Ataque ao Parlamento da República da Macedônia em 2017

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O ataque ao Parlamento da República da Macedônia (também conhecido como Quinta-feira Sangrenta) aconteceu em 27 de abril de 2017, quando cerca de 200 nacionalistas macedônios invadiram o Parlamento da Macedônia em reação à eleição de Talat Xhaferi, um albanês, como presidente da Assembleia Legislativa da República da Macedônia.[1] A violência foi condenada pela União Europeia e pela OTAN, que também saudou a eleição de Xhaferi como novo presidente do Parlamento.[2]

Antecedentes[editar | editar código-fonte]

A Macedônia vinha enfrentando tumultos políticos nos anos anteriores, acumulando protestos anti-governo em massa em 2015 e em 2016. Esses protestos são resultado das acusações de corrupção, que são a principal causa da crise política na Macedônia, contra o líder do VMRO Nikola Gruevski e outros membros do partido.[3] Eles ainda foram acusados de impedir que um novo governo se formasse, após as eleições parlamentares de 2016, a fim de evitar a perda de poder e enfrentar os processos por corrupção.[3] Houve protestos diários em todo o país pelos simpatizantes do partido VMRO-DPMNE.[4]

O conflito também possui conotações étnicas, já que a razão pela qual nenhum governo de coalizão foi formado deveu-se à exigência de que a língua albanesa fosse a segunda língua oficial no governo da Macedônia, e devido as tentativas do líder da oposição Zoran Zaev de formar um governo de coalizão com os partidos de etnia albanesa.[1] Na República da Macedônia, vinham ocorrendo diversos casos de violência étnica, particularmente em 2001 e em 2012.

Incidente[editar | editar código-fonte]

Cerca de duzentos manifestantes invadiram o prédio do parlamento depois que Xhaferi foi eleito presidente. Muitos estavam mascarados, atiraram cadeiras e trocaram socos com jornalistas e deputados, ferindo o líder da União Social-Democrata da Macedónia (SDSM) Zoran Zaev.[1] Radmila Sekerinska, vice-líder do SDSM, teve que receber pontos cirúrgicos após ser arrastada pelos cabelos.[3] A polícia teve que lançar granadas de atordoamento para dispersar a multidão.[4]

Referências