Assuramaya

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Assuramaya
Nome completo João Batista
Nascimento 21 de junho de 1929
Apodi, RN[1]
Morte 18 de setembro de 2007 (78 anos)[1][2]
Residência Rio de Janeiro [1]
Nacionalidade brasileiro
Ocupação astrólogo e artista plástico.

Assuramaya, pseudônimo de João Batista (Apodi, 21 de junho de 192918 de setembro de 2007), foi um astrólogo e artista plástico brasileiro, introdutor da astrologia científica no Brasil[3] , foi um importante divulgador da astrologia no Brasil durante a segunda metade do século XX, bastante popular nas décadas de 1960 e 1970, depois tornou-se mais recluso e discreto, tendo formado um público mais seleto.[4]

Biografia[editar | editar código-fonte]

No início da década de 1950 Assuramaya, ainda usando seu nome de nascimento João Batista, dedica-se a sua profissão de laboratorista do Ministério da Saúde do Brasil, quando começou a interessar-se, de forma autodidata, pela relação entre ciclos cósmicos e biológicos.[1][5]

Em Sepetiba, então bairro rural da cidade do Rio de Janeiro, cria a Granja Experimental de Astrologia, onde monta as bases iniciais de suas atividades astrológicas.[1]

Começa a trabalhar nos Diários Associados em 1957, publicando horóscopos por ele produzidos nos jornais deste grupo empresarial de imprensa, assinando-os com o pseudônimo "Assuramaya". Posteriormente, com a crise financeira nos Diários Associados, Assuramaya passaria a publicar suas previsões astrológicas no jornal carioca O Dia, onde também mantêm a coluna "Assim Fala Assuramaya".[1][6] A partir de 1973 também passou a escrever para A Cigarra, revista de variedades publicada em São Paulo.[7]

Na década de 1960 apresenta o programa Show de Astrologia" na Rádio Nacional para popularizar seus estudos.[5][8][9]

Na década de 1970 realiza diversas participações em programas televisivos e radiofónicos; além de grandes revistas de circulação nacional.[1] Em 1971 Assuramaya destaca-se ao articular a realização do primeiro Congresso de Astrologia realizado no Brasil.[1] Em 1979, na Universidade Estácio de Sá ministra o curso de Astrologia.[10]

Em Copacabana, fundou o Templo da Sublime Ordem Mística de Aquário.[11] Cria em 1982 a sua própria escola de astrologia, o Centro de Pesquisas Astrológicas, também em Copacabana.[1]

Ainda na década de 1980 passou a residir nos arredores de Lumiar, na Região Serrana Fluminense, onde criou um retiro espiritual e esotérico e costumava receber seus seguidores; num sitio localizado em local de mais de 1300 metros de altitude. Na década de 1990 torna-se mais discreto, mas ainda continua fazendo eventualmente suas consultas e cursos astrológicos principalmente no Rio de Janeiro e São Paulo.[1][5]

Em 2000, Assuramaya ajudou a criar o portal místico "Bemzen", cujo objetivo era criar uma comunidade zen na internet, oferecendo serviços esotéricos gratuitos. [3]

Apesar de sua discrição em revelar seus prosélitos, entre os que já foram seguidores de Assuramaya destacam-se figuras empresariais e famosas tais como a cantora Baby do Brasil[12], a atriz Mila Moreira e aescritora Maria Adelaide Amaral.[5] Em 2000, inspirado em Assuramaya, Maria Adelaide escreveu o romance literário "O Bruxo".[5]

Escreveu diversos livros sobre astrologia, esoterismo e ciências ocultas, tais como "O Poder da Astrologia", "Astrologia para astrólogos e amantes da astrologia: enfoque místico e científico para o terceiro milênio", "O Poder Da Astrologia", "A Genese Do Homem-Deus", "Almanaque Brasileiro De Astrologia", "O poder da astrologia: o signo ascendente e a vibração do nome"[13], "O Poder dos Sonhos, Interpretação Astrológica"[14],"O Poder de seu Signo", "O Sermão do Mestre na Mansão da Alma", "Manual de Astrologia: Astrologia Científica e Prática".[15][1][4] Também foi artista plástico, tendo um atelier na Rua Mariz e Barros, no bairro da Tijuca, onde expunha suas obras místicas na década de 1980.[16]

Referências

  1. a b c d e f g h i j k Fernando Fernandes (5 de novembro de 2007). «Assim falava Assuramaya» 113 ed. Revista Constelar. Consultado em 6 de fevereiro de 2024 
  2. «Comunicado» 1740 ed. São Paulo: Jornal da Orla, disponível na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional, disponível na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional. 23 de setembro de 2007. p. 20. Consultado em 6 de fevereiro de 2024 
  3. a b «Portal místico quer criar comunidade zen na Internet». jornal Folha de São Paulo. 2 de outubro de 2000. Consultado em 6 de fevereiro de 2024 
  4. a b «A hora de Astrologia Brasileira». site Pátio. Consultado em 6 de fevereiro de 2024 
  5. a b c d e LUIZA VILLAMÉA (1 de agosto de 2001). «O astro da hora. Há quase meio século em atividade, o astrólogo Assuramaya faz sucesso em grupos seletos». revista Isto É. Consultado em 6 de fevereiro de 2024 
  6. «Assuramaya: em fevereiro, apatia econômica» 1288 ed. Rio de Janeiro: Manchete (revista), disponível na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional, disponível na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional. 1976. p. 22. Consultado em 6 de fevereiro de 2024 
  7. Assuramaya (1973). «Assim Fala Assuramaya» 9 ed. São Paulo: A Cigarra, disponível na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional, disponível na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional. p. 70. Consultado em 6 de fevereiro de 2024 
  8. Dirce Alves (20 de novembro de 2020). «Astrologia no Brasil». Bom Dia Astral. Consultado em 6 de fevereiro de 2024 
  9. «Ligação Total» 1028 ed. Rio de Janeiro: Manchete (revista), disponível na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional, disponível na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional. 1972. p. 115. Consultado em 6 de fevereiro de 2024 
  10. «Estácio ensina Astrologia» 163 ed. Rio de Janeiro: Jornal do Brasil, disponível na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional. 18 de setembro de 1979. p. 17. Consultado em 6 de fevereiro de 2024 
  11. «Os mais famosos astrólogos nacionais fazem suas previsões para o proximo ano: Brasil 74» 1031 ed. Rio de Janeiro: Manchete (revista), disponível na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional, disponível na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional. 1973. p. 32. Consultado em 6 de fevereiro de 2024 
  12. Ronaldo Bôscoli (1985). «Baby e Pepeu: O casal 20 do Rock brasileiro» 1031 ed. Rio de Janeiro: Manchete (revista), disponível na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional, disponível na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional. p. 107. Consultado em 6 de fevereiro de 2024 
  13. «Ciências Ocultas» 2 ed. Rio de Janeiro: Boletim Bibliográfico da Biblioteca Nacional, disponível na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional, disponível na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional. 1976. p. 240. Consultado em 6 de fevereiro de 2024 
  14. «Psicologia» 2 ed. Rio de Janeiro: Boletim Bibliográfico da Biblioteca Nacional, disponível na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional, disponível na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional. 1977. p. 257. Consultado em 6 de fevereiro de 2024 
  15. «Ciências Ocultas» 2 ed. Rio de Janeiro: Boletim Bibliográfico da Biblioteca Nacional, disponível na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional, disponível na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional. 1979. p. 314. Consultado em 6 de fevereiro de 2024 
  16. «Artes Plásticas» 77 ed. Rio de Janeiro: Jornal do Brasil, disponível na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional. 24 de junho de 1982. p. 4 - Caderno B. Consultado em 6 de fevereiro de 2024 
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