Atentado a bomba em Bogotá em 2019

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Atentado a bomba em Bogotá em 2019
Local Bogotá, Colombia
Data 17 de janeiro 2019
Tipo de ataque Ataque suicida
Alvo(s) Polícia Nacional da Colômbia
Arma(s) Carro-bomba
Mortes 21 (incluindo o autor)[1]
Feridos 68
Responsável(is) José Aldemar Rojas Rodríguez

No dia 17 de janeiro de 2019, um carro adentrou a Escola de Cadetes de Polícia General Santander em Bogotá, Colômbia. O carro forçou seu caminho adentro da instalação, bateu contra uma parede e explodiu, matando 21 pessoas, incluindo o autor, e ferindo 68 outras.[2][3] Ataques suicidas são incomuns na Colômbia. O carro continha aproximadamente 80 kg de explosivos.[4] Foi o ataque mais mortal da capital colombiana desde o atentado do centro comercial Andino em 2017.[5]

Contexto[editar | editar código-fonte]

O conflito colombiano começou em 1964, embora a violência sistemática no país possa ser datada desde o final do século XIX (Guerra dos Mil Dias). O Exército de Libertação Nacional (ELN) é um dos atores mais proeminentes do conflito em curso. Por décadas, moradores de Bogotá viviam com medo de serem pegos em um bombardeio por rebeldes esquerdistas ou pelo cartel de drogas de Medellín, de Pablo Escobar. Mas como o conflito na Colômbia acabou, e o maior grupo rebelde do país, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) se desarmaram sob um acordo de paz de 2016 , a segurança melhorou e os ataques se tornaram menos frequentes.[6] Ataques esporádicos afetaram a cidade nos últimos anos. O mais proeminente foi uma explosão no sofisticado shopping center Andino, em junho de 2017, que matou três pessoas, incluindo uma francesa, e feriu outras 11.[7] Posteriormente, a polícia prendeu vários suspeitos de pertencerem a um grupo de guerrilha urbana de extrema esquerda chamado Movimento Popular Revolucionário para o bombardeio.

Autor[editar | editar código-fonte]

O Procurador Geral Néstor Humberto Martínez identificou o autor como José Aldemar Rojas Rodríguez, um homem de 57 anos sem registro criminal prévio, do departamento de Boyacá, no norte do país, e seu veículo como uma Nissan Patrol cinza de 1993.[8][9] Imediatamente depois, as autoridades começaram a investigar as possíveis conexões de Rojas com os movimentos de guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN) ou das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) ou com a gangue do crime organizado do Clã Úsuga.[10]

Referências

  1. Staff; agencies (17 de janeiro de 2019). «Car bomb kills at least 10 at police academy in Bogotá». Consultado em 17 de janeiro de 2019. Cópia arquivada em 17 de janeiro de 2019 – via www.theguardian.com 
  2. «Las pistas sobre el ataque con carro bomba a Escuela de la Policía». El Tiempo. 17 de janeiro de 2019. Consultado em 18 de janeiro de 2019 
  3. Radio, AFP, Caracol (17 de janeiro de 2019). «Esto fue lo que sucedió y cómo entró la camioneta a Escuela de la Policía». Caracol Radio. Consultado em 17 de janeiro de 2019 
  4. «Lo que se sabe del atentado contra la Policía en Bogotá». www.eluniversal.com.co (em espanhol). Consultado em 17 de janeiro de 2019 
  5. «Doloroso balance terrorista en Bogotá». KienyKe. 18 de janeiro de 2019. Consultado em 18 de janeiro de 2019 
  6. «Car bomb kills at least 20 at police academy in Bogotá» (em inglês). ISSN 0261-3077 
  7. «Tres muertas y ocho heridos por atentado en el centro comercial Andino». El Tiempo (em espanhol) 
  8. «Este era José Aldemar Rojas, el autor material del atentado» 
  9. «Bogotá blast: Deadly car bomb rocks Colombia capital» 
  10. «Las hipótesis con las que parte la investigación del atentado»