Bartramiales

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Bartramiaceae
Philonotis calcarea (Bartramiales).
Philonotis calcarea (Bartramiales).
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Bryophyta sensu stricto
Classe: Bryopsida
Subclasse: Bryidae
Ordem: Bartramiales
D.Quandt, N.E.Bell & Stech
Família: Bartramiaceae
Schwägr.
Géneros
Ver texto.
Philonotis calcarea (cápsulas).

Bartramiales é uma ordem monotípica de musgos da subclasse Bryidae da classe Bryopsida que tem Bartramiaceae como a única família integrante. Por sua vez a família Bartramiaceae agrupa 10 géneros com cerca de 375 espécies validamente descritas.[1]

Descrição[editar | editar código-fonte]

As espécies pertencentes à ordem Bartramiales formam denso tufos arredondados e macios, por isso frequentemente designados por almofadas, fixas ao substrato por uma densa teia de rizoides. Os tufos apresentam frequentemente coloração verde-azulada, com os filídios com superfície fortemente hidrófoba, tornando-os difíceis de molhar com água, já que esta forma gotas que escorrem rapidamente. Os filídios são geralmente lanceolados e estreitos. A margem dos filídios é quase sempre denteada. As células da lâmina são quadradas a rectangulares. Está sempre presente uma nervura central bem marcada.

Os órgãos reprodutores (os esporângios dos esporófitos) são cercados por filídios modificados, semelhantes a brácteas, que lhes dão uma aparência de flor. A haste da cápsula (a seta) é geralmente vertical. As cápsulas destes musgos são surpreendentemente arredondadas, dando-lhe o aspecto de minúsculas maçãs. O peristoma é duplo.

Sistemática[editar | editar código-fonte]

A família Bartramiaceae foi descrita por Christian Friedrich Schwägrichen, em texto publicado na obra Species Muscorum Frondosorum p. 90 (1830).[2] O género tipo é Bartramia Hedw.

A família Bartramiaceae tem distribuição natural cosmopolita, com 10 géneros e cerca de 375 espécies, distribuídas por 3 subfamílias:[3]

Alguns autores consideram ainda os seguintes géneros:

Notas

  1. «Na PlantList» 
  2. «Arnelliaceae». Tropicos.org. Missouri Botanical Garden. Consultado em 24 de dezembro de 2014 
  3. Wolfgang Frey, Michael Stech, Eberhard Fischer: Bryophytes and Seedless Vascular Plants (= Syllabus of Plant Families. 3). 13th edition. Borntraeger, Berlin u. a. 2009, ISBN 978-3-443-01063-8, S. 188–190.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Schwaegrichen, C. F. 1830. Sp. Musc. Frond. xiv + 122 pp. G. N. Nauck, Berlin.
  • Delgadillo Moya, C. & A. M. Cárdenas Soriano. 2011. Bryophyta (Musci). 137–148. In A. J. García-Mendoza & J. A. Meave Divers. Florist. Oaxaca. Universidad Nacional Autónoma de México, Ciudad Universitaria.
  • Goffinet, B.; Buck, W. R.; & Shaw, J. 2008: Morphology and Classification of the Bryophyta. pp. 55-138 in Goffinet, B. & J. Shaw (eds.) Bryophyte Biology, 2nd ed. Cambridge University Press.
  • Jan-Peter Frahm, Wolfgang Frey: Moosflora (= UTB. 1250). 4., neubearbeitete und erweiterte Auflage. Ulmer, Stuttgart 2004, ISBN 3-8252-1250-5.
  • Jan-Peter Frahm: Biologie der Moose. Spektrum Akademischer Verlag, Heidelberg u. a. 2001, ISBN 3-8274-0164-X.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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