Barry Yelverton, 1.º Visconde Avonmore

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Barry Yelverton
Nascimento 28 de maio de 1736
Newmarket
Morte 19 de agosto de 1805 (69 anos)
Terenure
Cidadania Reino da Grã-Bretanha
Progenitores
  • Francis Yelverton
  • Elizabeth Barry
Cônjuge Mary Nugent
Filho(a)(s) William Yelverton, 2.º Visconde Avonmore, Walter Aglionby Yelverton, Barry Yelverton, Anna Maria Yelverton
Alma mater
Ocupação juiz, político, barrister
Prêmios
Título Visconde Avonmore, Baron Yelverton

Barry Yelverton, 1.º Visconde Avonmore, PC (Ire) KC (Newmarket, condado de Cork, 28 de maio de 1736 – Terenure, Dublin, 19 de agosto de 1805) foi um juiz e político irlandês, que deu seu nome à Lei de Yelverton de 1782, que efetivamente revogou a Lei de Poynings e, assim, restaurou a independência do Parlamento da Irlanda.

Juventude[editar | editar código-fonte]

Ele era o filho mais velho de Francis Yelverton de Kanturk, condado de Cork, e de Elizabeth Barry de Kilbrin (atual Ballyclogh, condado de Cork)[1] Foi para a escola em Charleville[2] e frequentou o Trinity College, Dublin, onde recebeu o grau de Bachelor of Arts em 1757 e de Bacharel em Direito em 1761. Sua família não tinha riqueza e posição social[3] e Yelverton foi por alguns anos professor-assistente sob a direção de Andrew Buck na Royal Hibernian Academy, Dublin,[4] uma posição de dependência vergonhosa, que mais tarde, seria grosseiramente lembrada por seus adversários políticos, que satirizavam o futuro Lorde Chefe Barão do Tesouro chamando-o de "assistente de Buck".[5]

Em julho de 1761 seu casamento com Mary, filha de William Nugent de Clonlost, condado de Westmeath, uma senhora de alguma fortuna, habilitou Yelverton a estudar para buscar o ingresso na associação de advogados irlandeses, para a qual ele foi chamado em 1764. Possuidor de notável habilidade retórica e uma mente altamente culta, num período em que a eloquência era a qualificação mais importante para o sucesso na carreira do que o conhecimento jurídico, Yelverton rapidamente alcançou uma posição de destaque em sua profissão. Foi nomeado conselheiro do rei em 1772 e barrister do King's Inns no mesmo ano.[5]

Membro do Parlamento[editar | editar código-fonte]

Em 1774 Yelverton foi eleito para a Casa dos Comuns da Irlanda como representante por Donegal, e em 1776 por Carrickfergus, que representou até ocupar o cargo de juiz, em 1784. Foi membro das primeiras associações de voluntários e, filiando-se ao partido popular, uniu-se a Henry Grattan e seus colegas em suas demandas pela independência do legislativo irlandês.[5]

Carreira jurídica[editar | editar código-fonte]

Em julho de 1782, durante o governo do Duque de Portland, Yelverton foi nomeado para suceder John Scott (mais tarde Lorde Clonmell) como procurador-geral para a Irlanda, e em dezembro de 1783, por ocasião da morte de Walter Hussey Burgh, foi nomeado juiz com a função de Lorde Chefe Barão do Tesouro.[5]

Em 1789 Yelverton participou, juntamente com Henry Grattan e os whigs irlandeses, do apoio à reivindicação do Parlamento irlandês a exercer um direito independente de nomeação, com referência à regência. Nos últimos anos, porém, ele associou-se, assim como a maioria, se não dizer todos os seus colegas do magistrado irlandês, ao partido da corte, e, abandonando suas antigas conexões políticas, votou por fim a favor da união.[5]

Pariato da Irlanda[editar | editar código-fonte]

Em 1795, foi elevado à nobreza como Barão Yelverton, e em 1800, recebeu o título de Visconde Avonmore, ambos no Pariato da Irlanda.[5]

Personalidade[editar | editar código-fonte]

Embora poucos exemplares que dão prova de sua eloquência sobrevivam, não foram muitos os homens, mesmo naquela época de grandes oradores, que puderam desfrutar da fama que Yelverton adquiriu. Sir Jonah Barrington diz que ele, embora perdesse em poder de raciocínio para Henry Flood, no brilho satírico para Henry Grattan, e nos apelos emocionais para John Philpot Curran, na linguagem eficaz e vigorosa, ele superava todos eles.[5]

Yelverton foi o fundador, em 1779, de uma sociedade convivial chamada "A Ordem de St. Patrick", da qual John Philpot Curran foi presidente. As divergências políticas entre seus membros levaram à dissolução da sociedade em 1795.[5]

Yelverton não foi um grande juiz, seu temperamento não era imparcial, e suas primeiras impressões sobre um caso eram geralmente difíceis de serem alteradas. Morreu em sua residência, em Dublin, em 19 de agosto de 1805.[5]

Família[editar | editar código-fonte]

Ele teve três filhos e uma filha, e o título de Visconde permaneceu na família.[5]

Filhos de Barry Yelverton e Mary Nugent:

  • William Yelverton, 2.° Visconde Avonmore (5 de abril de 1762 – 28 de novembro de 1814)
  • Barry Yelverton (22 de novembro de 1763 – junho de 1824)[6]
  • Walter Aglionby Yelverton (26 de janeiro de 1772 – 3 de junho de 1824), casou em 1791, com Cecilia Yelverton
  • Anna Maria Yelverton (28 de setembro de 1775 – 27 de abril de 1865), casou em 1791, com John Bingham, 1.º Barão Clanmorris de Newbrook

Referências

  1. Ball, F. Elrington The Judges in Ireland 1221–1921 John Murray Londres 1926 Vol.1 p.219
  2. Ball p.219
  3. Ball p.166
  4. Encyclopædia Britannica (1911) entrada para «Avonmore, Barry Yelverton, 1st Viscount» (em inglês). , volume 3, página 67 
  5. a b c d e f g h i j Cæsar Litton Falkiner, Dictionary of National Biography, 1885-1900 entrada para «Yelverton, Barry» (em inglês). , volume 63, páginas 314-315 
  6. «Barry Yelverton, 1st Viscount Avonmore». the peerage.com. 9 de fevereiro de 2011 

Fontes[editar | editar código-fonte]

  • Este artigo incorpora texto (em inglês) da Encyclopædia Britannica (11.ª edição), publicação em domínio público.
  • Chisholm, Hugh, ed. (1911). «Avonmore, Barry Yelverton, 1st Viscount». Encyclopædia Britannica (em inglês) 11.ª ed. Encyclopædia Britannica, Inc. (atualmente em domínio público) 
  • Falkiner, Cæsar Litton (1900). «"Yelverton, Barry"» (em inglês). . Em Lee, Sidney. Dictionary of National Biography 63. Londres: Smith, Elder & Co. pp. 314–315.; Notas: 
    • Webb's Compendium; Ryan's Biographia Hibernica, ii. 640
    • Wills's Illustrious Irishmen, v. 237
    • Barrington's Historic Sketches, and Personal Sketches
    • O'Flanagan's Irish Bar, pp. 52–63, and Lives of the Lord Chancellors of Ireland, vol. ii. passim
    • Lord Ashbourne's Pitt; Curran's Life, by his Son, i. 118–32
    • Phillip's Curran and his Contemporaries, pp. 92–108
    • Duhiggs's History of the King's Inns
    • Irish Political Characters, 1799
    • Smyth's Law Officers of Ireland
    • Todd's Graduates of Dublin University
    • G. E. C[okayne]'s Complete Peerage
    • F. Elrington Ball The Judges in Ireland 1221–1921


Barry Yelverton, 1.º Visconde Avonmore
Nascimento: 28 de maio de 1736 Morte: 19 de agosto de 1805
Pariato da Irlanda
Novo título Visconde Avonmore
1800–1805
Sucedido por:
William Yelverton
Barão Yelverton
1795–1805