Arsacavano

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Armênia em 150. Airarate situa-se mais ao centro

Arsacavano (Aršakawan/Aršakavan) foi uma cidade da Armênia fundada e batizada em honra do rei Ársaces II (r. 350–368) no cantão de Cogovita, na província de Airarate.[1] Segundo Moisés de Corene, para povoar a cidade, Ársaces disse que todos os que tivessem cometido delitos e quisessem se isentar de uma investigação deveriam usar a cidade como refúgio. Sua medida, tratada como insensata por Moisés, surtiu efeito, mas desagradou os príncipes armênios.[2]

Os príncipes armênios se reuniram e atacaram a cidade, matando homens e mulheres, exceto infantes lactantes. O católico Narses I, o Grande (r. 353–373) foi rapidamente informado da situação, mas não chegou a tempo de impedir o massacre. Ao chegar, libertou as crianças poupadas, que estavam presas como cativas, ordenou que fossem colocadas em cestas e levadas a um estábulo e providenciou cuidados e freiras para elas.[3]

Ársaces, que havia se refugiado no Reino da Ibéria à época devido a uma invasão do Sapor II (r. 309–379), retornou com tropas iberas e marchou contra os príncipes que estiveram envolvidos na destruição de Arsacavano. O conflito se interrompe quando Ársaces foi pressionado por tropas do imperador Valente (r. 364–375) e do xá Sapor.[4]

Referências

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Hewsen, Robert H. (1992). The Geography of Ananias of Širak. The Long and Short Recensions. Introduction, Translation and Commentary. Wiesbaden: Dr. Ludwig Reichert Verlag 
  • Moisés de Corene (1978). Thomson, Robert W., ed. History of the Armenians. Cambrígia, Massachusetts; Londres: Harvard University Press