Cenoura

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Flor de Daucus carota bravia
Flor de Daucus carota bravia
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Apiales
Família: Apiaceae
Género: Daucus
Espécie: D. carota
Nome binomial
Daucus carota
L.

Daucus carota subsp. sativus (etmologia: do latim tardio carōta, do grego καρωτόν karōton, originalmente da raiz Indo-Europeia raiz ker- (chifre), devido a sua forma) popularmente conhecido como cenoura, é uma planta da família das apiáceas conhecida e apreciada desde a época dos antigos gregos e romanos. O nome também designa a raiz dessa planta, raiz esta que é tuberosa, laranja, com uma textura lenhosa e comestível.

As cenouras são comidas cruas, inteiras, ou como parte de saladas, e são também cozidas em sopas e refogados. A parte folhosa da planta não é comida na maioria das culturas, mas é comestível.

As cenouras são grandes fontes de fibra dietética, antioxidantes, minerais e β-caroteno. Este último, responsável pela coloração alaranjada característica do vegetal, é uma provitamina A (substância que dá origem à vitamina A dentro de um organismo vivo). Ele ajuda o desempenho dos receptores da retina, melhorando a visão. Também ajuda a manter o bom estado da pele e das mucosas. É um antioxidante lipossolúvel que neutraliza os radicais livres, combinando-se diretamente com eles, o que aumenta a eficácia do sistema imunitário. A cenoura apresenta propriedades antissépticas e reguladoras da corrente sanguínea (CHEN ET AL., 1996). A vitamina A é essencial para o crescimento, desenvolvimento e manutenção do tecido epitelial e das membranas mucosas. Tem uma ação moderadora da produção de queratina e estimulante para o desenvolvimento e maturação das células epiteliais (BATISTUZZO; ITAYA; ETO, 2005). Os retinóides sistêmicos aumentam a síntese do colágeno e reduzem a produção da colagenose, inibindo a enzima que degrada o colágeno (ROSSO et al. 1975; BEACH; KENNEY, 1982 apud RUIZ et al.; 2006).

Cenouras

No ser humano, apenas cem gramas de cenoura é suficiente para suprir as necessidades diárias de vitamina A. As cenouras, originalmente, apareciam com cores púrpura, branca e amarela. A cenoura laranja, que é hoje sinônimo de cenoura, foi desenvolvida na Holanda como tributo a Guilherme I de Orange (orange significa "laranja") durante a guerra holandesa de independência da Espanha, no século XVI. Nunca se deve descascar uma cenoura, pois a parte mais nutritiva está justamente perto da superfície. Basta lavá-la e raspá-la. As maiores cenouras do mundo são obtidas tradicionalmente em Ohakune, na Nova Zelândia.

Produção no Brasil[editar | editar código-fonte]

O Brasil ocupava em 2016 o quinto lugar no ranking mundial, com uma produção anual próxima de 760 mil toneladas. Em relação às exportações deste produto ,o Brasil ocupa a sétima posição mundial. Minas Gerais e São Paulo são os 2 maiores produtores do Brasil. Entre os polos de produção em Minas Gerais, estão os municípios de São Gotardo, Santa Juliana e Carandaí. Em São Paulo, os municípios produtores são Piedade, Ibiúna e Mogi das Cruzes.[1]

Química[editar | editar código-fonte]

Os poliacetilenos podem ser encontrados em vegetais da família Apiaceae como as cenouras onde apresentam atividades citotóxicas. O falcarinol e o falcarindiol (cis-heptadeca-1,9-dieno-4,6-diyne-3,8-diol) são alguns destes compostos. Este último demonstra actividade antifungica contra Mycocentrospora acerina e Cladosporium cladosporioides. O falcarindiol é o principal composto responsável pela amargura das cenouras.

Valor nutricional[editar | editar código-fonte]

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Galeria[editar | editar código-fonte]

Referências

Fontes[editar | editar código-fonte]

  • CHEN, H.; PENG, H.; CHEN, B.Stability of carotenoids and vitamins A during storage of carrots. Food Chemistry, v 57 , n.4, p. 497-503, 1996.
  • J.A BATISTUZZO de; M. ITAYA; Y. ETO . Formulário Médico Farmacêutico. 2. ed. Editora: Tecnopress. São Paulo, 2005.
  • RUIZ; R.O de; FOZATI, D.J.M de; SANTOS, N.B dos; GONELLA, H.A Uso de ácido trans-retinóico em derme estudo experimental. Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba, v.8,n.3,p17-24,2006.
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