Caio Fúrnio

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 Nota: Este artigo é sobre o cônsul em 17 a.C.. Para o tribuno da plebe em 50 a.C. e seu pai, veja Caio Fúrnio (tribuno).


Caio Fúrnio
Nascimento século I a.C.
Morte Desconhecido
Cidadania Roma Antiga
Progenitores
Ocupação político, militar

Caio Fúrnio (em latim: Gaius Furnius) foi um senador romano da gente Fúrnia eleito cônsul em 17 a.C. com Caio Júnio Silano.

História[editar | editar código-fonte]

Fúrnio era filho do tribuno da plebe Caio Fúrnio, um fervoroso defensor de Marco Antônio até sua derrota na Batalha de Ácio em 31 a.C. O jovem Fúrnio conseguiu reconciliar seu pai com Otaviano e Fúrnio pai foi nomeado cônsul sufecto em 29 a.C.[1].

Fúrnio filho. foi nomeado, em 22 a.C., no lugar de Lúcio Élio Lâmia, legado Augusti pro pretore da turbulenta província da Hispânia Tarraconense, onde os cantábricos, mostraram-lhe desprezo por ser inexperiente e seguiram os ástures na revolta. Fúrnio, porém, juntamente com o legado da Hispânia Ulterior Públio Carísio, conseguiu habilmente nos seus três anos de mandato (até 19 a.C. ) subjugar tanto os cantábricos como os ástures, talvez conseguindo a conquista sangrenta de Mons Medullius na Galécia (talvez na área da atual Las Médulas.[2][3][4]. Provavelmente graças às suas vitórias militares, Fúrnio foi eleito cônsul ordinário em 17 a.C. juntamente com Caio Júnio Silano: os dois permaneceram no cargo durante todo o ano, presidindo também os Jogos seculares.[5] Furnius morreu, segundo o depoimento de Jerónimo, antes de seu pai, mas não se sabe quando aconteceu, mas depois do seu consulado Furnius desaparece da história.[6].


Cônsul do Império Romano
Precedido por:
Públio Cornélio Lêntulo Marcelino

com Cneu Cornélio Lêntulo

Caio Fúrnio
17 a.C.

com Caio Júnio Silano

Sucedido por:
Lúcio Domício Enobarbo

com Públio Cornélio Cipião
com Lúcio Tário Rufo (suf.)


Referências

  1. Sêneca, o Jovem, De Beneficiis ii. 25.
  2. «Pedro Barceló, s.v. Mons Medullius, in Der Neue Pauly» 
  3. Dião Cássio, História romana, LIV, 5, 1-3. Floro (Epitome, II, 33, 51), e Paulo Orósio (Historiarum adversus paganos libri septem, VI, 21, 6).
  4. Ronald Syme, Roman Papers, II, Oxford, Clarendon Press, 1979, capitolo LIX (pp. 825-854).
  5. Res Gestae Divi Augusti, 22; Dião Cássio, História romana, LIV, 18, 1; CIL VI, 32324.
  6. Jerónimo, Chronicon, p. 159 H (anno 37 a.C.); cfr. Tácito, Diálogo dos Oradores, 21.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]