Búfalo-Bumbá
Búfalo-Bumbá | |
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Contexto cultural | Século XXI |
Instrumentos típicos | Violão, cavaquinho, matraca, pandeirão, tambor-onça, zabumba, maracá, instrumentos de sopro |
Popularidade | Popular na Ilha de Marajó, Pará, Brasil |
Formas regionais | |
Ilha de Marajó, Pará, Brasil |
O búfalo-bumbá é uma variante do bumba meu boi tradicional, criado por Mestre Damasceno em Salvaterra, Ilha de Marajó, Pará.[1]
História[editar | editar código-fonte]
A figura do búfalo-bumbá foi delineada por Mestre Damasceno em 1989, com o Boi Bela Prenda, mas a denominação só foi dada em 2012, durante as gravações do documentário Mestre Damasceno – O Resplendor da Resistência Marajoara. A apresentação é uma peça de teatro de rua, com acompanhamento musical, onde o Mestre escreve os enredos e os diálogos, bem como participa da criação dos figurinos.[1][2]
Manifestação popular[editar | editar código-fonte]
Segundo Mestre Damasceno,
O búfalo-bumbá é uma brincadeira de uma raça de boi
justificando sua criação como uma variante do bumba meu boi de outras regiões da Amazônia.[1]
Numa entrevista em 2012, Mestre Damasceno defende a visão de que as manifestações culturais como o boi-bumbá, transcendem a mera imagem do folguedo popular:
Às vezes a gente fala em cultura, quando se fala em cultura a pessoa pensa que a cultura é só colocar o boi-bumbá, é só colocar o pássaro ou cantar o carimbó. Não gente! Isso ai é o afigurado da cultura. Eu gosto de dizer que a cultura em si ela tá em toda parte, tá nos animais, tá nas árvores, eu até cheguei a falar para os professores da UEPA, que nos estudos, eu cheguei a estudar, eu sei que o animal mais útil do mundo é o boi, é o animal que tem a maior cultura nacional.[3]
Ver também[editar | editar código-fonte]
Referências
- ↑ a b c «Do quilombo paraense para a Sapucaí: quem é Mestre Damasceno, o criador do Búfalo-Bumbá». Nonada Jornalismo. Consultado em 31 de maio de 2023
- ↑ «Conheça Mestre Damasceno; o marajoara que virou enredo de Carnaval no RJ». Roma News. Consultado em 31 de maio de 2023
- ↑ Augusto César Miranda Nunes; Agenor Sarraf Pacheco. «ARTE(MANHAS) DA CULTURA AFROINDÍGENA: Trajetórias e Experiências de Mestre Damasceno pelo Marajó dos Campos» (PDF). Boitatá. Consultado em 31 de maio de 2023