Canal Contemporâneo

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O Canal Contemporâneo é uma publicação digital e uma comunidade virtual focado em arte contemporânea brasileira.[1][2] Criado pela artista brasileira Patricia Canetti,[3][4] o sítio entrou no ar e enviou o primeiro convite eletrônico, precursor do seu informativo – e-nformes, em 1º de dezembro de 2000.[5] Todas as edições publicadas desde então - mais de 1.800 - estão arquivadas online e podem ser acessadas via buscadores.

As várias seções do sítio do Canal Contemporâneo reúnem informações sobre eventos (exposições, salões e prêmios de arte, cursos, seminários), imagens de obras de arte e textos críticos e teóricos, que são enviados pela coletividade de arte e selecionados, editados e publicados pela equipe do Canal Contemporâneo. Artigos sobre arte contemporânea e políticas públicas de cultura, de revistas e jornais brasileiros – Diário de Pernambuco, Diário do Nordeste, Folha de S. Paulo, Jornal do Brasil, Isto É, O Estado de S. Paulo, O Globo, O Povo, entre outros –, são republicados gerando discussões[6][7] e mobilizações[8] políticas de interesse da área. Todo esse processo colaborativo armazenado e divulgado formam a memória coletiva atual do meio de arte contemporânea brasileiro. A atuação política,[9] ou ativismo artístico, mobilizou a comunidade em episódios com resultados historicamente importantes como no caso da construção do museu Guggenheim no Rio de Janeiro[10][11][12] e a legitimação das artes tecnológicas no Ministério da Cultura (Brasil).[13][14]

O Canal Contemporâneo fez sua estreia em exposições em 2004, participando de "Hiper Relações eletro / Digitais",[15] com curadoria de Daniela Bousso para o Prêmio Sergio Motta de Arte e Tecnologia, no Santander Cultural, em Porto Alegre, com o trabalho "Quebra de Padrão", e da mostra "Tudo Aquilo Que Escapa",[16] com curadoria de Cristiana Tejo, no âmbito do 46º Salão de Artes Plásticas de Pernambuco, no Museu do Estado, em Recife, com a obra "Para que servem os salões?". Em 2007, participou da Documenta 12 magazines,[17] com a colaboração de diversos trabalhos artísticos e teóricos da comunidade, e foi convidado a participar da semana "Paper and Pixel"[18][19] em Kassel, na Alemanha, durante a 12ª edição da Documenta em julho do mesmo ano.

O Canal Contemporâneo é sustentado desde 2002 por contribuições de associados – usuários (artistas, críticos, curadores, pesquisadores, professores, estudantes, jornalistas, museólogos, gestores de instituições culturais, colecionadores, marchands) e organismos (galerias, produtoras, museus, espaços culturais, prêmios, empresas patrocinadoras). Foi patrocinado pela Petrobras entre 2005[20] e 2013, com o apoio da Lei de Incentivo à Cultura do MinC.

Referências

  1. «ARCO8_Brasil - Revistas e portais de arte contemporânea: Canal Contemporâneo». Ministério da Cultura (Brasil). 2007. Consultado em 5 de agosto de 2010 
  2. Juliana Monachesi Ribeiro (2006). «Quebra de Padrão: novos parâmetros para a crítica de arte no contexto da cultura digital». Sapientia PUC-SP. Consultado em 5 de agosto de 2010 
  3. «Petrobras e a Difusão da Cultura na Internet - Projetos: Canal Contemporâneo». Petrobras. Consultado em 5 de agosto de 2010 
  4. «Visuais e livreiros debatem». O Estado de S. Paulo. 5 de agosto de 2010. Consultado em 5 de agosto de 2010 
  5. «E-nforme: lançamento livro Marcus André - Pinturas». Canal Contemporâneo. 1 de dezembro de 2000. Consultado em 5 de agosto de 2010 
  6. Fabio Cypriano (4 de maio de 2009). «"Panorama estrangeiro" é atacado na web». Folha de S. Paulo. Consultado em 5 de agosto de 2010 
  7. Fabio Cypriano (6 de maio de 2009). «"Panorama estrangeiro" é atacado na web». Folha de S. Paulo em Como atiçar a brasa. Consultado em 5 de agosto de 2010 
  8. «ABAIXO-ASSINADO - Mobilização pela arte tecnológica». Tecnopolíticas. 19 de março de 2004. Consultado em 5 de agosto de 2010 
  9. Juliana Monachesi Ribeiro (5 de janeiro de 2007). «A internet como instrumento de ação política: entrevista com Patrícia Canetti». Fórum Permanente. Consultado em 5 de agosto de 2010 
  10. «Museu Guggenheim será construído no Rio». CMI Brasil. 18 de março de 2003. Consultado em 5 de agosto de 2010 
  11. Gustavo Barreto (16 de março de 2003). «Debate discute projeto Guggenheim Rio». CMI Brasil. Consultado em 5 de agosto de 2010 
  12. Luiz Orlando Carneiro (24 de julho de 2003). «Mantida liminar contra museu». Jornal do Brasil. Consultado em 5 de agosto de 2010 
  13. Arnaldo Bloch (4 de abril de 2004). «Arte é tudo. É?». O Globo em Tecnopolíticas. Consultado em 5 de agosto de 2010 
  14. Gilberto de Abreu (4 de abril de 2004). «Por uma lei menos burocrática». Jornal do Brasil em Tecnopolíticas. Consultado em 5 de agosto de 2010 
  15. «hiper - relações eletrodigitais». Santander Cultural. Consultado em 6 de agosto de 2010 
  16. «E-nforme: PE Especial 46° Salão de Artes Plásticas de Pernambuco: Para que servem os salões? / Tudo aquilo que escapa no Cícero Dias». Canal Contemporâneo. 2 de dezembro de 2004. Consultado em 7 de agosto de 2010 
  17. Sílvia Guerra (14 de fevereiro de 2007). «Um manifesto pela turbulência - entrevista com Georg Schöllhammer». Arte Capital. Consultado em 6 de agosto de 2010 
  18. Alessandro Ludovico (18 de julho de 2007). «Paper and Pixel: internal meeting report». LabforCulture.org (em inglês). Consultado em 6 de agosto de 2010 
  19. Nat Muller (20 de julho de 2007). «Report on Processual Aesthetics – Processual Editing: Net-working». LabforCulture.org (em inglês). Consultado em 6 de agosto de 2010 
  20. «Difusão da Cultura na Internet - Agenda Canal Contemporâneo». Petrobras Memória Cultural 2000-2008. Consultado em 5 de agosto de 2010 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]