Beny Parnes

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Beny Parnes
Nascimento 24 de maio de 1959 (64 anos)[1]
Rio de Janeiro,RJ
Nacionalidade Brasil Brasileira
Ocupação economista

Beny Parnes é um economista brasileiro, ex-diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central do Brasil. Foi casado com Patrícia Carlos de Andrade, com quem teve três filhos.[2]

Vida acadêmica[editar | editar código-fonte]

Parnes graduou-se em economia no início da década de 1980 pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, onde foi colega de Armínio Fraga (presidente do BC entre 1999 e 2002).[3] Entre 1986 e 1987, fez o mestrado em economia pela mesma instituição e em seguida partiu com a família para os Estados Unidos, onde fez doutorado na Universidade da Pensilvânia, apesar de não ter concluído sua tese[4], especializando-se em macroeconomia e finanças internacionais.[1]

Vida profissional[editar | editar código-fonte]

Ao retornar ao Brasil em 1991, Parnes foi trabalhar para o banco BBM do Rio de Janeiro. De 1994 a 1995 foi funcionário do banco Matrix, mas voltou ao BBM em seguida.[3]

Em 27 de novembro de 2001, foi convidado por Armínio Fraga para assumir a diretoria de Assuntos Internacionais do Banco Central do Brasil (cargo que o próprio Armínio havia ocupado entre 1991 e 1992), em substituição à Daniel Gleizer.[3] Parnes foi empossado em janeiro de 2002 e permaneceu no cargo durante a transição (2002-2003) do governo Fernando Henrique Cardoso para o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.[5]

Em 10 de setembro de 2003, alegando razões pessoais, Parnes encaminhou o seu pedido de demissão ao ministro da Fazenda, Antonio Palocci. O economista Alexandre Schwartsman foi então indicado para ocupar o cargo.[6]

Parnes retornou imediatamente ao BBM[7], onde ficou até 2013, ingressando como sócio e economista-chefe da gestora de recursos SPX Capital, empresa onde trabalha até hoje[4].

Em 2007 recebeu o prêmio de melhor gestor especialista de fundos alavancados, concedido pela revista Exame.[8]

Controvérsias[editar | editar código-fonte]

Em 2003, Parnes teve o seu nome incluído na CPI do Banestado[9] sob a acusação de remessa ilegal do equivalente a R$ 6,6 milhões para Nassau, ilhas Bahamas (conhecido paraíso fiscal). Parnes alegou que o valor referia-se à venda de participações societárias no banco BBM, e fez quatro retificações de sua declaração de imposto de renda para ajuste das informações.[5] No relatório final da comissão, Parnes (e todos os demais integrantes e ex-integrantes do Banco Central do Brasil citados), foram isentados pelo relator, José Mentor (PT-SP),[10] o que provocou protestos do presidente da CPMI, senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT).[11]

Referências

  1. a b Senado Federal do Brasil, ed. (27 de novembro de 2001). «Mensagem n° 259» (pdf). Consultado em 29 de novembro de 2013 
  2. Banco Central do Brasil, ed. (3 de novembro de 2003). «Discurso de Beny Parnes» (pdf). Consultado em 29 de novembro de 2013 
  3. a b c Folha de S. Paulo, ed. (28 de novembro de 2001). «Beny Parnes substituirá Gleizer no BC». Consultado em 29 de novembro de 2013 
  4. a b «SPX». www.spxcapital.com.br. Consultado em 15 de março de 2018 
  5. a b Correio Braziliense, ed. (10 de outubro de 2003). «Luiz Francisco pede à CPI do Banestado a convocação de diretor do BC, Beny Parnes, para explicar envio de R$ 6,6 milhões ao paraíso fiscal das Bahamas». Consultado em 29 de novembro de 2013 
  6. Agência Brasil, ed. (10 de setembro de 2003). «Beny Parnes deixa Diretoria de Assuntos Internacionais do Banco Central». Consultado em 29 de novembro de 2013 
  7. ISI Emerging Markets (ed.). «Banco Bbm» (em inglês). Consultado em 29 de novembro de 2013 
  8. Exame (Brasil), ed. (20 de setembro de 2007). «Trabalho artesanal no mercado financeiro». Consultado em 29 de novembro de 2013 
  9. Rose Ane Silveira (15 de dezembro de 2004). Folha de S. Paulo, ed. «Relatório da CPI do Banestado pede 91 indiciamentos». Consultado em 29 de novembro de 2013 
  10. Eduardo Hollanda; Sonia Filgueiras (22 de dezembro de 2004). ISTOÉ, ed. «Pizza sabor Banestado». Consultado em 29 de novembro de 2013 
  11. Antero Paes de Barros (24 de dezembro de 2004). Gazeta Digital, ed. «As verdades da CPI». Consultado em 29 de novembro de 2013 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]