Casa Literária do Arco do Cego
Casa Literária do Arco do Cego foi uma editora localizada em Lisboa, Portugal.
A editora funcionou entre 1799 a 1801 e suas produções, na grande maioria, eram livros técnicos de agricultura e negócios. As obras tratavam das principais culturas desenvolvidas ou possíveis de desenvolver no Brasil, buscando ampliar os conhecimentos técnicos locais.[1] Sua maior clientela era os livreiros cariocas e suas encomendas editoriais, na grande maioria, eram de brasileiros.[2]
A Arco do Cego foi comandada por um naturalista brasileiro, o frei José Mariano da Conceição Veloso. Mesmo sem formação em universidades europeias ou vínculo com a academia, ele lançou o livro Florae Fluminensis, que retratava a flora e a fauna principalmente da então província do Rio de Janeiro. Ainda antes de montar a Arco do Cego, Veloso já publicava obras científicas portuguesas e brasileiras, além de traduções de livros em inglês, francês e alemão. Com a editora em funcionamento, publicou mais de 80 obras, todas com grande sofisticação gráfica.[1] Além de editora, a Arco do Cego também funcionou como oficina de aprendizado de artes tipográficas e da gravura. O uso de imagens, aliás, era marcante na editora.[3]
Referências
- ↑ a b Wegner, Robert (2004). «Livros do Arco do Cego no Brasil Colonial» (PDF). Rio de Janeiro. História, Ciências, Saúde - Manguinhos. 11: 131-40
- ↑ Publicados no Brasil Caderno História - Jornal Gazeta do Povo - edição de 24 de abril de 2011
- ↑ «Tipografia do Arco do Cego». Biblioteca Nacional. Consultado em 16 de dezembro de 2018
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- A Casa Literária do Arco do Cego no site Tertúlia Bibliófila
- A Casa Literária do Arco do Cego no site Ciência em Portugal do Instituto Camões.
- TUDELA, Ana Paula; CAMPOS, Fernanda Maria Guedes de; CURTO, Diogo Ramada. A Casa Literária do Arco do Cego: bicentenário, (1799-1801): «sem livros não há instrução». Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda e Biblioteca Nacional, 1999. ISBN 972-565-282-7