Carlos Cardinal

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Carlos Cardinal
Nascimento 1 de março de 1950 (74 anos)
São Luiz Gonzaga
Cidadania Brasil
Ocupação político

Carlos Cardinal de Oliveira (São Luiz Gonzaga, 1º de março de 1950) é um produtor rural e político brasileiro. Exerceu o mandato de deputado federal constituinte em 1988. Filho de Leoveral de Sousa Oliveira e de Vivaldina Cardinal Oliveira.[1]

Durante o ginásio, estudou no Colégio Miguel Fernandes em Bossoroca, no Rio Grande do Sul, e o secundário no Instituto Porto Alegre, na capital gaúcha, concluindo em 1968. Depois entrou na Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria, finalizando o curso em 1973.[2]

Carreira Política[editar | editar código-fonte]

Em 1978, filiou-se ao partido de oposição à ditadura militar, chamado Movimento Democrático Brasileiro (MDB).[2]

Em 1979, tornou-se secretário municipal de Agricultura em São Luiz Gonzaga e logo depois foi para Porto Alegre, para participar do governo de Amaral de Sousa (1979-1983), no qual foi secretário Estadual de Agricultura.[1]

Em novembro de 1979, com o fim do bipartidarismo, foi um dos fundadores do Partido Democrático Trabalhista (PDT) em sua cidade natal. E em 1980, foi nomeado o primeiro presidente do partido em São Luiz Gonzaga.[1]

Em 1982, foi presidente da União Missioneira do Trabalhismo no Rio Grande do Sul e foi candidato à prefeitura de São Luiz Gonzaga, mas não venceu as eleições.[1]

Em 1986, foi eleito deputado federal do PDT pelo Rio Grande do Sul. Tomou posse em 1987 junto ao início das atividades da Assembleia Nacional Constituinte (ANC), passando a ser membro titular da Subcomissão dos Estados e da Comissão da Organização do Estado.[1]

Em outubro de 1988, com a nova Carta Constitucional, passou a exercer o mandato ordinário e com isso tornou-se, em 1989, um dos vice-líderes da bancada do PDT.[1]

Em 1990, foi reeleito e em seu novo mandato, no qual era membro titular da Comissão de Agricultura e Política Rural, tentou incentivar a reforma agrária.[1]

Em maio de 1992, deixou o mandato para voltar a assumir a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Rio Grande do Sul durante o governo de Alceu Collares. Foi substituído por Jorge Uequed (PSDB) e nos meses de março e setembro de 1993 voltou à Câmara para participar de votações a cerca de temas do seu interesse.[1]

Em novembro de 1993, houve uma crise no governo gaúcho com denúncias de irregularidades praticadas por membros do Executivo estadual. O PCdoB e o PSDB manifestaram apoio à CPI para investigar Collares, e como represália o então governador exonerou Carlos Cardinal e o secretário Carrion Júnior, com o intuito de tirar da Câmara Jorge Uequed e Edson Silva (PCdoB), substituto de Carrion.[1]

Em sua volta à Câmara, foi novamente titular da Comissão de Agricultura e Política Rural e foi contrário ao voto facultativo e ao Fundo Social de Emergência (FSE). Entre os anos de 1991 e 1995, foi o deputado gaúcho com mais projetos de lei apresentados.[1]

Em 1994, foi reeleito deputado federal e em 1995 foi contrário às privatizações e à reforma do Estado propostas por Fernando Henrique Cardoso.[1]

Em 1996, foi renomeado titular da Comissão de Agricultura e Política Rural da Câmara pela quarta vez e votou a favor da criação da CPMF.[1]

Em 1997, foi contrário à emenda que concedeu aos prefeitos, governadores e presidente da República o direito de reeleição.[1]

Em janeiro de 1999, deixou a Câmara após tentar reeleição em 1998 pela coligação formada pelo PDT, PMN e PST, chamada Frente Trabalhista Rio-Grandense.[1]

Nas eleições de 2006, candidatou-se novamente, mas não foi eleito.[1]

Em 2008, perdeu a disputa pela presidência regional do PDT no Rio Grande do Sul para Romildo Bolzan Júnior.[1]

Referências

  1. a b c d e f g h i j k l m n o p «Carlos Cardinal - CPDOC». CPDOC. Consultado em 2 de janeiro de 2018 
  2. a b Brasil, CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação História Contemporânea do. «Carlos Cardinal de Oliveira | CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil». CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 26 de setembro de 2018