Bené

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Bené
Informações pessoais
Nome completo Benedito Pinho Leme
Data de nascimento 4 de julho de 1942 (81 anos)
Local de nascimento Amparo, São Paulo, Brasil
Nacionalidade brasileiro
Informações profissionais
Posição atacante
Clubes de juventude
{{{jovemanos}}} Vasco da Gama
Clubes profissionais
Anos Clubes Jogos e gol(o)s
1965–1966
1966–1973
1973–1974
1974
Vasco da Gama
Paysandu
Tuna Luso
Paysandu
?
 ? (246)
? (4)
? (3)
Seleção nacional
1971 Pará 001 00000000000(0)

Benedito Pinho Leme (Amparo, 4 de setembro de 1942) mais conhecido como Bené, é um ex-futebolista brasileiro que atuava como atacante. É o maior artilheiro da história do Paysandu, com 249 gols.[1] Também é o quarto maior artilheiro do clássico Re-Pa, no qual marcou 26 vezes, abaixo dos 28 de Quarenta e Cacetão, dos 30 de Itaguari e dos 47 do recordista Hélio,[2] a quem superou como maior goleador do clube alviceleste. [1]

Bené não possuía técnica refinada, sendo daqueles atacantes de estilo rompedor, com chutes potentes e bastante gana, sendo apelidado de "Tanque da Curuzu".[3] Ele é o 23º maior artilheiro por um único clube no Brasil, com seus 249 gols pelo Paysandu colocando-o seis gols abaixo dos 255 de Reinaldo pelo Atlético Mineiro, dois abaixo dos 251 de Romário pelo Vasco da Gama e estando à frente dos 245 de Garrincha pelo Botafogo e dos 242 de Tostão pelo Cruzeiro.[4]

Sua dupla com Robilotta é considerada a melhor da história do "Papão" e do futebol paraense, com ambos somando 319 gols pelo clube e escalados no trio ofensivo do time alviazul dos sonhos eleito por cem votantes em 2010.[5]

Carreira[editar | editar código-fonte]

Início[editar | editar código-fonte]

Bené começou no futebol adulto no Vasco da Gama, onde estreou no time principal em 1965, realizando algumas partidas, mas ainda sendo mais assíduo na equipe vascaína de aspirantes. Foi indicado ao Paysandu por um ex-cruzmaltino que se destacava na equipe de Belém, Robilotta. Inicialmente, chegou à equipe paraense sob empréstimo, no início da temporada de 1966.[1] O clube vinha de um ano histórico em 1965, marcado pela vitória por 3–0 sobre um Peñarol que se colocava entre os mais fortes times do mundo, façanha que ecoou inclusive no Rio de Janeiro, onde rendeu crônica de Nelson Rodrigues no jornal O Globo, na época.[6] O time também havia sido, de modo fácil, campeão paraense de 1965, com dez vitórias em doze jogos.[7]

No início de 1966, porém, o Paysandu não vinha em boa fase, atravessando uma série de resultados ruins no Re-Pa (derrotas de 3–0 e 3–2) e também no clássico com a Tuna Luso (3–2 e 3–1) em torneio internacional que envolvia também a equipe do Transvaal, da Guiana Neerlandesa. A estreia de Bené veio precisamente na rodada final desse torneio, um novo duelo contra o Remo, que vinha invicto havia 27 partidas. O reforço foi titular. Não chegou a fazer uma grande exibição, sendo inclusive substituído por Luís Zago, mas teve uma estreia auspiciosa: em 25 de março, o Papão venceu a partida por 3–0 - um dos gols, por sinal, foi de Robilotta.[1][8] Em 31 de março, veio o primeiro gol de Bené como alviceleste, no 3–0 sobre o Transvaal no estádio do Remo.[1]

A partir de sua chegada, o Paysandu engatou doze jogos de invencibilidade. E Bené acumulou gols, marcando em cinco partidas do mês de abril, dentre eles um amistoso interestadual contra o Bahia (3–2), seu primeiro gol no Re-Pa (2–0, em amistoso) e em outro amistoso interestadual, onde marcou dois na vitória por 3–0 sobre o São Cristóvão. [1] Em maio, começou o campeonato paraense daquele ano, que teria um sabor especial de ocorrer no ano em que se celebravam os 350 anos da cidade de Belém,[9] o que motivou também em paralelo um torneio municipal, vencido de forma invicta pelo clube no mesmo mês.[10]

O Estadual também veio de forma invicta, no embalo do bom funcionamento da dupla Bené, um atacante rompedor, e Robilotta, de estilo mais clássico. Robilotta marcou treze vezes, sendo o artilheiro dos campeões, enquanto Bené fez doze, incluindo o do empate em 1–1 no Re-Pa que assegurou o título do primeiro turno, um de bicicleta no 1–0 no clássico com a Tuna e o segundo em vitória por 3–1 sobre o Remo, em pleno estádio rival, na rodada final do terceiro turno - o Papão já havia ganho também o segundo turno e assim confirmou o título.[11]

Em paralelo ao campeonato, Bené também marcou o único gol de amistoso em junho contra o America; acumulou quatro nos duelos contra o Rio Negro pela Taça Brasil de 1966 (dois em 6–0, na Curuzu, e outros dois em 3–0 em Manaus), em julho; e marcou os dois gols do 2–0 em Re-Pa amistoso em agosto, "estragando" uma homenagem promovida pelo rival ao astro Nilton Santos, que na ocasião vestiu a camisa azulina. A atuação fez o jornal A Província do Pará relatar que "Bené é realmente um perigo. Um descuido do grande Nilton Santos e o colored marcou espetacularmente". Ao fim da temporada, o Paysandu havia marcado 146 vezes, 37 delas diretamente por Bené. No fim do ano, curiosamente, atuou por um combinado Remo-Paysandu, pelo qual marcou o gol paraense em empate em 1–1 com um combinado Ceará-Fortaleza, clubes que visitavam Belém - e ambos previamente derrotados cada um por 2–1 pelo "Papão", com Bené marcando também nessas partidas.[1]

Gols internacionais[editar | editar código-fonte]

Em 1967, o clube realizou em fevereiro um amistoso contra o Bangu, [1] que havia acabado de ser, em dezembro, o campeão carioca de 1966, após vitória de 3–0 sobre o Flamengo.[carece de fontes?] O amistoso ficou no empate em 1–1 e o gol paraense foi de Bené.[1] Depois, excursionou de forma invicta pelas Guianas e pelo Caribe, chegando a ganhar duas vezes da seleção de Trinidad e Tobago (2–1, com dois gols de Bené e 1–0). Bené foi o artilheiro da turnê, com oito gols em meio às oito partidas da gira.[12] E conquistou novo título estadual de forma das mais lembradas, após seis Re-Pas seguidos em um espaço de 26 dias: o segundo turno terminou empatado entre os dois rivais, forçando jogo-extras. O primeiro terminou empatado e o segundo foi vencido pelo Remo. Como os alvicelestes haviam vencido o primeiro turno, fez-se necessário mais jogos. Os dois primeiros terminaram empatados, com a vitória bicolor por 2–0 no terceiro enfim finalizando o campeonato.[13]

A disputa acirradíssima do torneio de 1967 também se deu em contratações de treinadores: o ex-goleiro Castilho agora treinava o Paysandu enquanto o Remo era treinado por outro ex-craque, Zizinho. Na campanha, Bené marcou quatro vezes em vitória por 10–1, no Avante. Ao todo, marcou treze vezes, incluindo em vitória por 2–0 em clássico com a Tuna e em empate em 1–1 em um dos Re-Pas.[14] Aquele foi precisamente o ano que mais teve Re-Pas, dezessete, em média um a cada vinte dias.[2] Em paralelo, Bené destacou-se em especial por três gols em vitória por 4–3 sobre o Moto Club dentro de São Luís do Maranhão pela Taça Brasil de 1967.[1]

Em 1968, Bené e o Paysandu destacaram-se sobretudo pela vitória de 1–0, no estádio da Curuzu, sobre a seleção romena, uma das mais fortes da Europa na época e que se classificaria à Copa do Mundo FIFA de 1970. Foi de Bené o gol, em cabeceio.[15] O atacante também teve especial destaque ao marcar os quatro gols em vitória por 4–1 em amistoso contra o Moto Club na Curuzu e pelos cinco em 10–0 em amistoso em Abaetetuba sobre o time local do Abaeté.[1] O título estadual foi perdido para o Remo,[carece de fontes?] que meses depois, em abril de 1969, sofreu um 4–0 em Re-Pa amistoso, com Bené marcando um dos gols.[1]

Novo título estadual veio em 1969, com Bené participando ativamente de um ataque que marcou 126 gols em 17 jogos. Nessa campanha, além de marcar duas vezes no 7–0 sobre o Júlio César, Bené marcou em três Re-Pas distintos: os dois em vitória por 2–1 no primeiro turno, outro no empate em 1–1 no terceiro turno e outro na segunda finalíssima, vencida pelos alvicelestes por 2–0 sobre o time treinado por Danilo Alvim. Foram ao todo treze gols do atacante, artilheiro dos campeões.[16]

O campeonato de 1970 alongou-se para o ano de 1971 e terminou vencido pela Tuna.[17] Por outro lado, ao longo de 1970 o Paysandu estabeleceu a maior quantidade de clássicos seguidos sem derrotas para o Remo: foram treze Re-Pas invictos entre 29 de janeiro e 9 de dezembro,[18] incluindo um W.O. em 23 de em julho de 1970 (ocasião em que foi disputado apenas o primeiro tempo, com o presidente remista ordenando a retirada de seus jogadores ao inteirar-se em viagem de Salinópolis a Belém que o jogo seria arbitrado por um juiz vetado pelo clube;[19]) e um 4–1 em 9 de dezembro pelo estadual, em que Bené marcou dois gols. Ele esteve em todos os jogos desta série, marcando gols em outros três deles (um cada em 1–1, 2–0 e 2–1, todos amistosos).[20]

Final da carreira[editar | editar código-fonte]

Ainda em 1971, concluiu-se o campeonato próprio daquele ano. Foi uma conquista bastante celebrada: após o Paysandu vencer o primeiro turno e o Remo vencer o segundo, o título alviceleste veio com vitória de virada por 3–2 na prorrogação contra o arquirrival, que vencia por 2–0 em plena Curuzu, em outubro. A rivalidade jamais teve outra virada parecida.[21] Bené marcou o gol do empate, a dez minutos do fim do tempo normal. Foi o artilheiro da campanha, marcando metade dos gols do clube: fez vinte dos quarenta convertidos pelo Papão.[22] Naquele ano, ele também fez sua única partida pela seleção do Pará, em amistoso contra a equipe portuguesa do Porto.[1] A seleção não jogava desde 1962 e empatou em 1–1, com Bené começando na titularidade até dar lugar a Alcino.[23]

Em 1972, já veterano, Bené superou em poucos números Hélio Costa como maior artilheiro do Paysandu.[1] Seguiu titular na conquista do Estadual daquele ano, mas marcando em apenas cinco das dezoito partidas, todos contra equipes menores.[24] Um dirigente novo não aceitou as bases desejadas pelo ídolo para renovar o contrato. Bené despediu-se clássico com a Tuna vencido por 2–1 pela amistosa "Taça Jerônimo Bastos", em 22 de fevereiro de 1973. Marcou os dois gols e terminou ovacionado.[1]

Bené seguiu carreira na própria Tuna Luso, pelo qual disputou o estadual de 1973,[25] vencido pelo Remo.[carece de fontes?] Em sua curta passagem como tunante, marcou quatro gols. Em 1974, retornou ao Paysandu, marcando seus três últimos gols. O último deles foi precisamente em um Re-Pa pelo estadual daquele ano. O "Papão" perdeu por 2–1,[1] mas o gol de Bené, que abriu o placar, encerrou uma invencibilidade de 1.050 minutos mantida pelo goleiro remista Dico, um recorde. Aquela foi também a última partida do artilheiro.[26]

Legado[editar | editar código-fonte]

O Remo terminaria bicampeão seguido em 1974, algo que jamais havia ocorrido entre 1966 e 1972,[carece de fontes?] quando Bené defendeu continuamente o Paysandu.[1] Sem a concorrência dele e de Quarentinha e outros astros alviazuis envelhecidos,[27] o Remo voltaria a conseguir títulos seguidos pela primeira vez desde 1954, logrando um tricampeonato entre 1973 e 1975,[carece de fontes?] período em que chegou a abrir 24 jogos seguidos de invencibilidade no Re-Pa, entre 17 de abril de 1973 e 10 de março de 1976.[18] Anteriormente, o cenário era diverso: quando a rivalidade chegou ao 400º jogo, em 1969, o Paysandu reunia 141 vitórias e o Remo, 139,[28] ainda antes do tabu máximo de treze jogos a favor dos bicolores em 1970.[18] A vantagem voltou a ser remista a partir de meados da década de 1970; no clássico de número 500, em 1979, o Remo reunia 174 vitórias e o Paysandu, 166.[29] Permanece azulina na década de 2010.[2]

Bené, que é paulista, radicou-se na capital São Paulo.[30] Ocasionalmente, volta a Belém para homenagens. Uma delas ocorreu em novembro de 2001, em meio à boa campanha nacional do Paysandu na vitoriosa Série B do Brasileirão daquele ano, recebendo uma medalha de ouro antes de uma das partidas na Curuzu, entrando em campo e vestindo a camisa da época juntamente com os ex-colegas Quarentinha, Jorge Corrêa, Ércio, Beto e Vila.[31]

Em 2010, foi eleito o maior centroavante da história do "Papão",[30] sendo escalado para o trio ofensivo dos sonhos do clube, juntamente com os ex-colegas Ércio e Robilotta.[5] Bastante emocionado, recebeu uma placa em frente ao estádio do Pacaembu pelas mãos do historiador do clube, Ferreira da Costa.[30]

Títulos[editar | editar código-fonte]

Paysandu

Referências

  1. a b c d e f g h i j k l m n o p q r DA COSTA, Ferreira (2013). Bené - O Furacão da Curuzu. Gigantes do futebol paraense. Teresina: Halley S.A. Gráfica e Editora, pp. 55-61
  2. a b c DA COSTA, Ferreira (2015). Fatos e Personagens do Re-Pa. Remo x Paysandu - Uma "Guerra" Centenária. Belém: Valmik Câmara, pp. 216-220
  3. «Tanque da Curuzu». Campeão dos Campeões - Revista Oficial do Paysandu Sport Club n. 4. Consultado em 30 de março de 2018 
  4. «Tanque de gols». Campeão dos Campeões - Revista Oficial do Paysandu Sport Club n. 17. Consultado em 30 de março de 2018 
  5. a b DA COSTA, Ferreira (2013). Robilota - Arrancou aplausos das duas grandes torcidas. Gigantes do futebol paraense. Teresina: Halley S.A. Gráfica e Editora, pp. 255-256
  6. DA COSTA, Ferreira (2002). 1965 - Paysandu 3 x 0 Peñarol. Papão - O Rei do Norte. Belém: Valmik Câmara, pp. 70-71
  7. DA COSTA, Ferreira (2013). 1965 - Paysandu traz Castilho e dá um passeio no certame: É Campeão. Parazão Centenário. Teresina: Halley S.A. Gráfica e Editora, pp. 142-145
  8. DA COSTA, Ferreira (2002). 1966 - Estréias de Bené e Oberdan. Papão - O Rei do Norte. Belém: Valmik Câmara, pp. 75-76
  9. DA COSTA, Ferreira (2002). 1966 - Bicampeão dos 350 Anos de Belém. Papão - O Rei do Norte. Belém: Valmik Câmara, pp. 76-77
  10. DA COSTA, Ferreira (2002). 1966 - Campeão do Torneio Cidade de Belém. Papão - O Rei do Norte. Belém: Valmik Câmara, p. 77
  11. DA COSTA, Ferreira (2013). 1966 - Paysandu forma a dupla Bené-Robilotta e conquista o título invicto. Parazão Centenário. Teresina: Halley S.A. Gráfica e Editora, pp. 146-148
  12. DA COSTA, Ferreira (2002). 1967 - Excursão invicta ao Exterior. Papão - O Rei do Norte. Belém: Valmik Câmara, p. 78
  13. DA COSTA, Ferreira (2002). 1967 - Tricampeão de Futebol Profissional. Papão - O Rei do Norte. Belém: Valmik Câmara, pp. 78-79
  14. DA COSTA, Ferreira (2013). 1967 - Paysandu levanta o tricampeonato, após 5 clássicos Re-Pa emocionantes. Parazão Centenário. Teresina: Halley S.A. Gráfica e Editora, pp. 149-152
  15. DA COSTA, Ferreira (2002). 1968 - Seleção da Romênia provou do veneno: 1 x 0. Papão - O Rei do Norte. Belém: Valmik Câmara, p. 80
  16. DA COSTA, Ferreira (2013). 1969 - Com artilharia "pesada", Papão garante a conquista do título de Campeão. Parazão Centenário. Teresina: Halley S.A. Gráfica e Editora, pp. 156-159
  17. DA COSTA, Ferreira (2013). 1970 - Time "prata-da-casa" deu à Tuna mais um campeonato, após 12 anos. Parazão Centenário. Teresina: Halley S.A. Gráfica e Editora, pp. 160-162
  18. a b c O maior do país (maio 2015). Placar n. 1294-B. São Paulo: Editora Abril, pp. 126-129
  19. DA COSTA, Ferreira (2015). 1970. Remo x Paysandu - Uma "Guerra" Centenária. Belém: Valmik Câmara, pp. 113-115
  20. DA COSTA, Ferreira (2015). 1970. Remo x Paysandu - Uma "Guerra" Centenária. Belém: Valmik Câmara, pp. 113-115
  21. DA COSTA, Ferreira (2013). 1971 - Papão perdia de 2 a 0, virou o placar e festejou ruidosamente o título. Parazão Centenário. Teresina: Halley S.A. Gráfica e Editora, pp. 163-166
  22. DA COSTA, Ferreira (2002). 1971 - Campeão Paraense em virada sensacional: Paysandu 3 X Remo 2. Papão - O Rei do Norte. Belém: Valmik Câmara, pp. 83-85
  23. DA COSTA, Ferreira (2013). A seleção do Pará através dos tempos. Gigantes do futebol paraense. Teresina: Halley S.A. Gráfica e Editora, pp. 306-331
  24. DA COSTA, Ferreira (2013). 1972 - Apagaram as luzes do Baenão, surrupiaram a rede, mas o Papão garantiu o bicampeonato. Parazão Centenário. Teresina: Halley S.A. Gráfica e Editora, pp. 167-170
  25. DA COSTA, Ferreira (2013). 1973 - Com Aloísio Brasil, Remo abriu caminho para mais um tricampeonato. Parazão Centenário. Teresina: Halley S.A. Gráfica e Editora, pp. 171-173
  26. DA COSTA, Ferreira (2015). 1974. Remo x Paysandu - Uma "Guerra" Centenária. Belém: Valmik Câmara, pp. 124-128
  27. TAVERNARD, Mauro (2017). O início da freguesia. Alcino Negão Motora - A História do Gigante do Baenão. Belém: RM Graph Editora, pp. 84-88
  28. DA COSTA, Ferreira (2015). 1969. Remo x Paysandu - Uma "Guerra" Centenária. Belém: Valmik Câmara, pp. 110-112
  29. DA COSTA, Ferreira (2015). 1979. Remo x Paysandu - Uma "Guerra" Centenária. Belém: Valmik Câmara, pp. 139-140
  30. a b c «Homenagem». Campeão dos Campeões - Revista Oficial do Paysandu Sport Club n. 20. Consultado em 30 de março de 2018 
  31. DA COSTA, Ferreira (2002). Foto. Papão - O Rei do Norte. Belém: Valmik Câmara, p. 196