Atributos de personalidade

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Atributos de personalidade (também chamados de Traços de Personalidade) são o conjunto de pensamentos coordenados e valores que determinam o comportamento do indivíduo perante seu convívio social, ou seja são todas as formas como uma pessoa pode reagir e interagir com as outras.[1] "Refere-se à personalidade como sendo também denominada temperamento e que ainda envolve aspectos como emocionalidade, sociabilidade, reatividade, energia e interação com o meio ambiente". Os atributos de personalidade podem ser estudados de diversas formas que variam desde a psicologia até a gestão de pessoas.☃☃

Conceitos básicos sobre Personalidade[editar | editar código-fonte]

O termo Personalidade é usado para incluir tudo sobre um individuo, ou seja, suas habilidades sociais, igualando os aspectos únicos do comportamento representados pela essência humana.[2]

As teorias da personalidade são teorias gerais do comportamento humano e desenvolvem conceitos apropriados para a descrição e predição de séries limitadas comportamentais, explicando eventos de natureza variados, desde que possuindo importância funcional demonstrada pelo individuo. Esses comportamentos e fatores que formam o indivíduo são conhecidos como atributos de personalidade.[2]

Os atributos de personalidade são dinâmicos, ou seja, tem permanente influência sobre o comportamento do individuo durante toda a sua história em qualquer ambiente de convívio.[3]

Aplicação em Gestão de Pessoas[editar | editar código-fonte]

Através do estudo de gestão de pessoas começou se a relacionar a personalidade com o comportamento das pessoas no ambiente organizacional e através dos atributos de cada personalidade foi possível definir a formação de grupos dentro da empresa, o estilo de liderança adotado, e o relacionamento entre os colaboradores e a organização.[4]

Conforme trabalho desenvolvido por Schneider (1995) os atributos da personalidade podem contribuir para a escolha de organização para se trabalhar, a formação de grupos dentro da organização, ou até mesmo uma decisão de deixar a organização por conflitos de personalidade. O método utilizado para esse estudo é o A-S-A (atração – seleção – atrito).[5]

O Modelo A.S.A (atração - seleção - atrito)[editar | editar código-fonte]

Como base para o modelo ASA, podemos citar o conceito “person-organization fit”(adequação pessoa-organização), que se refere à adequação da pessoa com relação à empresa na qual se ingressa, ou se busca engressar, tendo em vista os valores comuns compartilhados. Existindo a busca pela auto satisfação, por parte do indivíduo. No artigo "THE ASA FRAMEWORK: AN UPDATE" o termo personalidade, equivale apenas às características disponíveis do indivíduo.[5]

Tratando-se de empresas, o modelo ASA é um modelo voltado pra orientação pessoal, que acaba por definir quem fica na organização, moldando assim sua natureza, processos, entre outras características. O modelo propõe que ao longo do tempo uma organização tende a se tornar homogênea, pois as pessoas que não se adaptam (não se enquadram) são “convidadas a se retirarem”, mantendo assim o perfil das pessoas, que ficarem na empresa cada vez mais semelhante. Ainda dentro das empresas, pode se dizer que há uma homogeneização de preferências nas equipes de trabalho ou departamentos.

O processo de atração funciona baseando-se nas preferências da pessoa em relação a organização, levando em conta uma estimativa implícita das características e atributos pessoais que são congruentes com a organização.

Este método analisa os valores da organização versus os valores pessoais do indivíduo e auxilia na definição sobre qual a organização é a melhor para se trabalhar ou qual é o melhor funcionário para uma determinada organização. Ela também reforça que cada organização tem a sua cultura formada por valores distintos dos indivíduos que são selecionados para se obter o máximo de crescimento.

Referências

  1. ROBBINS, STEPHEN (2005). COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL. [S.l.]: PEARSON 
  2. a b HALL, CALVIN S (1998). TEORIAS DA PERSONALIDADE. [S.l.]: ARTMED 
  3. FRIEDMAN, HOWARD S. & SCHUSTACK (2003). TEORIAS DA PERSONALIDADE. [S.l.]: PRENTICE HALL BRASIL 
  4. JR, JOHN R. SCHERMERHORN (1999). FUNDAMENTOS DE COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL. [S.l.]: BOOKMAN 
  5. a b SCHNEIDER, BENJAMIN (2001). «THE ASA FRAMEWORK: AN UPDATE» (PDF). PERSONNEL PSYCHOLOGY. Consultado em 20 de abril de 2016 

Ver também[editar | editar código-fonte]