Carajás (proposta de unidade federativa)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O Carajás é uma proposta separatista para uma nova unidade federativa do Brasil, que seria fruto do desmembramento do Pará.[1][2] A região abrange uma população de aproximadamente 1,7 milhão de habitantes,[3] e 289 799 km² de área.

Se emancipado, Carajás seria o nono maior estado em termos territoriais, com 39 municípios e 18% dos eleitores do estado do Pará. Seria também maior do que países como Portugal, Uruguai e Equador. Somente 11,04% de sua população são paraenses, o restante da população migrou de todo o Brasil, sendo que os maranhenses, goianos, tocantinenses e mineiros juntos representam quase 69% da população total da região.[4] A capital do novo estado seria a cidade de Marabá, que possui atualmente 283.542 habitantes (IBGE 2020).[5] A região proposta é marcada por graves conflitos agrários que geram muitos entraves sociais para o desenvolvimento local.[6] Carajás teria um PIB que corresponde a aproximadamente 28% do PIB do Pará.[7]

Em 11 de dezembro de 2011 foi realizado um Plebiscito sobre a divisão do estado do Pará em dois novos estados: o Carajás e Tapajós. Esse plebiscito realizado com os eleitores de todo o Pará, teve como resultado a rejeição da criação de ambos os estados.[8] Contudo, mesmo após a derrota, o movimento separatista continua em atividade pleiteando separação do Pará.[9]

Antecedentes[editar | editar código-fonte]

O primeiro projeto de redivisão territorial que englobava a região de Carajás foi desenvolvido em 1661 pelo Padre Antônio Vieira e outros intelectuais lusitanos. O projeto que Vieira elaborou reformulava territorialmente todo o Brasil Colônia, incluindo a criação de novas comarcas no Estado do Maranhão. Entre as comarcas propostas por Vieira, estava a do Araguaya, que correspondia ao atual sul do Pará. Segundo o projeto de Vieira, essas comarcas viram futuramente a se tornar capitanias/províncias, e seriam responsáveis por corrigir os vazios demográficos da colônia.[10]

Entretanto tradicionalmente se considera que as origens do movimento de emancipação local datam do início do século XIX. Neste período os movimentos centravam-se na proposta de emancipação conjunta de algumas regiões do centro-norte brasileiro. No caso de Carajás, as propostas iniciais tinham o objetivo de separar o sul da capitania do Grão-Pará e ao mesmo tempo anexá-la a capitania de Goiás, ou formar junto com a porção norte do território de Goiás a província de São João das Duas Barras. Outros projetos incluíam o sul da capitania do Maranhão à proposta de emancipação.[11]

Projeto de São João das Duas Barras[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: São João das Duas Barras

A primeira tentativa de colonização e emancipação da região, patrocinada pelo Estado aconteceu em 1808. Dom João VI, a pedido do ouvidor Joaquim Theotônio Segurado,[12] implantou uma nova estrutura organizacional para administrar as capitanias do Brasil.[13] A capitania de Goiás foi descentralizada com criação de uma nova capitania, São João das Duas Barras, desvinculando politicamente e administrativamente a região norte da comarca de Vila Boa de Goyaz, até então a única existente em toda a capitania.[14]

Para essa nova capitania o príncipe regente determinou que fosse criada uma freguesia para ser a sede, com status de "capital da capitania-comarca". No despacho de criação da capitania de São João das Duas Barras, Dom João VI, tacitamente delimita o local para a construção da sede, escolhendo "a barra do rio Tacay-Una com o Tocantins", onde atualmente se assenta a cidade de Marabá.[15][16]

Em 1808 uma comissão composta por engenheiros militares e cartógrafos, é destacada sob as ordens de Segurado para dar providências a construção da capital da capitania. Após a construção do núcleo da povoação, a freguesia de Barra do Tacay-Una (Marabá) funciona como sede até 1810,[17] quando por motivos políticos e geográficos, perde o título de freguesia e é abandonada.[18] Em medos de 1810 a sede da capitania passa a ser então a Vila de Palma (atual Paranã)[19]

Em 1814 São João das Duas Barras perde o status de capitania, restando somente a condição de comarca, sendo novamente vinculada a capitania de Goiás[20] O objetivo final era a conversão futura e definitiva de São João das Duas Barras em uma capitania do Reino de Portugal. Como houve insucesso neste primeiro protótipo, criou-se grande resistência a criação de novas províncias ou territórios no Brasil, retardando assim os projetos de criação do Tocantins (hoje estado, e seu maior herdeiro) e do Carajás.[21]

Reunião das cortes de Lisboa – 1821/1822[editar | editar código-fonte]

As Cortes Constituintes reunidas em Lisboa, onde J.T. Segurado tentou aprovar o projeto que criava a província de São João da Palma. Tela por Oscar Pereira da Silva.

Desde a perda do status de capitania em 1814, o projeto de São João das Duas Barras permaneceu ativo, ganhou força e apelo popular.[22]

Em 1821 por influência principalmente de Teotônio Segurado a região declarou autonomia em relação a Goiás, formando o Governo Provisório da Província de São João da Palma. Neste ato, Segurado anexou o sul do Grão-Pará, e o vinculou administrativamente a comarca de Vila de Palma.[23]

Segurado foi um dos parlamentares brasileiros eleitos para a Constituinte Extraordinária das Cortes Reunidas de Brasil, Portugal e Algarves representando a província de Goiás. Segue para Lisboa em 1821 com o projeto de criação de São João da Palma. Esperava obter o aval para a criação da província nesta corte.[24]

Com os desdobramentos de 1822, que culminaram na independência do Brasil, proclamada em 7 de setembro deste mesmo ano, e a posterior Guerra de Independência do Brasil, Segurado fica sem suporte político, pois era político rival dos grupos pró-independência do Brasil.[25] Como a maioria dos líderes políticos da Província de São João da Palma eram alinhados a corte portuguesa, o projeto de criação da província é arquivado, sendo seus líderes perseguidos, e afastados da vida pública.

Província de Boa Vista[editar | editar código-fonte]

Após um período de arrefecimento político, entre 1873 e 1879 é retomada a discussão acerca da emancipação das regiões norte de Goiás e sul do Grão-Pará por influência do Visconde de Taunay, sob o nome de Província de Boa Vista. Em 1891 o coronel Carlos Leitão também propõe a criação da província de Boa Vista com os dois territórios, mas devido a desentendimentos políticos que levariam a primeira revolta de Boa Vista, o projeto é novamente abandonado.[22]

A declaração de Marabá (1908)[editar | editar código-fonte]

A primeira reivindicação ocorreu quando a população dos vilarejos da região sul Grão-Pará, reclamavam da falta de assistência do Estado.[nota 1] Os moradores da região se sentiam mais próximos do Goiás e do Maranhão do que do estado do Grão-Pará.[26]

A desistência de Goiás, e a criação dos municípios de São João do Araguaia (1908), Conceição do Araguaia (1908) e Marabá (1913), encerram definitivamente as pretensões de anexação do desta porção do Grão-Pará pelo Goiás.[27]

Primeira proposta independente[editar | editar código-fonte]

Em 1910 surge a primeira proposta de redivisão territorial, em que o território desta englobava somente a região de Carajás. O projeto denominava-se "Estado do Itacaiunas",[nota 2] e foi desenvolvido após a fracassada tentativa de anexação ao Goiás.[28]

Os políticos da região sul do Grão-Pará liderados por Maia, elaboraram o projeto e o enviaram ao legislativo estadual em Belém, e também o apresentaram ao Congresso Nacional no Rio de Janeiro. O projeto chegou a passar pela comissão de finanças do congresso nacional, entretanto não sendo aprovado, foi arquivado.[28]

De 1920 a 1960[editar | editar código-fonte]

Entre as décadas de 1920 e 1940 o movimento sofreu com sua desmobilização. Somente ressurgiu quando a região estabeleceu maior contato e interação com outras regiões do território nacional, especialmente após a abertura dos primeiros aeroportos da região. Neste período a principal figura a influenciar o movimento local foi Lysias Rodrigues.[28]

Esta primeira proposta encontrou forte resistência dos políticos dos estados que deveriam se separar. Rodrigues então fragmentou a proposta e novamente a apresentou a Getúlio Vargas em 1945. A nova proposta era composta por três estados: o Araguaia (sul do Pará); Maranhão do Sul (sul e sudoeste do Maranhão); e o Tocantins (norte de Goiás).[28]

Guerrilha do Araguaia[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Guerrilha do Araguaia
Sede do fórum regional em Marabá, provável capital de Carajás.

Em 1969, a região passou a abrigar guerrilheiros do PC do B, que objetivavam, montar uma guerrilha na região para combater o regime militar instalado no Golpe de 1964. Os guerrilheiros eram cientes de que a região não tinha acesso aos serviços públicos essenciais, e levavam à população local, atendimento médico e educacional, a fim de conquistar o apoio local. A região por fim se transformou no palco da Guerrilha do Araguaia, que foi derrotada pela ditadura militar.[26]

De 1970 a 2010[editar | editar código-fonte]

Mesmo com as obras federais de integração da Amazônia durante o regime militar, e a intensa atividade garimpeira, a região sempre "ficou a margem" do desenvolvimento do estado. Entre os anos de 1973 e 1988 com o fortalecimento dos movimentos emancipacionistas do Tocantins e Mato Grosso do Sul, a região volta reclamar sua emancipação, criando o Movimento Pró-Carajás.[27]

Na década de 1970 ocorre a primeira mudança no movimento emancipatório regional. Ressurgem os movimentos organizados que discutiam a emancipação local. Os dois primeiros e principais movimentos a surgirem foram a "Frente Pró-Carajás", que se converteu mais tarde na "Comissão Brandão – pró-emancipação do estado do Carajás", e a Associação dos Municípios do Araguaia, Tocantins e Carajás, que acabou por desenhar o mapa político do estado proposto, pois a partir da filiação dos municípios a esta associação, estes (os municípios) acabavam por aderir ao movimento de forma automática.[28]

Outra mudança de destaque se deu no nome da proposta, que abandona o "Itacaiunas" e adota o "Carajás", que se inseria no novo contexto de ocupação socioeconômica da região.[28]

Em 1992, o líder da Comissão Brandão – pró-emancipação do estado do Carajás, o deputado Giovanni Queiroz, apresentou à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara o projeto de decreto legislativo, nº 159-A, propondo a realização de plebiscito nos municípios que compõem a área do estado do Carajás. Em 4 de novembro do mesmo ano a comissão opinou unanimemente, aprovando o referido decreto. Embora aprovado o plebiscito não foi realizado posto que o congresso até maio de 1995 não havia se manifestado a respeito.[29]

Líderes separatistas apresentando a proposta no Congresso Nacional

Em março de 2007, o senador Leomar Quintanilha, protocolou no Senado Federal um projeto propondo a realização do plebiscito para a criação do estado de Carajás.[30] De março a julho de 2007, o projeto tramitou em todas as comissões. O projeto só foi aprovado no plenário do Senado em dezembro de 2009. Depois foi para a Câmara para ser referendado como projeto de decreto legislativo de 2009, acompanhado de requerimento de urgência, que foi aprovado no dia 14 de abril.

Movimento na atualidade[editar | editar código-fonte]

A Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional aprovou no dia 24 de março de 2010 o projeto de convocação do plebiscito sobre a divisão do Pará para criação de Carajás, ao sudeste do estado. No plebiscito sobre a criação do novo estado, previsto no PDC 2300/09, devem ser consultados os cidadãos de todos os 143 municípios paraenses.[31]

Na Câmara, depois da aprovação na comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional, o projeto seguiu para as comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Por fim, foram analisados pelo plenário do congresso,[32] que no dia 5 de maio de 2011 aprovou um decreto legislativo, que autorizou a realização da consulta popular (plebiscito) em todo o estado do Pará sobre a criação do um novo estado (o projeto sobre a consulta de Tapajós foi votada nos dias seguintes).[33] A consulta está marcada para ser realizada no dia 11 de dezembro de 2011, e as companhas na mídia, dos comitês "pró" e "contra" a divisão do estado, começaram em setembro do mesmo ano.[34]

Plebiscito[editar | editar código-fonte]

Cartaz com incentivo à divisão do estado no povoado de Ladeira Vermelha (São Félix do Xingu) em 2011.

No período que se seguiu a aprovação do plebiscito no congresso, se realizaram intensos debates sobre a proposta tendo como foco o esclarecimento e o convencimento, tanto a favor do projeto, quanto contra. Em 11 de novembro iniciou-se a propaganda gratuita no rádio e na televisão sobre o plebiscito no estado do Pará, conforme determina a Resolução nº 23.354/2011 aprovada pelo TSE.[35] O período de propaganda foi encerrado no dia 7 de dezembro, três dias antes do Plebiscito.[36]

A consulta plebiscitária ocorreu em 11 de dezembro de 2011, sendo que o projeto de divisão foi rejeitado nas urnas com ampla margem de diferença. Na capital do estado, Belém, o não à criação do estado de Carajás foi de 94,87%. Já na possível capital do novo estado, Marabá, o apoio à divisão do Pará foi maciço. Em Marabá, 93,26% dos votos foram favoráveis à criação de Carajás e 92,93% a favor da criação de Tapajós, que também se consultava no escrutínio.[37]

Pós-plebiscito[editar | editar código-fonte]

Como esperado pelos cientistas políticos, o movimento de emancipação de Carajás não se findou com o resultado negativo no plebiscito[9], e acabou por criar mais animosidades entre a região separatista e a região de Belém.[38] Novos meios de pleitear a emancipação surgiram, entre elas o Projeto de Lei de Iniciativa Popular (PLIP), que prevê a coleta de assinaturas objetivando a elaboração de Projeto de Lei de criação de um novo estado.[39]

Demografia[editar | editar código-fonte]

Em 2009 somente 11,04% de sua população eram paraenses, o restante da população migrou de todo o Brasil, sendo que os maranhenses, tocantinenses, goianos, piauienses e mineiros juntos representam aproximadamente 69% da população total da região.[4]

Notas e referências

Notas

  1. Estado neste caso é sinônimo de entidade nacional, união e nação
  2. O projeto repartia o sul do Grão-Pará em três estados: Karambus ao norte; Itacauinas ao centro; e Gradaús ao sul

Referências

  1. «Após votação, revolta e luto marcam regiões separatistas do Pará». Ultimo Segundo 
  2. «Separatistas do Pará querem mudar a capital do Estado». D24am 
  3. «Criação de novos Estados no Brasil». Portal Estado do Carajás 
  4. a b «Estado de Carajás sacode Belém». Agência Amazônia de Notícias 
  5. «Censo Populacional 2010». Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  6. «Mais um camponês é assassinado no Pará». Correio do Brasil. Consultado em 8 de setembro de 2011 
  7. «Plebiscito da divisão do Pará repercute pelo país». Diário do Pará. Consultado em 9 de maio de 2011 
  8. «Em plebiscito, eleitores do Pará rejeitam a divisão do estado». G1 
  9. a b «O "sim" à divisão do Pará perdeu, mas, sem investimentos e atenção ao interior, movimento separatista vai se intensificar, alerta professor.». Veja Online 
  10. «História». DNO 
  11. «Fundamentos para Criação do Estado de Carajás» (PDF). SIM 77 
  12. Joaquim Teotônio Segurado (1982). Memória Econômica e Política sobre o comércio ativo da Capitania de Goiás ‘’in’’ Memórias Goianas. 1. Goiânia: Centauro. p. 38 
  13. «Criação da Comarca do Norte – 1809». Secretaria da Cultura-TO 
  14. «Entre o jornalismo e o marketing político: a cobertura política do jornal do Tocantins nas eleições municipais de Palmas em 2008.» (PDF). UFRGS 
  15. «Motivos que levaram Dom João a escolher a barra do Itacaiúnas». Portal CT 
  16. «Coleção das Leis do Brazil de 1809» (PDF). Portal Câmara/Acervo da Bibliotheta da Câmara dos Deputados 
  17. DA SILVA, Camillo Lellis. (março de 1865). «Diário da viagem feita pelos sertões de Guarapuava ao Rio Paranan.». Revista trimestral do Instituto Histórico e Geographico e Ethnographico do Brazil. Consultado em 3 de junho de 2013 
  18. «18 de Março – Luiz de Carvalho». Portal Aqui 
  19. «História». DNO 
  20. «Separações: A criação do Tocantins» 
  21. «A barra do "Tacay-Una"». A Notícia 
  22. a b MARTINS, Mário Ribeiro. «Tocantinenses, Tocantins». Usina de Letras 
  23. LIMA, André Nicácio. «Entre Goias e a Palma: a disputa provincial» 
  24. «Criação da Comarca do Norte – 1808». Governo do Tocantins 
  25. «O movimento da independência». Biblioteca Virtual 
  26. a b «História». Portal Estado do Carajás. Consultado em 13 de setembro de 2011 
  27. a b RIBEIRO, Laércio. «Agora é Carajás». Foco Carajás (7). 60 páginas. Consultado em 18 de setembro de 2011 
  28. a b c d e f COSTA, Célio (2011). Assimetrias Regionais no Brasil – Fundamentos Para a Criação do Estado de Carajás. [S.l.]: Ocelivros. 415 páginas 
  29. MARTINS, Hebert Toledo. (2001). A Fragmentação do Território Brasileiro: a criação de novos estados no Brasil. Salvador: Caderno CRH 
  30. «Divisão do Pará: separatismo em debate». Diário Online 
  31. «Comissão aprova plebiscitos sobre criação de estados na área do PA. 25/03/10.». Portal Estado do Carajás 
  32. «PDC 159 / 1992». eCâmara 
  33. «Senado aprova plebiscito para criação do estado do Tapajós». Correio Brasiliense. Consultado em 8 de setembro de 2011 
  34. «STF define quem votará em plebiscitos sobre divisão de estados». Portal G1. Consultado em 8 de setembro de 2011 
  35. «PA: começa propaganda por plebiscito no rádio e na TV». Portal Terra 
  36. «Na reta final, separatistas ficam sem tempo no rádio e na TV». Ultimo Segundo 
  37. «'Sim' vence em cidades que seriam capitais de Tapajós e Carajás». Portal G1 
  38. «Rivalidade e indiferença marcam plebiscito no Pará». Ultimo Segundo 
  39. «Temporalidade e o PLIP». Sim Carajás 

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]