Camille K

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Camille K
Camille K
Nome completo Carlos Alves
Nascimento 7 de setembro de 1945
Rio de Janeiro, RJ
Nacionalidade brasileira
Morte 12 de fevereiro de 2024 (78 anos)
Rio de Janeiro, RJ
Ocupação Atriz
Atividade Década de 60–2024

Camille K, nascida com o nome de Carlos Alves (Rio de Janeiro, 7 de setembro de 1945 — Rio de Janeiro, 12 de fevereiro de 2024) foi uma atriz brasileira. Camille K começou a atender por esse nome na década de 60 quando se descobriu uma mulher trans. Além de atriz, também era cabeleireira e empresária, residia em Copacabana, no Rio de Janeiro, permanecendo casada desde 2005.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Década de 1960[editar | editar código-fonte]

No final dos anos 60, inaugurou o seu segundo salão de beleza — Carlinhos I (1.°) Coiffeur, localizado no Hotel Savoy na avenida Nossa Senhora de Copacabana, em Copacabana, no Rio de Janeiro. Após amizade com os colunistas Ibrahim Sued e Nina Chaves conquistou a sociedade carioca.

Década de 1970[editar | editar código-fonte]

Nos anos 70, já assumindo o figurino feminino, deu início a carreira de atriz de teatro. Em 1972, fez o primeiro show, na Boate Carrossel, onde apresentou o show e também cantava repertório variado. No mesmo ano, estreia um show no Teatro Rival sob direção de Yang (Companhia Walter Pinto) cantando repertório de Marlene.

Em 1973, fez a peça “As bonecas Também Podem” no Teatro Brigitte Blair sob a direção de Ciro Barcelos.

Em 1974, fez apresentações na Boate Gaivota (Barra da Tijuca) cantando repertório de Marlene como cover da mesma Boite ZigZag (Leblon), estando nesta por volta de dois anos cantando repertório de Marlene e realizando quatro autoproduções com repertório musical variado. Tendo a participação de Isolda Cresta (atriz) em uma dessas.

em 1975, passa a fazer parte da Companhia Teatral Brigitte Blair, estando contratada por dez anos, atuando em diversas produções da casa.

Década de 1980[editar | editar código-fonte]

Nos anos 80, se alternando entre o salão de beleza e os palcos de teatro, em paralelo abre uma boate, a Boate Shinity na Zona Sul do Rio, em Botafogo. Estrelas como Elba Ramalho e Emílio Santiago chegaram a se apresentar na casa. Em 1985, deixou a Companhia Teatral Brigitte Blair e estreia a peça “As Panteras do Posto 6” no Teatro Alaska, em Copacabana. No mesmo ano, passa a integrar o elenco do show “Os Leopardos” ao lado de Eloyna (apresentadora e produtora do show).

Em 1986, se autoproduz e dirige no show “O Samba Rasgado” que tem sua estreia no Teatro Tereza Raquel, em Copacabana. Havendo várias apresentações deste mesmo show em outros espaços do Rio de Janeiro, tendo se encerrado em 1990.

Década de 1990[editar | editar código-fonte]

Em 1992, foi convidada por Miguel Falabella a participar da peça “O Coração do Brasil”, esteve em cartaz por dois anos viajando por diversos estados brasileiros. Miguel recorre às suas memórias da adolescência, ambientando a história da peça no Cinema Itamar da Ilha do Governador, local onde o autor passou boa parte da sua infância e adolescência.[1] no elenco estavam também: Maria Padilha, Thales Pan Chacon, Analu Prestes, Stella Freitas, Renato Reston e Jacqueline Laurence.

Em 1995, novamente é convidada por Miguel Falabella a interpretar, desta vez um papel mais expressivo, na peça "A Pequena Mártir de Cristo Rei". Camille da vida a mártir Gilda, uma transexual, que se interna em uma clínica para realizar mudança de sexo, lá se depara com a madre superiora Mamére (Débora Duarte), juntamente com a chefe da psiquiatria, Drª. Úrsula (Scarlet Moon) e Rômulo (Edson Fieschi), que formam uma quadrilha de torturadores. Remo (Leonardo Vieira), neto de dona Prudência (Eva Todor), também sofre nas mãos da gangue, que no fim se descobre sobrinho de Gilda amparando-a após ser alvejada por tiros disparados pela Drª. Úrsula. Tássia Camargo interpreta a enfermeira Elizete,[2] escrita por Maria Carmem Barbosa e Miguel Falabella e direção de Miguel Falabella.

Década de 2000[editar | editar código-fonte]

Em 2004, convidada por Jane di Castro, a participar do show "Divinas Divas" ao lado de Rogéria, Valéria, Marquesa, Brigitte de Búzios, Fugika de Holiday e Eloyna dos Leopardos. Na década seguinte, Leandra Leal (atriz e produtora) registra seus 50 anos de carreira no documentário Divinas Divas[3] que estreou nos cinemas, em 2016.

Morte[editar | editar código-fonte]

A atriz morreu em 12 de fevereiro de 2024, aos 78 anos de idade, no Rio de Janeiro.[4] A causa da morte não foi divulgada.[5]

Presente nos livros[editar | editar código-fonte]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Teatro, No Coração do Brasil, http://teatropedia.com
  2. Miguel Falabella - Eva Todor e Camille K, Peça, http://miguelfalabella.com
  3. 13 e 14/12 - Filmagem do documentário Divinas Divinas, de Leandro Leal. Teatro Rival
  4. «Morre Camille K, atriz de Divinas Divas e musa de Miguel Falabella | Metrópoles». www.metropoles.com. 12 de fevereiro de 2024. Consultado em 13 de fevereiro de 2024 
  5. «Camille K, ícone da comunidade LGBT, morre aos 78 anos». UOL. 12 de fevereiro de 2024. Consultado em 13 de fevereiro de 2024 
  6. Emiliano Queiroz, de Maria Leticia Na Sobremesa da Vida, Imprensa Oficial
  7. Isolda Cresta - de Luis Sergio Lima e Silva Zozô Vulcão, Imprensa Oficial
  8. Maria Carmem Barbosa e Miguel FalabellaQuerido Mundo e Outras Peças, Lacerda
  9. Cantora Marlene, de Diana Aragão A Incomparável, Imprensa Oficial

Ligações externas[editar | editar código-fonte]