Chá mate

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 Nota: Se procura a planta de origem, veja Erva-mate.
Um copo de mate cocido na Argentina

O chá-mate[1] (mate cocido, em espanhol) é uma infusão típica das gastronomias do Cone Sul da América do Sul. É preparado colocando-se erva-mate tostada em infusão com água quente, ou fervendo a erva-mate tostada em água. Coa-se e serve-se em xícaras. Pode-se, também, esperar esfriar e servi-lo gelado.

É uma bebida de sabor amargo, similar ao chimarrão, porém mais suave, com as mesmas propriedades estimulantes e nutricionais deste. O chá-mate é comercializado já pronto, em latas ou garrafas; sob a forma da erva-mate tostada, em pacotes ou saquinhos, como o chá comum; ou em forma solúvel, em pó ou extrato. Pode ser adoçado com açúcar ou outro edulcorante e consumido com leite ou suco de limão.

Cultura[editar | editar código-fonte]

Sendo uma iguaria típica da região do Cone Sul, no Brasil o Chá Mate é fortemente vinculado à cultura do Paraná, onde é tão popular quanto o café e muitas vezes consumido em lugar deste. No estado foram fundadas as duas maiores empresas do segmento: a Leão,[2] hoje pertencente à The Coca-Cola Company[3][4] e a Real.[5][6]

No Rio de Janeiro, devido ao calor da cidade, o chá mate é muito consumido de forma gelada nas praias.[7] Em 2012, os ambulantes que servem a bebida se tornaram patrimônio histórico e imaterial da cidade.[8]

Elaboração[editar | editar código-fonte]

A elaboração do chá-mate em saquinhos é praticamente igual à da erva-mate comum, utilizada na preparação do chimarrão, com a diferença de que, em sua moagem, são eliminados o pó e os ramos (paus ou palos), beneficiando-se somente as folhas de erva-mate.[9]

Consumo[editar | editar código-fonte]

Consumido por todas as classes sociais por ter altos valores nutritivos (especialmente quando adoçado com açúcar ou servido com leite), o chá-mate é servido como desjejum nas escolas argentinas desde o início do século XIX.

Nas praias do Rio de Janeiro, o chá-mate é, tradicionalmente, vendido em galões, gelado e com suco de limão, por vendedores ambulantes vestidos com roupas de cor laranja. Em 2009, a prefeitura da cidade tentou proibir a venda de chá-mate nas praias alegando motivos sanitários, mas, diante do protesto da população, a prefeitura voltou atrás. Três anos depois, o chá-mate foi oficializado como patrimônio cultural e imaterial da cidade. [10]

Além de ser consumido tradicionalmente em vários países da América do Sul, existem também marcas locais de chá-mate na Alemanha[11] e no Japão.[12]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Wikilivros
Wikilivros
O Wikilivros tem um livro chamado Mate

Referências

  1. Dicionário escolar da língua portuguesa/Academia Brasileira de Letras. 2ª edição. São Paulo. Companhia Editora Nacional. 2008. p. 295.
  2. «Sobre nós». Chás Leão 
  3. Rosa, Bruno (21 de março de 2007). «Coca-Cola compra Matte Leão». O Globo. Consultado em 5 de junho de 2023 
  4. Online, Folha (21 de março de 2007). «Coca-Cola compra fabricante de Matte Leão». Folha de S. Paulo. Consultado em 5 de junho de 2023 
  5. «História do chá mate no Paraná». Mate Real. 10 de maio de 2022. Consultado em 5 de junho de 2023 
  6. «Sobre nós». Mate Real. Consultado em 5 de junho de 2023 
  7. D'Elia, Rafaela (11 de novembro de 2019). «Patrimônio cultural do Rio, mate tem sua história contada em livro». Consultado em 5 de junho de 2023 
  8. Mendonça Alba, Valéria (4 de março de 2012). «Vendedores de mate na praia agora são patrimônio do Rio, diz Paes». G1. Consultado em 5 de junho de 2023 
  9. Establecimiento Las Marías - Elaboración del mate cocido
  10. G1. Disponível em http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2012/03/vendedores-de-mate-na-praia-agora-sao-patrimonio-do-rio-diz-paes.html. Acesso em 19 de janeiro de 2015.
  11. Club-mate. Disponível em http://www.clubmate.de/about-club-mate.html. Acesso em 21 de janeiro de 2015.
  12. Pempas. Disponível em http://penpas.com.br/2012/03/02/coca-cola-vai-lancar-erva-mate-no-japao/. Acesso em 21 de janeiro de 2015.