Augustin Mallemont

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Augustin Mallemont
Nascimento 1839
Morte 1899 (59–60 anos)
Cônjuge Marie Mallemont
Ocupação jardineiro
Empregador(a) Quinta da Boa Vista

Augustin Mallemont (1839-1899) trabalhou como jardineiro-chefe da Imperial Quinta da Boa Vista na década de 1880.[1] A partir de 1893 atuou como jardineiro-chefe dos jardins públicos do Rio de Janeiro na Inspetoria de Matas e Jardins, ao lado de Auguste François Marie Glaziou (1828-1906), como inspetor geral.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Augustin Mallemont, filho de Charles Denis Mallemont, era casado com Marie (1853-1929), irmã de do jardinista francês Paul Villon.[1] Teve três filhos: Hortência, José Carlos (também mencionado George Charles em alguns sites) e Paulo Mallemont. Morreu em 1899, o cortejo fúnebre saiu da Praça da República. Em 18 de maio de 1900, é celebrada a missa de primeiro ano de sua morte na igreja S. Francisco de Paula conforme publicação no Jornal Gazeta de Noticias.[2]

Em 1899, após sua morte, seu cunhado, Paul Villon exonerou-se do cargo de administrador do Parque Municipal de Belo Horizonte para assumir o de jardineiro-chefe da Inspetoria de Matas Marítimas e Terrestres de Caça e Pesca, no Rio de Janeiro.[1] Essa função era exercida por Augustin Mallemont, desde 1893, e Paul Villon a exerceu até o seu falecimento, em 1905.[1]

Questão da autoria[editar | editar código-fonte]

Tal como outros nomes de jardineiros e horticultores como Jean-Baptiste Binot e Garnier, G. Krieger, Augustin Mallemont teve certo reconhecimento na sua época, mas passou para a história sem expressividade, uma vez que o apagamento da memória desses profissionais estrangeiros se fez tão fortemente que seus trabalhos chegaram a ser foram atribuídos, no século XX, a outros imigrantes de maior prestígio.[1]

Nesse contexto de rara consagração e notoriedade mesmo para os paisagistas, pouco se sabe sobre os artífices estrangeiros que elaboraram a ornamentação utilizada nos jardins projetados por Glaziou, Riedel ou Villon, incluindo-se entre eles os rocailleurs que realizavam as grutas e ornamentos de cimento, que eram uma das marcas distintivas desses projetos paisagísticos.[1]

Descobrimos um pouco sobre as atividades de Augustin Mallemont através de jornais da época, onde reportam uma exposição de plantas e flores em Petrópolis, onde ele participou juntamente com Glaziou e expôs suas aráceas reunidas nos arredores do Rio de Janeiro. Este evento foi registrado no jornal Mercantil, abril de 1884.[3] Augustin Mallemont (mencionado Augusto Mallemont no jornal) ganhou a medalha de prata por sua coleção de aráceas.

No artigo da planta "Tillandsia Mallemontii" na wikipedia francesa, menciona que 'Mallemontii' foi uma dedicatória à um Monsieur Mallemont, porém sua identificação não é precisa. Coincidência ou não, esta planta foi catalogada e fazia parte da coleção de Auguste Glaziou em 1883.[4] Futuramente esta planta ingressou no livro Flora Brasiliensis.

Referências

Leituras adicionais[editar | editar código-fonte]

  • MAGALHÃES, Cristiane Maria. Obras rústicas e ornamentos: os artífices e a técnica da rocaille para jardins e parques urbanos no Brasil entre o final do século XIX e o início do XX
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