Astronium graveolens

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Como ler uma infocaixa de taxonomiaAstronium graveolens

Classificação científica
Reino: Plantae
Sub-reino: Tracheobionta
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Subclasse: Rosidae
Ordem: Sapindales
Família: Anacardiaceae
Género: Astronium
Espécie: A. graveolens
Nome binomial
Astronium graveolens
Jacq.

O guaritá (nome científico: Astronium graveolens) é uma espécie arbórea da família das anacardiáceas. Outros nomes populares são: gibatão, aderno, pau-ferro, aroeirão e gonçalo-alves.

É considerada árvore símbolo de Pirapó conforme lei nº 883, de 8 de junho de 2004.[1]

Características[editar | editar código-fonte]

  • Forma de vida: árvore.
  • Solo: terrícola[2], ocorre em agrupamentos descontínuos em terrenos rochosos e secos[3], de textura argilosa a arenosa e também em terra roxa estruturada. É indicador de solos pobres com textura arenosa.[4]
  • Altura: atinge de 15 a 20 metros de altura. Tronco liso com 40 a 60 centímetros de diâmetro. Madeira pesada (0,97g/cm³) e resistente.[3]
  • É tolerante a secas temporárias[5].
  • Ciclo de vida: possui ciclo de vida longo, acima de 50 anos, com tempo de crescimento moderado. Aos dois anos atinge de 2 a 3 metros[3]. Aos 12 anos, pode atingir até 9,46 metros de altura.[5]
  • Informações ecológicas: Decídua, heliófita ou esciófita.
  • Fenologia: floresce entre agosto e setembro, com a planta completamente despida de suas folhas. Os frutos amadurecem entre outubro e novembro.[3]
  • Grupo sucessional: secundária inicial.[6]
  • Síndrome de dispersão: anemocoria.
  • Densidade da copa: média.[4]

Ocorrência[editar | editar código-fonte]

  • Origem: nativa do Brasil.
  • Distribuição geográfica: ocorre em todos os estados brasileiros, exceto Roraima, Amapá, Rio Grande do Norte, Paraíba, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
  • Vegetação: Área Antrópica, Cerrado (lato sensu), Floresta Ciliar ou Galeria, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial).[2]

Cultivo[editar | editar código-fonte]

  • Tipos de plantio: Recomenda-se o plantio por mudas ou semeadura direta, sendo que a taxa de germinação e de sobrevivência é ótima[5].
  • Espaçamento: 2x2m, 3x2m ou 3x3m em plantio misto.[5]
  • Obtenção de sementes: Os frutos devem ser colhidos diretamente da árvore quando iniciarem a queda espontânea, cortando-se toda a inflorescência.[3]
  • Produção de mudas: as sementes não necessitam nenhum tratamento antes da germinação. Devem ser semeadas em substrato organo-argiloso em canteiro semi-sombreado. A emergência ocorre entre 8 e 14 dias com taxa de germinação superior a 80%.

Colheita[editar | editar código-fonte]

A madeira pode ser colhida de 30 a 40 anos depois do plantio. É considerada madeira de lei. O valor da madeira em pé é estimado entre R$136,00 a R$570,00 (média entre os anos 2014/2015).[5]

Usos[editar | editar código-fonte]

A madeira é usada para acabamentos internos e construções externas, dormentes, mourões, postes, esquadrias, etc. Produz lenha de boa qualidade.[5] As flores são melíferas.

Referências

  1. «LEI Nº 883, DE 08 DE JUNHO DE 2004». Pirapó 
  2. a b «Flora do Brasil 2020». Reflora. Consultado em 22 set 2021 
  3. a b c d e Lorenzi, Harri (1992). Árvores Brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil, vol. 1. Nova Odessa, SP: Editora Plantarum. p. 3 
  4. a b «Espécies - Portal Embrapa». www.embrapa.br. Consultado em 23 de setembro de 2021 
  5. a b c d e f FILHO; SARTORELLI, Eduardo Malta Campos; Paolo Alessandro Rodrigues (2015). Guia de árvores com valor econômico. São Paulo: Agroicone. p. 104 
  6. DIAS NETO, Olavo Custódio (2009). «Estrutura fitossociológica e grupos ecológicos em fragmento defloresta estacional semidecidual, Uberaba, Minas Gerais, Brasil». Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Rodriguésia, v. 60, n. 4: 1087 - 1100. doi:10.1590/2175-7860200960418 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]