Cingoli[editar | editar código-fonte]

Sé de Ancona-Osimo[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Segundo Lanzoni (op. cit., p. 385), que incorpora a segunda edição do 'Italia Sacra de Ferdinando Ughelli, este Marco não aparece, como seria esperado, em nenhum sínodo romano de 462 ou 465.
  2. Um "pontifex anconitanus" aparece numa carta do Papa Gelásio I de 496; cfr. Lanzoni, op. cit., p. 385.
  3. Para Lanzoni, Trasone I deve ser identificado com Trasone II século X, a quem devemos a descoberta das relíquias de São Libério.
  4. Presumido sucessor de Sereno, não admitido por Lanzoni, porquanto nas cartas do Papa Gregório I não falam explicitamente dele como bispo sucessor de Sereno.
  5. O nome de «Natalis peccator ep[episcopu]s Anc[onae]» aparece em um sarcófago conservado na catedral de Rimini, datável do início do século X. Cfr. Lanzoni, op. cit., pp. 453-454.
  6. Ausente em Eubel, para ele após a morte de Tommaso sucede Nicolò, é mencionado, com um ponto de interrogação, em Gams.
  7. Rafael Lazcano, Episcopologio agustiniano. Agustiniana. Guadarrama (Madrid) 2014, vol. I, p. 478.
  8. Ferretti secondo Gams, Liberotti secondo Eubel.
  9. Bispo de Segna, não concorda com a transferência para Ancona.
  10. Segundo Eubel, este bispo, mencionado por Gams, está ausente nas atas da Santa Sé.
  11. De 21 de novembro de 1800 a 4 de junho de 1808 é assinalado como administrador apostólico Francesco Saverio Passari, arcebispo-titular de Larissa.
  12. Desde 5 de julho de 1975 Carlo Maccari era arcebispo de Ancona, estando sem usar o antigo título de Numana.
  13. Desde 11 de fevereiro de 1976 Carlo Maccari era bispo apenas de Osimo, sendo Cingoli unida in persona episcopi com Macerata e Tolentino.

Fontes[editar | editar código-fonte]

Pela sé de Ancona[editar | editar código-fonte]

Pela sé de Osimo[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]