Carolina Motter Catarino

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Carolina Motter Catarino
Nascimento 1990
Curitiba
Cidadania Brasil
Alma mater
Ocupação cientista

Carolina Motter Catarino (Curitiba, 1990), é uma cientista brasileira. Ganhou destaque por suas pesquisas com bioimpressão 3D de pele humana para teste de cosméticos, tendo recebido o prêmio Lush em 2017 por sua pesquisa, e sendo considerado uma das 40 Rising Stars da comunidade latina de Nova Iorque em 2018.[1][2]

Carreira acadêmica[editar | editar código-fonte]

Durante a infância, Carolina tinha vontade de estudar moda, mas também sempre teve interesse pelas ciências.[3] Ao completar o Ensino Médio, no entanto, optou por estudar Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia na Universidade Federal do Paraná, e ainda na graduação fez um intercâmbio para a Universidade de Compiègne, no sul da França, em 2011. Fez estágio na L'Oréal em 2012, e trabalhou com pele humana reconstruída como alternativa aos testes com animais, quando percebeu que poderia ser cientista e continuar conectada ao mundo da moda através da indústria da beleza.[3][4] Depois de formada, fez mestrado em Farmácia na Universidade de São Paulo, quando desenvolveu um modelo de epiderme reconstituída in vitro feito na Faculdade de Ciências Farmacêuticas, com orientação da professora Silvya Stuchi, no Laboratório de Biologia da Pele.[5][6]

Em 2015, iniciou seu doutorado em Chemical & Biological Engineering no Instituto Politécnico Rensselaer (EUA) com bolsa do programa Ciência sem Fronteiras, do CNPq, e pretende concluir essa etapa da sua formação em 2020. No laboratório do prof. Pankaj Karande, realiza pesquisas em pele humana reconstituída em bioimpressoras 3D: utilizando-se amostras de células de pele humana, cria-se biotintas, com as quais imprime-se o tecido para ser utilizado em testes de de segurança e eficácia de substâncias usadas em produtos como maquiagens. Como a pele reconstruída in vitro tem fisiologia mais parecida com a humana, se comparado com outros animais usados para testes, essa tecnologia pode aumentar a segurança dos futuros usuários destes produtos, além de diminuir a exploração animal.[4][7]

Prêmios e publicações[editar | editar código-fonte]

Em 2017, Carolina recebeu o Lush Prize, concedido por uma empresa britânica de cosméticos, que promove cientistas que buscam formas de acabar com a necessidade de uso de animais em pesquisas envolvendo testes de produtos químicos.[4] Carolina foi laureada na categoria Jovem Investigadora, das Américas, ganhou um troféu em formato de lebre e 10 000 libras para suas pesquisas e sua formação.[8][9]

No ano seguinte, foi nomeada uma das 40 estrelas em ascensão com menos de 40 anos pela Hispanic Coalition NY, Inc.[2]

Recebeu também o Young Scientists Travel Award Short Presentations para participar do 9º World Congress on Alternatives and Animal Use in the Life Science, que ocorreu em Praga, República Tcheca, em 2014.[10]

Co-autorou um capítulo sobre a bioimpressão de tecidos humanos em livro da CRC Press.[11]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Alana Fonseca (16 de fevereiro de 2018). «Brasileira vira destaque internacional com projeto que substitui animais por pele 3D em testes com cosméticos». G1. Consultado em 19 de julho de 2019 
  2. a b «@HispCoalitionNY Announces NY's 40 Under 40 Rising Stars». Hispanic Coalition NY, Inc. 14 de novembro de 2018. Consultado em 22 de julho de 2019 
  3. a b «2018 Capital Region». Hispanic Coalition NY, Inc. 2018. Consultado em 22 de julho de 2019 
  4. a b c «Pele impressa em 3D pode substituir testes em animais». Coordenação de Comunicação Social do CNPq. 15 de maio de 2018. Consultado em 19 de julho de 2019 
  5. Comércio, Jornal do (17 de janeiro de 2018). «Pele 3D substitui animais em testes de cosméticos». Jornal do Comércio. Consultado em 19 de julho de 2019 
  6. Tatiana Merlino (25 de março de 2018). «"Precisamos de cada vez mais mulheres na ciência"». Carta Capital. Carta Capital. Consultado em 19 de julho de 2019. Arquivado do original em 24 de fevereiro de 2019 
  7. Júlio Bernardes (15 de janeiro de 2018). «Pele impressa em 3D substitui animais em teste de cosméticos». jornal.usp.br. Consultado em 19 de julho de 2019 
  8. «Winners of the 2017 Lush Prize awards». Lush Prize (em inglês). 2017. Consultado em 19 de julho de 2019 
  9. «Carolina Catarino Wins the "Young Researchers - America Lush Prize"». The Howard P. Isermann Department of Chemical and Biological Engineering. Consultado em 19 de julho de 2019. Cópia arquivada em 19 de julho de 2019 
  10. Wanda Lynch. «41 WC9 TRAVEL GRANTS AWARDED». WC 9 Prague (em inglês). Consultado em 19 de julho de 2019. Cópia arquivada em 25 de maio de 2015 
  11. Khademhosseini, Ali; Camci-Unal, Gulden (2018). 3D Bioprinting in Regenerative Engineering: Principles and Applications. [S.l.]: CRC Press. ISSN 9781138197176 Verifique |issn= (ajuda). Consultado em 19 de julho de 2019