Bico de Pato (Camarões)

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Bico de Pato (em vermelho no primeiro mapa) e Neukamerun (em vermelho no segundo mapa) entre 1901–1916

Bico de Pato (em francês: Bec de Canard, em alemão: Entenschnabel) foi um território no nordeste dos Camarões alemães disputado pelo império colonial alemão e pelo império colonial francês entre 1894 e 1911. Foi um exemplo do ajuste das fronteiras entre as potências coloniais da época.

Histórico[editar | editar código-fonte]

Este território era povoado antes da era colonial pelos povos fulas e hauçás. No final do século XIX, o Império Alemão, que entrou tardiamente na corrida colonial, tomou posse da costa dos Camarões e organizou expedições ao norte e a leste da colônia, ampliando sua influência na região entre os rios Logone e Chari. O Bico de Pato foi formado no sul do território onde o Logone flui para o Chari e se alarga até o paralelo 10 N.

Finalmente, um tratado com a França em 15 de março de 1894 cede para o nordeste dos Camarões alemães esse território em forma de ponta, imediatamente chamado de "Bico de Pato", que marca a fronteira da África Central.[1]

No momento da resolução da crise de Agadir, o Acordo Marrocos-Congo, de 4 de novembro de 1911, assinado em Berlim, atribuiu o Neukamerun à Alemanha, em troca do qual a França teve o reconhecimento do seu protetorado em Marrocos[2] e ainda obteve da parte oriental do Bico de Pato[3], que integrou as suas possessões da África Equatorial.

Atualmente, o Bico de Pato é compartilhado entre Camarões e Chade.

Referências

Bibliografia[editar | editar código-fonte]