Artavasdes II Mamicônio

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Artavasdes II Mamicônio
Morte 350
Etnia Armênio
Progenitores Pai: Vache I
Ocupação General
Religião Catolicismo

Artavasdes II Mamicônio (em armênio/arménio: Արտավազդ Բ Մամիկոնյան; romaniz.:Artavazd II Mamikonian) foi um asparapetes (comandante-em-chefe) do Reino da Armênia e um dos membros conhecidos mais antigos da família Mamicônio. Viveu no século IV e esteve ativo no reinado do rei Tigranes VII (r. 339–350).

Etimologia[editar | editar código-fonte]

O antropônimo Artavasdes é uma latinização do armênio Artavazd. Deriva do avéstico Ašavazdah-, que significa "aquele que promove a justiça".[1] O nome ainda foi registrado como Artabazes (Αρτάβαζης), Artauasdes (Αρταουάσδης), Artabazos (Αρτάβαζος) e Artabasdos (Ἀρτάβασδος) em grego, Artabazo (Artabazus) em latim e Artabatus (ارتاباتوس) em árabe.[2]

Vida[editar | editar código-fonte]

Artavasdes era filho de Vache I e neto de Artavasdes I. Esteve ativo entre cerca de 339 e 350, quando falece, e ocupou a posição de asparapetes no Reino da Armênia. Cyril Toumanoff pensa que era pai de Vardanes I, Bassaces I e Baanes, o Apóstata, mas Christian Settipani pensa que eram filhos de Artavasdes, tio de Artavasdes II. Settipani ainda acha que era pai de Vache II, enquanto Toumanoff pensa ser que era pai de Amazaspes, suposto pai de Vache.[3][4]

Artavasdes ajudou a resgatar Tatzates Restúnio e Savaspes Arzerúnio, os varões das famílias Restúnio e Arzerúnio, a quem o rei Tigranes VII (r. 339–350) queria matar. Fausto, o Bizantino afirma que Artavasdes e Bassaces agarraram os jovens, cada um deles tomando um debaixo do braço, e saíram correndo com suas armas, prontos para lutar e morrer por aquelas crianças. Os Mamicônios à época cuidavam de Ársaces, filho do rei, mas por estarem irados com os eventos de seu tempo, abandonam o herdeiro. Foram para suas terras, para as fortalezas de Taique, permanecendo lá muitos anos com suas famílias, deixando sua outra casa. Criaram essas crianças, casaram-nas com suas filhas e salvaram as famílias deles. Também não participaram dos conselhos armênios por muitos anos.[5]

Referências

  1. Fausto, o Bizantino 1989, p. 358.
  2. Justi 1895, p. 37-38.
  3. Toumanoff 1990, p. 329-330.
  4. Settipani 2006, p. 131-132.
  5. Fausto, o Bizantino 1989, p. 92-93; 358.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Fausto, o Bizantino (1989). Garsoïan, Nina, ed. The Epic Histories Attributed to Pʻawstos Buzand: (Buzandaran Patmutʻiwnkʻ). Cambrígia, Massachusetts: Departamento de Línguas e Civilizações Próximo Orientais, Universidade de Harvard 
  • Justi, Ferdinand (1895). Iranisches Namenbuch. Marburgo: N. G. Elwertsche Verlagsbuchhandlung 
  • Settipani, Christian (2006). Continuité des élites à Byzance durant les siècles obscurs les princes caucasiens et lempire du VIe au IXe siècle. Paris: de Boccard. ISBN 978-2-7018-0226-8 
  • Toumanoff, Cyril (1990). Les dynasties de la Caucasie chrétienne de l'Antiquité jusqu'au xixe siècle : Tables généalogiques et chronologiques. Roma: Edizioni Aquila