Cherríe Moraga

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Cherríe Moraga
Cherríe Moraga
Nascimento 25 de setembro de 1952 (71 anos)
Whittier
Cidadania Estados Unidos
Alma mater
Ocupação escritora, poetisa, dramaturga
Prêmios
Empregador(a) Universidade de Massachusetts, Universidade Estadual de São Francisco, Universidade Stanford, California State University, East Bay
Obras destacadas This Bridge Called My Back, Native Country of the Heart: A Memoir, Watsonville, The Hungry Woman, Circle in the Dirt
Página oficial
https://cherriemoraga.com/

Cherríe Lawrence Moraga[1] (nascida em 25 de setembro de 1952) é uma escritora, feminista, ativista, poetisa, ensaísta e dramaturga mexicano-estadunidense. Ela faz parte do corpo docente na Universidade de Stanford, no Departamento de Teatro e Estudos Comparativos em Raça e Etnia. Suas obras exploram as formas com que questões de gênero, sexualidade e raça se cruzam na vida das mulheres de cor.

Início da vida[editar | editar código-fonte]

Moraga nasceu em 25 de setembro de 1952, em Whittier, Califórnia, a cerca de 10 quilômetros a sudeste de Los Angeles.[2] Seus primeiros escritos revelam a relação complexa de ser capaz de "passar" por branca, enquanto emocionalmente identificava-se com os não-brancos, Chicanos. Em seu artigo, "La Guera", ela compara a diferença entre a sua vida, tendo uma pele clara, com a vida de sua mãe, facilmente identificável como uma mulher hispânica.[3] Escritora da classe trabalhadora, Moraga reconheceu que a principal inspiração para se tornar uma escritora foi sua mãe, que foi uma eminente contadora de histórias.[4] Moraga obteve seu diploma de bacharel na Faculdade do Imaculado Coração, em Los Angeles, Califórnia. Logo depois de frequentar o Imaculado Coração, ela se matriculou em um curso de escrita para mulheres e produziu seus primeiros poemas lésbicos.[5] Em 1977, mudou-se para San Francisco, onde ela trabalhou como garçonete e se tornou uma militante feminista ativa. Ela obteve seu grau de mestre em Escritos Feministas na San Francisco State University, em 1980. 

Biografia[editar | editar código-fonte]

Moraga foi uma das primeiras autoras a introduzir a teoria do lesbianismo chicano. Seus interesses incluem as interseções de gênero, sexualidade e raça, particularmente na produção cultural por mulheres de cor.[6][7]

Lesbianismo[editar | editar código-fonte]

Depois de seus anos de faculdade, Moraga abertamente aceitou seu lesbianismo, depois de esconder isso dos outros e de si mesma. Ela fez uma conexão entre a forma como a sociedade a discriminou por ser lésbica e os sentimentos de sua mãe pela opressão de ser pobre. "Meu lesbianismo é a avenida através da qual mais aprendi sobre o silêncio e a opressão, e ele continua a ser o mais tátil lembrete para mim que nós não somos seres humanos livres", disse.

Livros[editar | editar código-fonte]

Ela é talvez mais conhecida por co-editar, com Gloria Anzaldúa, a antologia do pensamento feminista This Bridge Called My Back: Writings by Radical Women of Color em 1981, que ganhou Before Columbus Foundation American Book Award em 1986.[8] Juntamente com Ana Castillo e Norma Alarcon, ela adaptou a antologia para a língua espanhola Esta puente, mi espalda: Voces de mujeres tercermundistas en los Estados Unidos. Seu primeiro livro autoral  único-autoria de livro, Loving in the War Years: lo que nunca pasó por sus labios (1983), uma combinação de prosa e poesia autobiográfica tornou-se uma importante referência para feministas.[9]

Trabalho[editar | editar código-fonte]

Moraga ministrou cursos de artes cênicas e escrita em diversas universidades em todo os Estados Unidos e atualmente é uma artista em residência na Universidade de Stanford. Sua peça "Watsonville: Some Place Not Here" ganhou apoio do Kennedy Center for the Performing Arts.[10] Barbara Smith, Audre Lorde e Moraga criaram a editora Kitchen Table: Women of Color Press em 1983, conhecido por ser a primeira editora dedicada à escrita de mulheres não brancas nos Estados Unidos.[11]

Publicações selecionadas[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Pignataro, Margarita Elena del Carmen (Arizona State University, doutorado). "Religious hybridity and female power in "Heart of the Earth: A Popol Vuh Story" and other theatrical works by Cherrie Moraga." (El hibridismo religioso y la fuerza femenina en Heart of the Earth: A Popul Vuh Story y otras obras teatrales de Cherríe Moraga). 01/2009, ISBN 9781109102925. UMI Number: 3353695.
  2. «Cherrie Moraga». Consultado em 22 de fevereiro de 2017. Arquivado do original em 26 de outubro de 2015 
  3. «La Guera» (PDF). jonescollegeprep.engschool.org 
  4. Moraga, Cherrie (setembro de 1979). «La Guera» (PDF). Consultado em 22 de dezembro de 2013 
  5. «Cherríe Moraga & "The Welder"». Literature of Working Women. Literature of Working Women 
  6. 7. ISSN 1089-4160. PMID 24816051. doi:10.1300/J155v07n03_02 
  7. «Cherrie Moraga: Chicana/o-Latina/o Studies». Stanford University. Consultado em 22 de dezembro de 2013 
  8. «Cherrie Moraga». Voices From the Gaps. University of Minnesota. Consultado em 22 de dezembro de 2013 
  9. Yarbro-Bejarano, Yvonne. The Wounded Heart: Writing on Cherríe Moraga. Austin: University of Texas Press, 2001.
  10. VG/Voices from the Gaps Project: Merideth R. Cleary and Erin E. Fergusson
  11. Short, Kayann. Coming to the Table: The Differential Politics of "This Bridge Called my Back", Genders 19 (1994): pp. 4-8.