Berta Quintremán

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Berta Quintremán
Nascimento 20 de julho de 1937
Alto Biobío
Cidadania Chile
Irmão(ã)(s) Nicolasa Quintremán
Ocupação indigenous rights activist

Berta Quintremán Calpán (Alto Biobío, Chile, 20 de julho de 1937) é uma ativista pehuenche da comunidade de Ralco Lepoy na comuna de Alto Biobío, Chile.

Berta Quintremán começou a ganhar respaldo e notoriedade nacional e internacional na década de 1990, junto com sua irmã, Nicolasa Quintremán, nas mobilizações pehuenche contra a construção da Central hidroelétrica Ralco na comuna de Alto Biobío. Seus esforços valeram-lhe ser figura principal de dois documentários que abordam a luta dos pehuenche de Ralco contra a inundação de suas terras ancestrales.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filha de Segundo Quintremán, Berta nasceu em 20 de julho de 1937, em Alto Biobío, na Região do Bío-Bío, no Chile. Tem vivido a maior parte de sua vida na localidade de Ralco Lepoy.

Nos anos 1990, junto à organização Mapu Zomoche Newen (em espanhol, Mulheres com a força da terra), realizaram diversas gestões para impedir a construção da Central hidroelétrica Ralco, assistindo a reuniões com autoridades regionais e nacionais, apelando ao reconhecimento de sua cultura. Deste modo, em 1997 as irmãs Quintremán entregaram uma carta ao então presidente Eduardo Frei Ruiz-Tagle com a finalidade de ensinar o quão descontente a comunidade mapuche estava com o projeto de desenvolvimento elétrico.

Vida pessoal[editar | editar código-fonte]

Berta já foi protagonista de dois documentários: "Berta e Nicolasa, as irmãs Quintremán" (2002), dirigido por Alejandra Touro, que fala das vidas de ambas, detalhando aspectos de suas crenças, costumes, famílias e sua participação no coletivo Mapu Zomoche Newen; e "O vai-o de Berta" (2004), que foca em Berta e no seu papel à frente das negociações frustradas e dos protestos contra a empresa multinacional Endesa.

No ano 2000, junto com sua irmã Nicolasa, recebeu o prêmio Petra Kelly, na Alemanha, pelo compromisso na luta não-violenta na contramão da construção de mega represas.

Morte de Nicolasa Quintremán[editar | editar código-fonte]

Em 24 de dezembro de 2013, o corpo sem vida de Nicolasa Quintremán foi encontrado flutuando nas águas do lago artificial criado pela edificação da represa Ralco.[1] A mulher tinha saído de sua casa durante a tarde do dia anterior, tendo ficado desaparecida desde então. Depois de seu funeral, três dias mais tarde, Berta falou com a imprensa:[2]

Ver também[editar | editar código-fonte]

  • Nicolasa Quintremán

Referências

  1. «Encuentran muerta a dirigente pehuenche Nicolasa Quintreman en aguas del lago Ralco». BioBioChile. 24 de dezembro de 2013. Consultado em 13 de março de 2017 
  2. «Funeral de papay Nicolasa Quintreman: Berta Quintreman habla con prensa (27dic13)». YouTube. 29 de dezembro de 2013. Consultado em 13 de março de 2017