Ascenso Simões

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Ascenso Simões
Deputado à Assembleia da República
Dados pessoais
Nome completo Ascenso Luís Seixas Simões
Nascimento 3 de maio de 1963 (61 anos)
Nacionalidade Portugal portuguesa
Partido Partido Socialista
Ocupação Político

Ascenso Luís Seixas Simões (3 de maio de 1963) é um antigo governante, parlamentar, autarca e político português. Tem uma filha e vive entre o Douro e Lisboa.

Nascido em Vila Real, um distrito do interior norte de Portugal, foi, desde os 18 anos, membro da Assembleia Municipal e Vereador. Foi também candidato a Presidente de Câmara em 1993 e 1997.

Doutor em História Marítima, mestre em Gestão, master em Segurança Internacional e Globalização, licenciado em Ciências Empresariais e Bacharel em Administração Autárquica, foi formador e professor do ensino superior.

Fez especializações em Alta Direção de Empresas, Negócios Internacionais, Gestão de Recursos e de Processos, Auditoria Pública, Inteligência Artificial e Informação Classificada.

Na sua carreira profissional está ligado às industrias de rede, em especial de água e gás natural, tendo sido administrador da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos. Nessa qualidade integrou instituições internacionais e foi conferencista. Foi ainda membro da Comissão Regional de Turismo da Serra do Marão na última década do século XX.

Desempenhou as funções de deputado à Assembleia da República nas IX, X, XIII XIV legislaturas pelo Partido Socialista, tendo sido sempre cabeça de lista pelo círculo de Vila Real. Integrou as comissões de Poder Local, Economia, Agricultura, Negócios Estrangeiros e Defesa. Nesta última comissão foi coordenador dos deputados do seu partido.

Provocador e livre, foi apelidado de ultramontano quando se mostrou contra a eutanásia e a liberalização do aborto, ao mesmo tempo que era considerado membro do movimento wooke enquanto militava pelo casamento e pela adopção gay e ainda pelas técnicas avançadas de procriação.

Votou muitas vezes contra o seu partido, tendo-lhe valido até a ameaça de um processo por parte do líder parlamentar do PS.[1][1]

De 2005 a 2009, foi Secretário de Estado da Administração Interna, Secretário de Estado da Proteção Civil e Secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e Florestas. Durante o seu tempo de governante, Portugal teve o melhor resultado na redução do número de vítimas nas estradas e foi feita a mais profunda reforma da Proteção Civil de sempre, mudanças estruturais que se mantêm passadas quase duas décadas

Entre 2015 e 2020 foi membro do Conselho Superior de Informações e da União para o Mediterrâneo, onde foi vice-presidente e presidente da Comissão de Água e Energia.

Pelo seu percurso é muitas vezes ouvido, enquanto perito, por instituições externas nas áreas das emergências, segurança e defesa.

Foi Coordenador Concelhio, Presidente Distrital e membro do Secretariado Nacional da Juventude Socialista de 1978 a 1993 e Presidente de Concelhia, Presidente de Distrital e membro do Secretariado Nacional do Partido Socialista de 1991 a 2010. É atualmente membro da Comissão Política Nacional.

Entre os anos de 1980 e 1990 foi sucessivamente presidente da Associação de Estudantes da Escola Secundária de São Pedro em Vila Real, membro do Conselho Diretivo em representação dos alunos e Presidente da Associação de Estudantes do Instituto Superior Politécnico Portucalense.

É autor dos seguintes livros e trabalhos: Serviços da Administração Central e Local nas Redes de Informação (1998), Modelos e Experiências de Participação no Desenvolvimento (1999), Avaliação do Desempenho na Administração Pública (2000), Regulação e Supervisão em Portugal (2018), Renovação Tranquila (2000), Promessas Eleitorais versos Pensamento Estratégico em coautoria (2001), O bom combate (2014), Novas política para uma Nova Segurança (2008), Floresta - espaço de futuro (2009), Opções Inadiáveis para uma Política Progressista (2017), Territórios - Olhares em Tempo de Crise (2012), Uma visão holística na Segurança: Defesa da Floresta (2015), Tempo de Vésperas - Poesia (2013), Breviário das Religiões do Mundo (2019) e A Aventura Quinhentista Portuguesa: Verdades e Mitos na História Marítima (2022)[2].

Para além de vários louvores, é Medalha de Ouro do Município de Santa Marta de Penaguião, Medalha de Ouro do Município de Vila Real, Medalha de Mérito, grau ouro, do município de Montalegre, Crachá de Ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses e Diploma de Honra da Associação de Bombeiros Profissionais, entre outras menções nacionais e estrangeiras.

Ao longo da sua carreira esteve envolto em diversas polémicas, entre as quais as que se referiam à inexistência das "aparições de Fátima"[3] ao comportamento de um antigo Chefe de Gabinete do Primeiro Ministro, à forma de agir do Futebol Clube do Porto e quando defendeu a "demolição" do Padrão dos Descobrimentos,[4] e quando escreveu que "deveria ter havido mais sangue" na revolução de 25 de Abril, considerações a partir da investigação para o seu doutoramento. O uso que fez, durante anos, das redes sociais, em especial do Twitter[2], foi muitas vezes motivo de referência pela comunicação social.

Em julho de 2022, Ascenso Simões foi condenado a oito meses de prisão, pena suspensa, e a uma multa de 900 euros, por ter insultado um agente da PSP, em setembro de 2020, e depois de ter sido alvo de provocações do polícia em pleno espaço do parlamento. A suspensão da pena estava condicionada ao pagamento de 300 euros por mês até atingir os 1500 euros de uma indemnização a que também foi condenado[3]. Em 2023 o Tribunal da Relação anulou o julgamento e mandou-o regressar à primeira instância. [5]

É também conhecida a sua militância contra a "judicialização" da política e o braço de ferro que mantém com o Tribunal de Contas, entidade que considera antidemocrática na sua estrutura e no julgamento dos processos.

É colunista do Expresso e comentador habitual da SIC.[6] [4]

Retirou-se do parlamento em março de 2022 e regressou à sua atividade profissional.[7] Sempre disse que não queria morrer político. [8]

Referências

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