Cerco de Rometa

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Cerco de Rometa
Conquista muçulmana da Sicília

Bizantinos e árabes na Sicília, do Escilitzes de Madri
Data 963 – maio de 965
Local Rometa, Sicília
Desfecho Vitória fatímida
Mudanças territoriais Rometa conquistada
Beligerantes
Império Bizantino Califado Fatímida Califado Fatímida
Comandantes
Nicetas Abalanta
Manuel Focas
Haçane Abenamar
Amade ibne Haçane Alcalbi 
Haçane ibne Ali Alcalbi
Baixas
Pesadas Relativamente leves

O Cerco de Rometa foi um cerco conduzido na ilha da Sicília pelos cálbidas sob o Califado Fatímida de modo a concluir a conquista muçulmana da Sicília. A cidade, à época do cerco, estava sob controle do Império Bizantino.

Cerco[editar | editar código-fonte]

O cerco foi liderado pelos cálbidas Haçane Abenamar e Amade ibne Haçane Alcalbi. Após a queda de Taormina em 962, os cálbidas moveram-se ao norte em direção a Rometa. No ano seguinte, Amade começou o cerco. A cidade logo enviou um emissário ao imperador, Nicéforo II Focas (r. 963–969), solicitando auxílio militar e provisões. Nicéforo respondeu equipando uma frota de aproximados 40 000 homens, muitos dos quais eram veteranos da conquista bizantina de Creta, para lutar na Sicília. A frota foi comandada por Nicetas Abalanta, enquanto a cavalaria foi comandada por Manuel Focas.[1] Em outubro de 964, o cerco foi reforçado por tropas berberes lideradas pelo governador da Sicília, Haçane ibne Ali Alcalbi.[2][3][4]

Em 25 de outubro, bizantinos e muçulmanos lutaram. Os bizantinos estiveram inicialmente no controle da batalha, contudo, os muçulmanos foram logo capazes de repeli-los, supostamente matando mais de ¼ da força, incluindo Manuel. Os bizantinos sobreviventes tentaram fugir para sua frota em Messina, mas foram emboscados na Batalha do Estreito e derrotados. Sem reforços, Rometa foi incapaz de defender-se contra os cálbidas e logo caiu em maio de 965.[3][5] A população da cidade foi massacrada com os sobreviventes sendo vendidos como escravos, e a cidade foi colonizada por muçulmanos.[1]

Referências

  1. a b Kaldellis 2017, p. 45.
  2. Halm 1996, p. 405–406.
  3. a b Brett 2001, p. 242.
  4. Metcalfe 2009, p. 55.
  5. Lilie 2013, p. al-Ḥasan b. ‘Ammār al-Kalbī (#22562).

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Brett, Michael (2001). The Rise of the Fatimids: The World of the Mediterranean and the Middle East in the Fourth Century of the Hijra, Tenth Century CE. The Medieval Mediterranean 30. Leida: BRILL. ISBN 9004117415 
  • Halm, Heinz (1996). Michael Bonner (trad.), ed. Handbook of Oriental Studies. The Empire of the Mahdi: The Rise of the Fatimids. 26. Leida: BRILL. ISBN 9004100563 
  • Kaldellis, Anthony (2017). Streams of Gold, Rivers of Blood: The Rise and Fall of Byzantium, 955 A.D. to the First Crusade. Oxford: Oxford University Press. ISBN 0190253223 
  • Lilie, Ralph-Johannes; Ludwig, Claudia; Zielke, Beate et al. (2013). Prosopographie der mittelbyzantinischen Zeit Online. Berlim-Brandenburgische Akademie der Wissenschaften: Nach Vorarbeiten F. Winkelmanns erstellt 
  • Metcalfe, Alex (2009). The Muslims of medieval Italy. Edimburgo: Edinburgh University Press. ISBN 978-0-7486-2008-1