Bruna Benevides
Bruna Benevides (Fortaleza, 1979) é uma ex-militar brasileira,[1] referência na luta pelos direitos humanos.[2]
Nascida em uma família tradicional cristã,[3] Bruna sofria violência física e bullying de colegas e da família devido à sua feminilidade.[2] Iniciou sua carreira militar aos 18 anos, ingressando na Marinha do Brasil em Olinda, Pernambuco, mas depois mudou-se para Niterói, no Rio de Janeiro.[4] Em 2011, começou a tomar hormônios e decidiu fazer curso de sargento, para depois comunicar aos superiores que era mulher. Com o apoio de seu marido Gustavo foi convencida a assumir sua transexualidade para seu comandante. Bruna passou por "avaliação psiquiátrica" e foi diagnosticada como pessoa portadora de "transexualismo", um "transtorno mental", sendo afastada contra sua vontade de suas funções. Em 2017, recebeu o laudo definitivo de que era "incapaz". e a Marinha iniciou um processo de reforma compulsória. Imediatamente, Bruna entrou com ação impedindo sua aposentadoria. No entanto, não conseguiu retornar às funções.[2]
Em 2014, aderiu ao ativismo.[2] Atualmente, é secretária de articulação política da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) e faz o dossiê anual que mapeia a violência contra a população trans no país.[5] Além disso, ajudou a fundar o Fórum Estadual de Travestis e Transexuais do Rio de Janeiro, coordena um cursinho popular para pessoas trans em Niterói, e participa do Conselho Municipal dos Direitos da População LGBT de Niterói.[3]
Referências
- ↑ «Bruna Benevides: a sargento trans da Marinha luta para voltar a trabalhar». UOL. Consultado em 16 de novembro de 2023
- ↑ a b c d «Referência na luta pelos Direitos Humanos, Bruna Benevides enfrentou a violência em casa e a discriminação na Marinha». O Globo. 27 de junho de 2022. Consultado em 27 de agosto de 2023
- ↑ a b «"Pessoas trans não têm escolha de não lutar", afirma segunda-sargenta da Marinha». Brasil de Fato. 30 de agosto de 2020. Consultado em 27 de agosto de 2023
- ↑ «Sargenta trans da Marinha luta para voltar à ativa». Terra. Consultado em 27 de agosto de 2023
- ↑ «Conheça 11 lideranças trans brasileiras para se inspirar». Estado de Minas. 31 de março de 2023. Consultado em 27 de agosto de 2023