Assunção da Virgem Maria na arte

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Assunção da Virgem Maria, Rubens, 1626

A Assunção da Virgem Maria não aparece no Novo Testamento, mas aparece na literatura apócrifa dos séculos 3 e 4[1], e em 1000 era amplamente acreditada na Igreja Ocidental, embora não tenha se tornado dogma católico formal até 1950[2][3]. Tornou-se um assunto popular na arte cristã ocidental no século XII, juntamente com outras cenas narrativas da Vida da Virgem e da Coroação da Virgem[4].

Contexto Histórico[editar | editar código-fonte]

A Assunção da Virgem Maria tornou-se um assunto popular na arte cristã ocidental no século XII, juntamente com outras cenas narrativas da Vida da Virgem e da Coroação da Virgem. Os temas relativos a Nossa Senhora na arte foram especialmente promovidos pela Ordem de Cister[5] e São Bernardo de Claraval[6], que compôs uma das mais difundidas orações à Virgem Maria: "Lembrai-Vos, ó piíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que têm recorrido à vossa proteção, implorado a vossa assistência, e reclamado o vosso socorro, fosse por Vós desamparado. Animado, pois, com igual confiança, a Vós, Virgem entre todas singular, como a Mãe recorro, de Vós me valho, e, gemendo sob os pesos dos meus pecados, me prostro a Vossos pés. Não rejeiteis as minhas súplicas. Ó Mãe do Filho de Deus humanado, dignai-Vos de as ouvir propícia e de me alcançar o que Vos peço. Amém"[7].

A solenidade é celebrada no dia 15 de agosto Igreja Católica. Somente em 1950 a assunção corporal de Maria ao céu foi estabecida como dogma no Pontificado do Papa Pio XII pela Constituição Apostólica Munificentissimus Deus[8].

Relatos literários com mais detalhes, como a presença dos apóstolos, apareceram em obras medievais tardias, como a Lenda Dourada, e foram registrados e implementados por artistas[9]. Após a Reforma Protestante, o motivo da Virgem da Assunção foi usado para fortalecer as posições católicas que foram rejeitadas pelos protestantes[8].

Ver também[editar | editar código-fonte]

Leitura Adicional[editar | editar código-fonte]

  • Jenner, Henry, Mrs. Our Lady In Art.. Chicago: Chicago, A.C. McClurg & Co., 1910. Acessível em Internet Arquive (Domínio Público).

Referências

  1. A outra Maria segundo os evangelhos apócrifos
  2. The Iconography of the Virgin Mary.
  3. Baumstark, Reinhold, Liechtenstein: The Princely Collections, 1985 S. 356; Hall, James (1996), Hall’s Dictionary of Subjects and Symbols in Art, 1996 S. 34
  4. Assunção de Virgem Maria na arte - Vatican Neus.
  5. Os Cirtercenses.
  6. Hall, James (1983), A History of Ideas and Images in Italian Art, 1983, S. 180–181
  7. Oração de São Bernardo de Claraval.
  8. a b Baumstark, Reinhold, Liechtenstein: The Princely Collections, 1985 S. 356
  9. Hall, James (1996), Hall’s Dictionary of Subjects and Symbols in Art, 1996, S. 34