Bromelia antiacantha

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Como ler uma infocaixa de taxonomiaCaraguatá
[[Imagem:
Uma touceira de B. antiacantha.
|280px|]]
Classificação científica
Reino: Plantae
Filo: Magnoliophyta
Classe: Liliopsida
Subclasse: Commelinidae
Ordem: Poales
Família: bromeliácea
Subfamília: Bromelioideae
Género: Bromelia
Espécie: B. antiacantha
Nome binomial
Bromelia antiacantha

Bromelia antiacantha, também conhecida como caraguatá, banana-do-mato ou bananinha-do-mato, é uma planta da família das bromeliáceas, do gênero Bromelia. Sua distribuição conhecida vai do estado da Bahia até o Uruguai.

Seus frutos são usados para alimentação humana e na medicina popular, e apesar de possuírem grande quantidade de vitaminas e sais minerais, também são extremamente ácidos e contém Oxalato de Cálcio. Outro uso comum dessa espécie é como cerca viva, devido ao seu habito de crescer em agrupamentos densos e protegidos por uma grande quantidade de espinhos.[1]

Descrição[editar | editar código-fonte]

É uma planta grande, possui folhas entre 80 e 300 cm de comprimento e cresce em touceiras densas. As folhas são um pouco rígidas e possuem espinhos nos dois lados, os espinhos da metade externa da folha (que está mais distante do centro) apontam para fora, enquanto os de dentro apontam para o interior. Essa característica é traduzida em seu epíteto, que é composto pelo prefixo grego Anti- (direção contraria) e a palavra Acantha (espinho). Suas folhas são, durante a maior parte da sua vida, verde amareladas, mas a roseta se torna vermelha na fase reprodutiva.[1]

Sua flores são muito numerosas e tubulares, e a espécie é polinizada principalmente por beija-flores, mas também atraem mamangavas e abelhas que tentam roubar néctar.

Produz numerosos frutos amarelos no final da etapa reprodutiva, que são predados por varios animais como: Serelepe (Sciurus vulgaris), Graxaim (Pseudalopex gymnocercus), gado e outros roedores. Geralmente a etapa de frutificação ocorre no inverno (julho - setembro).[1]

Usos[editar | editar código-fonte]

Assim como em outras espécies de plantas da mata atlântica, A banana-do-mato possui diversos usos relatados, mas que em tempo recentes, devido a uma mudança na paisagem alimentar e socioeconômica, acabam sendo pouco lembrados ou reportados na literatura. No entanto, alguns deles estão sendo resgatados e mais pesquisados num contexto de revitalização do uso de produtos florestais não madeireiros e valorização do conhecimento tradicional.

Alimentares[editar | editar código-fonte]

Existem relatos de que os frutos possam ser comestíveis in natura, mas talvez somente em pequenas quantidades e quando bem maduros, devido a presença de oxalato de cálcio que causa um pouco de irritação na garganta e boca. A comestibilidade e sabor são melhorados ao assar ou ferver as frutas por um período. Além disso, os frutos podem ser utilizados em geleias, licores, sucos ou chás. [1] [2]

Também é possível consumir e conservar as folhas mais tenras, que ainda não abriram e estão no "miolo" próximo ao solo, como uma espécie de palmito.

Medicinais[editar | editar código-fonte]

O uso medicinal mais conhecido da B. antiacantha é na forma de um xarope confeccionado com os frutos, que supostamente possui capacidade de tratar problemas respiratórios como tosse, asma e bronquite. Alguns relatos indicam o consumo dos frutos e derivados como anti-helmínticos [1] [2]

Outros[editar | editar código-fonte]

Um outro uso comum da B. antiacantha é como cerca viva. A planta é grande e espinhosa, além de crescer e multiplicar relativamente rápido.[1] [2]

Assim como outras Bromélias, também é possível confeccionar fibras de suas folhas.[1] [2]

Referências