Batalha de Brunanburh

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Batalha de Brunanburh
Expansões vikings

Um retrato de Æthelstan apresentando um livro ao santo Cuthbert
Data 937
Local Inglaterra (possivelmente no norte)[1][2]
Desfecho Vitória inglesa
Beligerantes
Reino da Inglaterra Reino de Dublin
Reino da Escócia
Reino da Escócia
Comandantes
Æthelstan
Edmundo I
Olaf III Guthfrithson
Constantino II da Escócia
Owen I de Strathclyde
Forças
Desconhecidas Desconhecidas
Baixas
Pesadas Pesadas

A Batalha de Brunanburh[3] foi um confronto em 937 entre o exército do Reino de Wessex, liderado pelo rei Etelstano de Inglaterra e pelo seu irmão Edmundo, contra uma coligação formada por Olaf III Guthfrithson, monarca hiberno-nórdico (nórdico-gaélico) do Reino de Dublim dos viquingues, Constantino II da Escócia e Owen I de Strathclyde. O confronto culminou numa decisiva vitória anglo-saxónica.[4]

Em algumas fontes menciona-se também a participação de mercenários irlandeses, galeses e córnicos.[5] Porém, a presença de galeses na batalha é refutada pela maioria dos historiadores pois só se menciona na Saga de Egil Skallagrimson, pese a existência de uma aliança dos hiberno-nórdicos do Reino de Dublin e galeses, chamada «Kymry a gwyr Dulyn» (ou os galeses e os homens de Dublin).[6]

A data precisa da batalha tem suscitado controvérsia. Sharon Turner considera que teve lugar em 934, embora mencione o facto de que um dos manuscritos da Crónica Anglo-saxónica dá como data 937. Por seu lado, Worsaae no seu Danes and Norwegians in England indica 937, tal como o Dr. Freeman no seu Old English History. Finalmente, a Crónica de Etelvardo de Wessex (meio-irmão do rei Etelstano) propõe 939.

Cinco reis e sete jarls viquingues caíram na sangrenta batalha. Alfrico e Atelvino, dois primos de Etelstano, e um destacado bispo saxão foram também mortos. Algumas fontes afirmam que os saxões lançaram uma carga de cavalaria, contradizendo a crença popular de que os antigos ingleses lutavam só com exércitos de infantaria.[7] A cavalaria era relativamente insignificante dentro das forças saxónicas e possivelmente eram mercenários procedentes de outros reinos. Não obstante, a crónica anglo-saxónica não os menciona, embora o uso de cavalos nas guerras anglo-saxónicas esteja bem confirmado. Uma referência anterior da vida de São Wilfrido, escrita por volta de 720, menciona o 'exército montado' (equitatus excercitus) de Egfrido da Nortúmbria.[8]

Esta batalha é uma das mais importantes na história britânica, já que a vitória de Etelstano sobre a coligação entre nórdicos e celtas, confirmou a unidade da Inglaterra como reino anglo-saxão. No entanto, Wessex ficou debilitado militarmente, o que permitiu a todos os reinos das ilhas consolidar-se nos territórios que ocupam até à atualidade.

Referências

  1. Foot 2011, pp. 174-175.
  2. Wood 2013, pp. 138–159.
  3. Também se escreve Brunanburg ou Brunanburgh.
  4. Katherine Holman (2003), Historical Dictionary of the Vikings, Scarecrow Press, ISBN 0810865890 p. 58.
  5. Lawrence Snell. The Suppression of the Religious Foundations of Devon and Cornwall. 1966
  6. Gwyn Jones, A History of the Vikings, Oxford University Press, 1973, p. 237.
  7. Marren, pp. 15-17.
  8. Marren pp. 81-82.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Fontes primárias[editar | editar código-fonte]

Fontes secundárias[editar | editar código-fonte]

  • An Oxford History of England. Volume 2: Anglo Saxon England.
  • Hardwick, Charles. Ancient Battle-fields in Lancashire. London: Simpkin, Marshall & Co., Stationers' Hall Court, 1882.
  • Marren, Peter. Battles of the Dark Ages. Bamsley: Pen and Sword, 2006.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]