Capitalismo púrpura

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A venda de t-shirts com slogans feministas é criticada porque a maioria da produção têxtil a nível mundial é realizada por mulheres de países do sul global em condições de exploração trabalhista.[1][2]

O capitalismo púrpura, lilás, roxo ou capitalismo feminista é um termo utilizado para designar, através de uma perspectiva crítica, a incorporação de discursos da vertente liberal do movimento feminista ao capitalismo e à economia de mercado.[3][4][5][6]

As críticas se baseiam, por um lado, em que a integração das mulheres no mercado de trabalho não significou uma mudança do modelo socioeconômico para um mais horizontal e igualitario, no qual persistem disparidades salariais[7] e o trabalho de cuidados não foi distribuído e continua a ser assumido maioritariamente por mulheres.[8]

Por outro lado, questiona-se também como o feminismo se instrumentaliza para vender produtos (como roupas ou música), perdendo seu sentido políticomoda para se tornar apenas numa moda que não questiona como esses produtos foram produzidos e que exclui à maioria da população do planeta.[1][9]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b Sansón, Daniela. «La ciencia económica se olvidó de las mujeres». PeriFéricas: Escuela de feminismos alternativos (em espanhol) 
  2. Bardaji Goikoetxea, Itziar (6 de março de 2019). «De feminismos y gaztetxes». Pikara Magazine (em espanhol) 
  3. Ehrlich, Howard J. (1996). Reinventing Anarchy, Again (em inglês). [S.l.]: AK Press 
  4. Loe, Meika (1999). «Feminism for Sale: Case Study of a Pro-Sex Feminist Business». Gender and Society (em inglês) 
  5. Vivancos Núñez, Beatriz. «Marchas nocturnas 24N. Burgos (2017 - 2018)» (em espanhol) 
  6. «¿Se come el capitalismo a las revoluciones?». RTVE (em espanhol). 17 de novembro de 2020 
  7. «A falácia do capitalismo feminista: paridade entre gêneros levará mais 257 anos para ser atingida». Esquerda Diario. 17 de dezembro de 2019 
  8. En la espiral de la energía. Colapso del capitalismo global y civilizatorio (PDF) (em espanhol). [S.l.: s.n.] ISBN 978-84-947850-7-8 
  9. «Ernesto Castro: «El trap es un fenómeno de gente que quiere volver a sentirse joven»». Yorokobu (em espanhol). 1 de outubro de 2019 
Ícone de esboço Este artigo sobre feminismo é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.