Azjur, o Turco

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Azjur, o Turco
Morte Após 868
Iraque (?)
Nacionalidade
Califado Abássida
Etnia Turca
Progenitores Pai: Ulugue Tarcã, o Turco
Ocupação General e governador
Religião Islamismo

Azjur, o Turco (em árabe: أزجور التركي‏; romaniz.:Azjur al-Turki) ou Arcuz ibne Ulugue Tarcã, o Turco (em árabe: أرخوز بن أولوغ طرخان التركي‏; romaniz.:Arkhuz ibn Ulug Tarkhan al-Turki) foi um oficial militar turco à serviço do Califado Abássida durante o século IX. Foi brevemente governador do Egito em 868, e foi o último indivíduo a manter o ofício antes dos tulúnidas tomarem o Egito naquele ano.

Vida[editar | editar código-fonte]

Dinar de ouro de Almutaz (r. 866–869)

Segundo o cronista do século XV ibne Tagribirdi, Azjur/Arcuz nasceu em Baguedade e era filho de Ulugue Tarcã, um turco de provável alto estatuto, como evidenciado pelo uso do título tarcano. Azjur posteriormente tornou-se um dos emires seniores do Estado abássida,[1][2] e em 867 foi nomeado como chefe de segurança (xurta) do Egito pelo governador Muzaim ibne Cacane.[3]

Durante o governo de Muzaim, Azjur ajudou a sufocar a revolta de Jabir ibne Alualide, e lutou uma trabalha contra ele na área de Gizé em junho de 867. Ele logo fez-se impopular, contudo, quando introduziu novas práticas rituais no lugar daquelas tradicionalmente utilizadas no Egito. Muzaim posteriormente demitiu-o da xurta em novembro de 867, mas Azjur permaneceu uma figura influente, e após a morte de Muzaim em janeiro de 868, foi novamente nomeado como chefe de segurança do filho e sucessor de Muzaim, Amade ibne Muzaim.[4][5]

Em abril de 868, Azjur tornou-se governador do Egito após a morte de Amade. Durante sua administração ele enviou o rebele Jabir, que havia sido aprisionado em Fostate por Muzaim, ao Iraque, e também derrotou uma rebelião álida que eclodiu no Alto Egito. Ele permaneceu governador até agosto ou setembro de 868, após o que foi substituído por Amade ibne Tulune.[6] Ibne Tagribirdi alega que ele então retornou ao Iraque, onde foi recebido pelo califa Almutaz (r. 866–869) e tornou-se um de seus oficiais (caide);[7] Alquindi, por outro lado, relata que ele deixou o Egito para participar de uma Haje.[8]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Precedido por
Amade ibne Muzaim
Governador abássida do Egito
868
Sucedido por
Amade ibne Tulune

Referências

  1. Gordon 2001, p. 158.
  2. ibne Tagribirdi 1930, p. 341.
  3. Alquindi 1912, p. 208.
  4. Alquindi 1912, p. 209-11.
  5. Kennedy 1998, p. 85.
  6. Alquindi 1912, p. 210, 211-12.
  7. ibne Tagribirdi 1930, p. 342.
  8. Alquindi 1912, p. 212.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Alquindi, Maomé ibne Iúçufe (1912). Guest, Rhuvon, ed. The Governors and Judges of Egypt. Leida e Londres: E. J. Brill 
  • Gordon, Matthew (2001). The breaking of a thousand swords: a history of the Turkish military of Samarra, A.H. 200–275/815–889 C.E. Albany, Nova Iorque: State University of New York Press. ISBN 978-0-7914-4795-6 
  • Kennedy, Hugh (1998). «Egypt as a province in the Islamic caliphate, 641–868». In: Petry, Carl F. Cambridge History of Egypt, Volume One: Islamic Egypt, 640–1517. Cambridge: Cambridge University Press. ISBN 0-521-47137-0