Cerco de Kut

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Cerco de Kut
Campanha da Mesopotâmia, Primeira Guerra Mundial

Oficiais ingleses e otomanos se reunindo após o cerco.
Data 7 de dezembro de 191529 de abril de 1916
Local Kut, Iraque
Desfecho Vitória otomana
Beligerantes
Reino Unido Império Britânico
Império Otomano
Comandantes
Reino Unido Charles Townshend (prisioneiro) Nureddin Paxá
Halil Kut
Colmar von Goltz (faleceu de tifo durante o cerco)
Forças
45 000 soldados 31 000 – 41 000 soldados
Baixas
~ 23 000 mortos ou feridos[1]
13 164 capturados, incluindo 6 generais[2]
~ 10 000 mortos ou feridos

O Cerco de Kut Al Amara (7 de dezembro de 191529 de abril de 1916), também conhecido como a Primeira Batalha de Kut, foi uma batalha travada na cidade de Kut, 160 km ao sul de Bagdá, travada entre tropas do Império Britânico e do Império Otomano como parte da Campanha da Mesopotâmia durante a Primeira Guerra Mundial.[3][4][5]

O cerco começou em dezembro de 1915, quando o exército britânico (formado por soldados do Reino Unido e da Índia) se refugiou em Kut após um confronto inconclusivo em Ctesiphon, Iraque. Foram seguidos pelo exército otomano, que cercou a região e tentou forçar a submissão da guarnição inimiga ao tomar posse das rotas de suprimentos e submetendo a cidade a bombardeios de artilharia diários. Tropas aliadas tentaram romper o cerco, mas não foram bem sucedidas. Ao fim de abril de 1916, após cinco meses de cerco, passando fome e exauridas, as forças britânicas se renderam aos otomanos. Esta é considerada uma das maiores capitulações da história das forças armadas do Reino Unido. Contudo, seu valor estratégico acabou não sendo muito grande e não alterou o curso da Campanha da Mesopotâmia, que terminou como um fracasso para os turco-otomanos.[6]

Consequências[editar | editar código-fonte]

A guarnição, dois terços dos quais eram índianos, se rendeu em 29 de abril de 1916. Durante o cativeiro, muitos morreram de calor, doenças e abandono. Esses homens emaciados foram fotografados depois de serem libertados durante uma troca de prisioneiros.

Jan Morris, um historiador britânico, descreveu a perda de Kut como "a capitulação mais abjeta da história militar britânica".[7] Após esta perda humilhante, o General Percy Lake e o General George Gorringe foram retirados do comando. O novo comandante era o general Stanley Maude, que treinou e organizou seu exército e então lançou uma campanha bem-sucedida.

Dez meses após o cerco de Kut, o exército indiano britânico conquistou toda a região de Kut a Bagdá na guerra chamada Queda de Bagdá (1917) em 11 de março de 1917.[8]

Referências

  1. Barker, A. J. (2009). The First Iraq War, 1914–18. [S.l.]: Enigma Books. 211 páginas 
  2. Barker, A. J. (2009). The First Iraq War, 1914–18. [S.l.]: Enigma Books. 233 páginas 
  3. Barber, Major Charles H. (1917). Besieged in Kut – and After. [S.l.]: Blackwood 
  4. Barker, A.J. (1967). The bastard war: The Mesopotamian campaign of 1914-1918. [S.l.]: Dial 
  5. Davis, Paul K. (1994). Ends and means: the British Mesopotamian campaign and commission. [S.l.]: Associated University Presses 
  6. Tony Spackman, ed. (2008). Captured at Kut, Prisoner of the Turks: The Great War Diaries of Colonel W.C. Spackman. [S.l.]: Pen & Sword Military. ISBN 184415873-X 
  7. Jan Morris (22 de dezembro de 2010). Farewell the Trumpets. [S.l.]: Faber & Faber. pp. 3–4. ISBN 978-0-571-26598-5 
  8. Howell, Georgina. Daughter of the Desert: The Remarkable Life of Gertrude Bell. London: Macmillan, 2006. p. 311
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