Chase (filho de Iube)

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Chase
Morte 915
Atenas
Nacionalidade Império Bizantino
Etnia árabe
Ocupação Oficial
Religião Islamismo
Soldo de Miguel III, o Ébrio (r. 842–867)
Soldo de Romano I Lecapeno (r. 920–944) e Constantino VII Porfirogênito (r. 913–959)

Chase, filho de Iube (em grego: Χασὲ υἱὸς τοῦ Ἰούβη), originalmente Haçane, filho de Aiube (Hasan ibn Ayyub), foi um oficial sênior de origem árabe dos séculos IX e X que esteve ativo durante o reinado do imperador Alexandre (r. 912–913). O ilustre João Iubes que aparece posteriormente no século X provavelmente era um descendente ou parente de Chase.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Chase, uma forma helenizada do árabe "Haçane", é mencionado pelo Sobre a Administração do Império, um obra compilada em meados do século X pelo imperador Constantino VII Porfirogênito (r. 913–959), e nas crônicas de Teófanes Continuado e Jorge Mônaco. Junto com seu irmão mais novo, que recebeu o nome cristão Nicetas em seu batismo, ele foi relatadamente um escravo do patrício Damião, o paracemomeno do imperador Miguel III, o Ébrio (r. 842–867), implicando que foram capturados como prisioneiros de guerra durante um conflito com os árabes em torno de meados do século IX ou logo depois. É incerto se os irmãos vieram sozinhos ou com seu Iube (em grego: Ἰούβη, forma helenizada de Aiube[1]), sendo possível que chegaram no Império Bizantino como crianças, e até mesmo que Nicetas nasceu lá. Chase permaneceu muçulmano, enquanto Nicetas, cujo nome original não é registrado, foi aparentemente batizado como cristão.[2]

Constantino VII afirma que durante o reinado de seu tio Alexandre (r. 912–913), Chase foi um de seus confidentes mais próximos, e acusou-o de ter uma influência negativa sobre o imperador. Segundo os cronistas, ele manteve uma posição fiscal no Tema da Hélade depois disso. Ele rapidamente tornou-se odiado pelos habitantes locais devido suas exigências incessantes, até que foi apedrejado até ao morte diante do altar duma igreja (mais provavelmente o convertido Partenão) em Atenas. Como era muçulmano, pode ter tentado procurar santuário lá, ou mesmo sua entrada na igreja pode ter ultrajado a congregação levando a seu assassinato. Sua morte ocorreu provavelmente em 915.[2]

Referências

  1. a b Lilie 2013, Iube (#23571).
  2. a b Lilie 2013, Chase (#21238).

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Lilie, Ralph-Johannes; Ludwig, Claudia; Zielke, Beate et al. (2013). Prosopographie der mittelbyzantinischen Zeit Online. Berlim-Brandenburgische Akademie der Wissenschaften: Nach Vorarbeiten F. Winkelmanns erstellt